Lupas (6345)

Não tem uma piada que preste. Hart, se tivesse forçado mais, teria defecado.

As canções e o visual ganham o espectador logo nos primeiros minutos. São o envoltório de uma história de amor complexa, incluindo burradas e arrependimentos, como tantas outras por aí. Só cansa um pouquinho depois da primeira hora.

É mais divertido na primeira metade, quando a premissa ainda tem frescor, mas vai cansando, mesmo sendo um filme curto. Funciona mais pela química entre DeVito e Crystal.

Machado retorna à temática dos desencontros sentimentais e coloca um quarteto em cena em meio a paisagens fluviais. Quando burla certos ditames da cartilha do gênero, cresce em relevância, mas é muito mais válido pelas atuações do que pela trama.

O humor ácido não passa de tentativa, e o interesse fica pelo meio do caminho. Wilson é carismático e desperta certa empatia na pele do professor aparvalhado, mas não tem muito o que fazer com um papel mal acabado nas mãos.

Mesmo trazendo elementos já bastante conhecidos do gênero, como o plano milimetricamente calculado de fuga, consegue envolver o público. É mérito do roteiro e da direção, ambos cheios de destreza na maneira de conduzir a narrativa, sem recorrer toda hora a pirotecnias hollywoodianas

Personagens rasamente construídos em meio a diálogos simplórios. Da terra de Bergman, nem sempre vêm os melhores exemplares de dramas familiares.

Competente na execução, mesmo apresentando sequências parecidas com as de tantas outras produções, mas são características inerentes ao gênero. O protagonista desperta a torcida e toda aquela atmosfera de desalento, hoje, é bem familiar a qualquer audiência.

Quase um plágio de Buscando... (2018). Assim como aquele, mostra o desenrolar dos acontecimentos sempre por meio de telas de computador e celular. Porém, o argumento promissor deste vai se desenvolvendo de modo frágil e pouco consistente, embora ainda prenda a atenção.

Uma trama confusa e cheia de lacunas. O interesse se esvai logo depois da primeira meia hora.

Abusa do tempo de criação de atmosfera e acaba por se mostrar arrastado. Só ganha o interesse do espectador de novo lá pelos vinte minutos finais, quando, enfim, o embate pega fogo.

Poehler e Fey aprontando de montão como duas irmãs competitivas e Rudolph de brinde é mais do que suficiente pra curtir essa comédia maluca e distante do politicamente correto.