Lupas (330)
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A ideia e o significado são lindos. Anderson peca, no entanto, na execução. Aqui, sua esquisitice costumeira erra o tom, fazendo com que seu desajuste algumas vezes desague na bagunça e que o drama seja introduzido em momentos não tão apropriados.
Victor Tanaka | Em 21 de Julho de 2018. -
Incorporando identidade visual e elementos narrativos de matriz japonesa ao seu amável estilo, Anderson produz uma obra que, formalmente, enriquece um roteiro criativo e crítico, mas com piadas e sequências mais bobinhas que em seus filmes anteriores.
Victor Tanaka | Em 21 de Julho de 2018. -
Anderson encontra no exagero e na inverossimilhança a forma perfeita para contar uma história que, como sempre, versa sobre pessoas desajustadas que encontram um no outro seu equilíbrio, além de focar nas crianças para extrair as paixões dos adultos.
Victor Tanaka | Em 21 de Julho de 2018. -
Se sobrevive demais dos ensinamentos de Gandhi, focando excessivamente em seus discursos, inspira pelo impacto ainda atual de suas ideias. Ainda assim, o filme tem seus méritos próprios: cenas lindas e muito bem filmadas, inclusive na maçante última hora.
Victor Tanaka | Em 20 de Julho de 2018. -
Interessante de se acompanhar, mas nunca consegue ir além do formato fechado e esquemático que começava a se cristalizar (e que vemos até hoje) nesse tipo de narrativa. A questão religiosa aqui é superficial e não confere profundidade aos personagens.
Victor Tanaka | Em 19 de Julho de 2018. -
A dor presente no texto e no retrato pessimista do país se contrapõe a belos alívios circenses, oferecendo a arte como única alternativa vital. Essa tensão se reflete na relação dúbia entre os protagonistas: um lado transborda rigidez; o outro, poesia.
Victor Tanaka | Em 12 de Julho de 2018. -
Um tema importante e duro. Tratá-lo, portanto, através de metáforas e analogias divertidas - e não menos sensíveis - requer inteligência. A intenção aqui é ótima, mas talvez tudo tenha ficado muito óbvio e linear demais. Não me pegou como deveria.
Victor Tanaka | Em 12 de Julho de 2018. -
Um eficiente exercício narrativo em cima de relações familiares que dolorosamente perduram. A "antiquímica" entre Moore e Hutton incomoda (positivamente), e as camadas dos personagens que vão sendo desveladas no decorrer do filme são intrigantes.
Victor Tanaka | Em 12 de Julho de 2018. -
Mantendo o nível do primeiro filme, apesar de nunca alcançar seu clímax anárquico, dosa competentemente o humor (que não soa gratuito) e a ação, além de reutilizar bem todos os personagens já conhecidos. O visual e a trilha sonora seguem encantadores!
Victor Tanaka | Em 12 de Julho de 2018. -
Atuações fantásticas e uma linda reconstrução de relação de pai e filho. A relação do casal, entretanto, tem bons momentos, mas sempre retorna ao maniqueísmo gratuito. A personagem de Meryl Streep merecia mais do que uma vilanização seguida de redenção.
Victor Tanaka | Em 10 de Julho de 2018. -
A ingenuidade excessiva do roteiro dá origem a um humor fraco. Se há algo que desperta interesse, talvez seja a relação carismática entre os personagens de Lemercier e Timsit, os únicos em todo o filme que não precisaram forçar para soarem malucos.
Victor Tanaka | Em 10 de Julho de 2018. -
Iñárritu e Arriaga seguem explorando narrativas fortes e altamente sensíveis. Ao contrário do filme anterior do diretor, porém, a relação entre as histórias não se dá de forma tão sutil e os cortes bruscos impedem o filme de seguir com maior fluidez.
Victor Tanaka | Em 09 de Julho de 2018.