Lupas (6435)

De longe, uma das histórias mais sensíveis, ternas e emocionantes já realizadas. Pudera: o apelo universal da amizade conquista, inevitavelmente, os corações ternos. A sequência final ao som de "Do you remember" me fez chorar igual bebê.

Pela primeira vez, Kaufman assina um roteiro acessível e adentra o universo infantil a partir de um velho medo. O resultado não chega a ser impressionante, mas é uma gostosa jornada de enfrentamento e aprendizado.

Ao lado de Kaurismäki, Loach é o porta-voz dos imigrantes, enxergando além das diferenças e focando no que une os povos. Uma linda despedida de um cineasta vigoroso, cujo cinema combativo fará muita falta.

Besteirinha inofensiva que evoca os anos 90, mas não sai da vala comum de clichês do gênero. Fácil de esquecer no dia seguinte à sessão.

Apenas mais uma ficção científica. Com efeitos surpreendentes, mas apenas mais uma ficção científica.

Duhamel está ótimo na pele do salteador das mil faces, cuja trajetória soa inacreditável, mas saiu das páginas policiais para a tela.

Como abusam desse título em português! Quem dera, porém, fosse só o título o problema. Ainda temos que encarar um roteiro primário, mergulhado em clichês dos mais ordinários, subaproveitando Kidman num papel a anos-luz de seu potencial.

Constrói uma atmosfera envolvente ao apresentar um herói errático, de mais defeitos que qualidades. MacKay numa das melhores interpretações da carreira.

Tem seus momentos genuinamente divertidos ao contar a história de duas amigas cujo negócio de encerrar relações permanece com alta demanda. É um humor entre a ironia e a doideira muito bem colocado.

Oscila entre o tédio e o frenesi ao acompanhar um sequestro que se estende por horas. É fruto de seu tempo, com uma proposta de cinema mais próxima da crueza das ruas, mas está longe de ser marcante.

Lee é um diretor de alto calibre, mas topa umas farofas de vez em quando. É o caso dessa, tão banal quanto óbvia do começo ao fim, e uns efeitos questionáveis ao colocar as duas versões de Smith lado a lado.

O humor polonês é bem doido, mas com um pouco de boa vontade, dá pra embarcar. No conjunto, porém, é só mais uma comédia a ocupar a memória de curto prazo.