Lupas (330)
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É lindo, horrível, insólito, lírico, mórbido. Terror, fábula, lenda, crítica social e música criam um mosaico de gêneros, tons e efeitos em uma São Paulo que se molda e se empresta para a fantasia. O fim é dos mais belos do cinema nacional contemporâneo.
Victor Tanaka | Em 06 de Dezembro de 2018. -
Luto e fim da estabilidade cruzam mulheres em uma enredo com uma ótima premissa e execução comprometida. Talvez o excesso de personagens coubesse na série, mas aqui resulta em algumas cenas sem função. As atrizes seguram o filme todo e o fazem decolar.
Victor Tanaka | Em 29 de Novembro de 2018. -
Planos narrativos se sobrepõem de forma enigmática, formando um todo complexo e intrigante, bem como uma tensão progressiva que acompanha a perturbação ao redor do ótimo protagonista. É inevitável sair da exibição estremecido por dúvidas e interpretações.
Victor Tanaka | Em 29 de Novembro de 2018. -
Um roteiro que, harmoniosamente, adota um percurso astuto: começa nos conhecidos temas familiares, se afasta, bebe na riqueza das tradições culturais mexicanas e volta ao ponto de partida, agora ressignificado, para fechar com cenas dolorosamente lindas.
Victor Tanaka | Em 22 de Novembro de 2018. -
A inconstância da trajetória de não-pertencimento da personagem é articulada com a forma: os cortes abruptos constituem um filme de cenas e ações que não se completam. Temas como esse, porém, já foram trabalhados mais aprofundadamente em outros filmes.
Victor Tanaka | Em 12 de Novembro de 2018. -
A direção madura e cheia de personalidade garante um filme que inicia com ritmo ágil, cortes precisos, mas um desfecho um tanto arrastado. Lady Gaga consegue se esquivar de sua persona exuberante de sempre, e Cooper tem uma atuação merecedora de prêmios.
Victor Tanaka | Em 21 de Outubro de 2018. -
Algumas tramas podiam ter ficado de fora e há cenas que beiram o cafona. Mas apesar de não apresentar o nível de excelência de Guillermo Arriaga, vale a pena por umas situações realmente interessantes que atacam as entranhas da frágil civilidade dos EUA.
Victor Tanaka | Em 14 de Outubro de 2018. -
Apesar de não trazer nada impressionante ou original, o texto é bonito: a narração do personagem de Morgan Freeman concede uma perspectiva subjetiva e confessional relativamente tocante. Destaca-se ainda a sintonia das três ótimas atuações principais
Victor Tanaka | Em 14 de Outubro de 2018. -
O aprofundamento dos espectros maléficos e do aspecto pessimista rende ótimas construções psicológicas e momentos magníficos de luta e introspecção. Apenas sobra, deslocada, a preparação excessiva para a batalha. Ainda assim, melhor que o primeiro filme.
Victor Tanaka | Em 07 de Outubro de 2018. -
A trajetória silenciosa, porém atravessada por discursos sociologizantes leva a protagonista a situações insólitas e sempre interessantes, e conduz o espectador a uma breve análise da situação social da Alemanha da época. E os enquadramentos são lindos!
Victor Tanaka | Em 30 de Setembro de 2018. -
Uma obra que encontra beleza tanto no onirismo quanto na devastação. As imagens, os movimentos de câmera e a caracterização dos personagens criam um efeito de grandiosidade que se sobrepõe aos momentos nos quais o enredo não se mantém tão interessante.
Victor Tanaka | Em 28 de Setembro de 2018. -
Uma obra que articula, através de símbolos, exageros, lirismo e humor negro, várias problemáticas que estruturam a sociedade americana contemporânea: a artificialidade da imagem pública, o preconceito, o fracasso neoliberal, a violência do cotidiano, etc.
Victor Tanaka | Em 27 de Setembro de 2018.