Lupas (6435)

Abusa da pretensão e entrega bem menos do que promete. O enredo abre margem para discussões em paralelo ao entretenimento, mas Esmail não consegue concatenar essas duas pontas e ainda se alonga em sequências gordurosas.

Burla esquemas dos romances convencionais ao apresentar as rachaduras psicológicas dos protagonistas, dificultando classificações estanques. Golino é de uma versatilidade louvável, em nada lembrando outros papéis.

Envolve o público numa espiral crescente de tensão confinado ao espaço da escola. Quanto mais a professora tenta desvendar o mistério doa roubos, mas complexa a teia de relações entre as pessoas daquele ambiente vai se mostrando.

Mescla drama e comédia ao narrar a história de um viciado em negociação, capaz de livrar muita gente do perigo, mas desastroso no próprio casamento. A premissa, entretanto, se desgasta depois da primeira hora, e o interesse vai arrefecendo.

Típico suspense com reviravoltas nem tão surpreendentes assim. No afã de produzir em escala industrial, a Netflix entrega longas de estilos muito próximos, copiando e colando tramas e variando somente as línguas.

A condução do suspense é mais enervante do que angustiante. Watts faz o que pode com um personagem raso nas mãos em um fiapo de enredo, mas tudo o que se tem é uma história fácil de esquecer logo nas primeiras horas depois da sessão.

Uma leitura reducionista de um dos tratados sobre o amor mais badalados da filosofia. Falta, inclusive, química ao casal vivido por Mitchell e Kinnear.

Primeiro, nos faz comer com os olhos um monte de gostosura, cada uma preparada com esmero e paciência. Depois, nos deslumbra com uma história de amor para além dessa vida.

A mesma fórmula de tantos outros do gênero, dando aquela sensação de déjà vu. Os atores são competentes e precisaram de bastante entrosamento em certas cenas, mas não passa de um drama genérico e fácil de esquecer.

Serve para mostrar que o carisma de Murphy segue intacto e despertarva nostalgia em quem assistiu aos anteriores. No mais, compila clichês das comédias de ação sem qualquer pudor, para o bem e para o mal.

Existe mesmo gente doida igual a essa turma? Difícil acreditar em caçadores de tornados, mas eles estão por aí. Nessa aventura com cheiro de Sessão da tarde, o que não falta são momentos de puros efeitos visuais e um rascunho de enredo para dar alguma substância à toda aquela ventania.

Chato que só, mergulha em elocubrações filosóficas e destoa de uma proposta cinematográfica. Os poloneses têm umas ondas muito doidas em se tratando de cinema.