Lupas (6345)

Reduziram a história de Sidney Magal a um episódio de série de TV feita a toque de caixa. O foco no interesse amoroso pela garota (sua futura esposa à epoca) toma tempo demais na tela e pouco se conhece do artista. Fica parecendo que ele era só um apaixonado grudento.

Arremedo de comédia sem um pingo de graça. A tal maldição que acomete o protagonista é ridícula e a tentativa de humor físico por meio de uma mocinha atrapalhada só gera vergonha alheia.

Não acrescenta nada à carreira de Neeson. É mais um dos vários trabalhos dele no gênero de ação, sem qualquer identidade própria. Dito isso, é embarcar num passatempo esperando bem pouco.

Uma sucessão de acontecimentos cada vez mais fora do controle do protagonista, compondo um estilo narrativo típico da época e, por isso mesmo, um tanto repetitivo. De qualquer forma, Dassin imprimia competência em tudo que dirigia.

Butler e Foxx canastrando horrores num exemplar genérico de ação. A sede de vingança do protagonista é compreensível, mas a violência crescente com quem ele age só o torna tão detestável quanto aqueles que lhe causaram mal.

Abusa da pretensão e entrega bem menos do que promete. O enredo abre margem para discussões em paralelo ao entretenimento, mas Esmail não consegue concatenar essas duas pontas e ainda se alonga em sequências gordurosas.

Burla esquemas dos romances convencionais ao apresentar as rachaduras psicológicas dos protagonistas, dificultando classificações estanques. Golino é de uma versatilidade louvável, em nada lembrando outros papéis.

Envolve o público numa espiral crescente de tensão confinado ao espaço da escola. Quanto mais a professora tenta desvendar o mistério doa roubos, mas complexa a teia de relações entre as pessoas daquele ambiente vai se mostrando.

Mescla drama e comédia ao narrar a história de um viciado em negociação, capaz de livrar muita gente do perigo, mas desastroso no próprio casamento. A premissa, entretanto, se desgasta depois da primeira hora, e o interesse vai arrefecendo.

Típico suspense com reviravoltas nem tão surpreendentes assim. No afã de produzir em escala industrial, a Netflix entrega longas de estilos muito próximos, copiando e colando tramas e variando somente as línguas.

A condução do suspense é mais enervante do que angustiante. Watts faz o que pode com um personagem raso nas mãos em um fiapo de enredo, mas tudo o que se tem é uma história fácil de esquecer logo nas primeiras horas depois da sessão.

Uma leitura reducionista de um dos tratados sobre o amor mais badalados da filosofia. Falta, inclusive, química ao casal vivido por Mitchell e Kinnear.