Lupas (1922)
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O mais impressionante nos trabalhos de Miyazaki é como ele consegue criar personagens carismáticos a ponto de nos interessarmos por eles, mesmo com um fiapo de história e uns planos bem duvidosos. Parece mais algo experimental.
Alan Nina | Em 24 de Fevereiro de 2025.
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Eu interpretei como sendo os medos dos machos, desde a gravidez não desejada ao seu papel social no trabalho, "perdendo" a cabeça em tons de desaprovação social, mostrando-se com muita dificuldade de lidar com a multiplicidade da vida e com o peso das relações. Mas definitivamente não é um cinema que me agrada, embora aqui esteja mais delicioso de acompanhar do que um surto qualquer, uma história mais palatável. O bebê de rosemary seria isso aí.
Alan Nina | Em 24 de Fevereiro de 2025.
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Inegavelmente estamos diante de um filme tecnicamente privilegiado, com um Adrien Brody inspirado. Mas quando um filme sobre arquitetura deixa para explicar a grandiloquência da obra do artista no epílogo do filme, já aos 45 do segundo tempo, em alguns segundo de falas didáticas, é porque estamos diante de uma grande problema.
Alan Nina | Em 23 de Fevereiro de 2025.
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Gosto do ritmo e da construção dos personagens, as quase 3h não são sentidas pela história interessante e de como ainda mistura alguns vídeos amadores reais, para dar a real dimensão do clima turbulento de Teerã. Aqui a tensão vai ficando cada vez mais sufocante pelo intimismo da coisa toda, com as desconfiança e conflitos apertando no próprio seio familiar. Contudo, o terço final ficou artificial demais, é como se transformassem toda aquela construção imagética em peças de xadrez manipuláveis.
Alan Nina | Em 22 de Fevereiro de 2025.
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Apesar do visual meio de videogame, os traços dos animais estão muito característicos (não quis dizer perfeito), ou seja, muito condizentes com o que se espera ver de um animal, e ainda assim passando o sentimento necessário à imersão (chupa, live-action do Rei Leão e Mufasa). Com isso, a animação entrega algo genuíno para o universo sem deixar de emocionar.
Alan Nina | Em 21 de Fevereiro de 2025.
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Não embarquei, especialmente pelo formato em close, uma agonia sem fim assistir a esse filme, além do tom sempre espalhafatoso e nada cerimonioso. Um filme de tribunal chatíssimo, sendo obrigado a ouvir ladainhas wokes e conservadoras. Há um esforço nas atuações para não deixar o filme morrer, mas isso é muito pouco.
Alan Nina | Em 20 de Fevereiro de 2025.
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Tem muito charme na fotografia, realmente é um filme que visualmente se destaca, mas o roteiro não me pegou nem um pouco, é uma vibe meio deprê masturbatória, cansativa, e muito sem gracinha. Pelo visto até alguns dos críticos lá não foram mjuito com a cara, para não o elegerem representante da Índia, um cinema do qual muito pouco me agrada, mas que ao menos aqui tem alguns bons momentos e só. Parece mais um projeto pessoal mesmo, ainda que tecnicamente melhor do que a média por lá.
Alan Nina | Em 16 de Fevereiro de 2025.
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É bonitinho, mas se percebe de longe o olhar elitizado ao projeto, cujo produto é de fato um marketing social de uma ONG. Essa tensão no trabalho irrompido por lampejos como "ida ao cinema", "esperteza para revender", "educação", mostra como idealizamos as personagens sem atacar a estrutura, típico do carnavalesco que leva pobreza à Marques de Sapucaí.
Alan Nina | Em 16 de Fevereiro de 2025.
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Fiquei surpreso positivamente, é como se pegasse a competência de um David Fincher e a esperteza do Spike Lee para criar um thriller baseado em fatos que não poupa nas mortes e no tom naturalístico, sem deixar de lado o suspense pelo jogo de caça. O roteiro já mostra às claras os dois arcos, dos poiciais e dos vilões, de modo que não há surpresas, mas tão somente cenas estarrecedoras sobre o discurso neonazista, cujo lastro ainda persiste. Até fui procurar pelo livro "O diário de Turner".
Alan Nina | Em 16 de Fevereiro de 2025.
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Não que eu morra de amores pelo anterior, mas o Anthony Mackie está tão ruinzinho aqui, e nem é culpa dele, é culpa de um roteiro que, vendo de perto, não se sustenta: o cara com poder de controlar mente não consegue ser efetivo, apenas fica fazendo picuinhas pra ter um filminho desse bem mequetrefe. A direção de arte do homem de ferro continua superior a muitos exemplares da Marvel, e para a nossa sanidade, as piadas nível quinta série também são contidas aqui.
Alan Nina | Em 16 de Fevereiro de 2025.
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O humor britânico não me pegou nem um pouco neste filme, que deveria ter sido o mais reflexivo, mas é tão somente o mais aborrecido. Não sei como é o livro, mas imagino que os personagens não sejam tão estúpidos assim, porque sinceramente esperava uma Bridget Jones mais madura pela situação. O que temos é uma eterna adolescente mimada tentando conviver com os relacionamentos, e seus pares cafonas e sem sal. Ao menos tenta dar representatividade a corpos não tão jovens, pena que é bem esquecível.
Alan Nina | Em 16 de Fevereiro de 2025.
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"Sing sing" parece ser o representante "The black lives matter" do Oscar, não sem mérito, claro. Mas algo me diz que faltou aqui maior consistência, sabe. O ápice para a triunfante apresentação na verdade nem existe, e o filme foca nas relações, em especial do protagonista. não que tenha ficado ruim, ao contrário, mas o roteiro deixou de por a arte e o teatro nos holofotes para se ocupar do microuniverso. O xilique do Colman Domingo só mostra que temos algo aqui muito plastificado mesmo.
Alan Nina | Em 16 de Fevereiro de 2025.