Lupas (6345)

Ação mirabolante, sem compromisso com a realidade a maior parte do tempo. A cada nova estripulia do protagonista, aumenta a torcida para ele detonar com os vilões. E adivinha de qual nacionalidade eles são?

Ação esquemática centrada na figura de um justiceiro acidental e umas tentativas de reviravoltas à beira da conclusão. Nada de novo, mas um passatempo razoável.

Alguém consegue achar graça nas supostas comédias com Hassum? É justamente o que falta nessas histórias que ele estrela. Por favor, parem esse homem, e parem, também, Santucci, esse diretor horroroso à solta por aí.

O roteiro subverte as expecativas e caminha sem muito compromisso com a linearidade, mas não chega a ser de difícil acesso. Porém, é nas atuações vivazes e potentes de seu trio principal que mostra sua força.

Ninguém pediu uma narrativa didática ou expositiva, mas essa bagunça de situações também já é demais. Do começo ao fim, permanece a dúvida sobre as motivações que guiam os personagens e o argumento principal não se sustenta.

Recomeçar e renascer: tem coisa mais difícil?

O que parecia se desenhar como uma clássica disputa entre inimigos íntimos na cadeira de Filosofia vai se mostrando, na verdade, uma comédia de subtexto e contexto muito afiados. Parece trazer muito do jeito argentino de ser, com seus prós e contras, diga-se de passagem.

Fuqua rendido ao modelo hollywoodiano de ação: sem camadas, reviravoltas nem tão surpreendentes assim e um protagonista com um fiapo de história que parte logo pra vingança ao mesmo tempo em que se mantém um passo à frente dos algozes. Tem seu valor, mas nem só de clichês se vive.

Os Cowboys de Leningrado bem que poderiam ser uma banda de verdade. Nesse documentário, em que eles se apresentam junto com um coro policial, dá pra sentir bem o peso da musicalidade deles, e os fãs do cinema de Kaurismäki aproveitam ainda mais a sessão.

Benjamim era um chato parado no tempo, apegado a uma memória que insistia em reviver. Com esse perfil psicológico, fica difícil se afeiçoar ao personagem, ainda que ótimos intérpretes lhe deem vida. Cleo Pires, por sua vez, ainda estava bem crua na estreia como atriz.

Receitinha de bolo hollywoodiana bem picareta, como as dicas de sedução de Hitch. E precisava ser tão longo?

É de se espantar que um suspense tão vagabundo ainda seja cometido em plena década de 2020. Sobretudo na reta final, fica claro o arremedo de roteiro, apoiado em reviravoltas difíceis de comprar. Mais canalha do que os vilões, é quem escreveu.