Que Tim Burton é uma das mentes mais criativas em Hollywood atualmente ninguém pode duvidar. Desde seu primeiro filme, "As Grandes Aventuras de Pee Wee", de 1985, Burton vêm imprimindo um estilo próprio a seus filmes, oque já resultou em pequenas perólas como "Ed Wood", e produções fracas, como p remake de "Planeta dos Macacos". Porém, em "Sweeney Todd - o Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet", adaptação do musical homônimo da Broadway, o diretor encontrou mais uma vez o ponto certo e nos trouxe um belo filme.
A trama é baseada em uma história real. Benjamin Barker (Johnny Depp) era um feliz barbeiro que vivia junto a sua bela esposa e sua pequena filha. Porém, pela ação do inescrupuloso Juiz Turpin (Alan Rickman) e seu ajudante, o Bedel Bamford (Timothy Spall), Barker se vê separado por 15 anos de sua família. Após sair da prisão, assume o nome de Sweeney Todd com oobjetivo de vingar-se, e para isso recebe a a ajuda de uma solitária quituteira, a srta. Lovett (Helena Bonham Carter).
Antes de mais nada, é preciso ressaltar que o filme é um musical. Há músicas durante toda a projeção, sendo interpretadas pelo próprio elenco. E, ao mesm otempo, temos um filme de terror, principalemnte a partir do momento em que Todd decide se vongar de toda Londres, matando aqueles que vão fazer a barba com ele, e a srta. Lovett aproveita os corpos para fazer tortas (!).
E é impressionante como o conhecido estilo de Tim Burton permeia todo o filme. A escura direção de arte (premiado com o Oscar) é irretocável, e a fotografia cria um efeito muito interessante ao criar o contraste entre este escuro e o sangue que jorra das veias das vítimas. Os figurinos e a maquiagem são impecáveis, dando o tom completo de cada personagem. E é interessante notar que o tão conhecido humor negro de Burton está presente, especialmente em três cenas: a primeira, em que Burton desafia um barbeiro italiano, Adolfo Pirelli (Sacha Baron Cohen, em ótima aprticipação); a segunda, um momento em que mostra um inusiado julgamento do juiz Turpin; e o terceiro, a cena em que a srta. Lovett interpreta a canção "By the Sea", imaginando como seria sua vida de casada com Todd.
Outro aspecto fundamental do filme é o elenco, e todos estão impecáveis. Os grandes destaques, obviamente, são Johnny Depp (indicado ao Oscar por seu desempenho) e Helena Bonham Carter (sensacional, inclusive é ela que interpreta as canções mais complicadas, incluindo a ótima "The Worst Pies in London"). Alan Rickman e Timothy Spall também estão muito bem, e é no mínimo inusitado ver os interprétes do Severo Snape e do Rabich oda série "Harry Potter" cantando! Mas o resultado é satisfatório.
Porém, apesar de ser um musical, o excesso de músicas acaba tornando o filme um tanto cansativo. Alguma spoderiam ter sido facilmente descartadas, especialmente na primeira metade. Outra questão é o pouco desenvolvimento dado a personagem da mendiga (Laura Michelle Kelly), que possui relativa importância.
Mas, apesar destas ressalvas, Tim Burton nos trouxe um belo trabalho, bastante poético, com muitas doses de violência e canções que cumprem bem o seu papel, interpretadas por um fantástico elenco. O final é de uma força arrebatadora. Mais um excelente filme deste fantástico diretor, que tem o hábito de nos surpreender, para o bem ou para o mal, em cada nova produção.