Lupas (800)
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Executa com louvor a missão de reunir tantos personagens e arcos (algo questionável) com a inteligente decisão de desenvolver um vilão complexo que é o foco narrativo do filme — coeso e que contorna o problema dos clímaxes grandiloquentes e débeis do UCM.
Rodrigo Torres | Em 07 de Abril de 2019. -
O início é atribulado em excesso, o que se reverte em cenas de ação mal resolvidas, um tanto incompreensíveis. Depois, um filme muito eficiente em reunir e polarizar os personagens em uma trama política que tão bem dialoga com os nosso tempos.
Rodrigo Torres | Em 07 de Abril de 2019. -
Daqueles filmes pensados para ser eternizados na cultura pop. Que o tempo trate de reconhecer mais essa empreitada bem-sucedida de Edgar Wright — criativo como nunca (e sempre).
Rodrigo Torres | Em 07 de Abril de 2019. -
Por mais criativo que Jafar Panahi de fato seja, há bem pouco em 3 Faces que já não tenha sido explorado pelo cineasta iraniano, até com menos, o que decepciona em contraponto com tamanho hype. Adendo: visto em festival, talvez careça de uma revisão.
Rodrigo Torres | Em 07 de Abril de 2019. -
Se Corra! é mais coeso, Nós é mais ambicioso. Conjuga mais signos, referências e disciplinas para realizar uma sofisticada crônica sobre racismo e identidade enquanto realiza um thriller pulsante. O eventual excesso de humor e didatismo são mero detalhe.
Rodrigo Torres | Em 31 de Março de 2019. -
Cinebiografia que justifica o holofote sobre uma personagem desconhecida, pela força da história e por como é contada, interpretada, contextualizada, filmada com beleza. Ou um 'Oscar bait' que merecia mais reconhecimento que Bohemian Rapsody e Green Book.
Rodrigo Torres | Em 15 de Fevereiro de 2019. -
De novo, o Oscar reconhece um filme sobre o racismo não apesar de, mas porque explora o tema com um olhar enviesado, aqui retratando a transformação de um homem branco preconceituoso e exaltando sua humanidade. Por outro lado, um baita feel good movie, em que Peter Farrelly e grande elenco usam como poucos o cinema tal como ele é: uma arte da manipulação. Só não é lá tão sofisticado, com a dramaturgia, a fotografia e a trilha sonora sendo seus principais trunfos de linguagem.
Rodrigo Torres | Em 15 de Fevereiro de 2019. -
Quando eu sinto e compro todos os excessos de Quentin Tarantino pós-Sally Menkel. Além de tudo que já foi dito, tal como Rastros de Ódio, um ótimo filme de época sobre conflitos (inclusive de gênero) que reverberam até hoje na sociedade americana.
Rodrigo Torres | Em 21 de Janeiro de 2019. -
Mais uma vez, Shyamalan usa da exposição excessiva para dar sentido a uma mitologia complicada, que nunca flui naturalmente, ao ponto de soar forçada e desarticulada até na hora do desfecho — truncado, exaustivo, com direito a longo epílogo.
Rodrigo Torres | Em 18 de Janeiro de 2019. -
Há algo de Andy e Woody, de Toy Story, na relação de afeto e (mútuo) amadurecimento de Soluço e Banguela. E assim feito com menor ambição, com uma singeleza própria e genuína que potencializa sua história simples. Novo e inesperado acerto da DreamWorks.
Rodrigo Torres | Em 18 de Janeiro de 2019. -
Por um lado, Miles Morales é como um personagem de Spike Lee. Por outro, o conceito complexo de multiverso é radicalizado por uma animação moderna e ambiciosa, no traço e na trama, cheia de energia, cores, bom humor e toda sorte de referências.
Rodrigo Torres | Em 17 de Janeiro de 2019. -
Glenn Close e Jonathan Pryce sobram em um filme que não valoriza sua premissa envolvente e o requinte inerente à história e à forma com que o filme é contado — ao menos até flashbacks preguiçosos entrarem na narrativa com a mesma indolência de seu texto.
Rodrigo Torres | Em 14 de Janeiro de 2019.