Lupas (1934)
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Anora começa arrebatando, com uma câmera esperta e mostrando as passagens de tempo em uma edição frenética mas ao mesmo tempo enérgica para fazer você ficar imerso na proposta. Os jovens protagonistas têm muita química. A ressaca que deixa um pouco a desejar, mas curto como o suspense da família russa é usado, mesmo que um tanto inverossímil. A cena final é típica de uma geração hedonista e com muita dificuldade de dialogar (assim como a cena da Anora conversando com ele na cama). É bonito.
Alan Nina | Em 24 de Janeiro de 2025.
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Poxa, o Leigh Whannell tem um filme tão legal como "O homem invisível", mas aqui ele abre mão de um roteiro consistente para dar vida a um lobisomen bem naturalista, mais preocupado com a aprência do omem-título do que em narrar uma boa história. Confesso que curti muito a aparência e a pegada mais para a verossimilhança, ficou relamente um trabalho técnico convincente. Mas é só. O filme vai abusar daquele velho clichê de uma casa no meio do nada, e a forma como põe o elenco ali é meio forçada
Alan Nina | Em 20 de Janeiro de 2025.
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Dou uma estrela por conta do Antônio Fagundes. Eu realmente vejo boas intenções no longa, mas resta claro aqui que o filme se trata do sentimento de culpa e de frustação pelo Mion não ser sido o pai que desejava ser, muito menos o lutador que desejava ser. E com uma direção ruim e uns diálogos bem novelescos, onde sobram explicações para facilitar o entendimento do espectador médio, em diálogos expositivos constrangedores, o roteiro aos poucos vai se perdendo, inclusive deixando de lado o garoto
Alan Nina | Em 20 de Janeiro de 2025.
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Pablo Larraín faz da sua Maria Callas uma mulher compenetrada, difícil de lidar, e deixa no ar seus privilégios, mas também sua vulnerabilidade. O ritmo cadenciado casa com a proposta, mas faltou um tempero ali, talvez de loucura, porque o roteiro tenta contornar a realidade da protagonista (uma ótima Angelina Jolie) em um ambiente fantasioso, cuja suspensão da realidade, porém, sempre soa cafona e limitada. Poderia ser mais.
Alan Nina | Em 20 de Janeiro de 2025.
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Um Slash que acerta no tom misterioso e meticuloso, com mais silêncio do que barulho, o que torna a experiência muito mais condizente do que ver, por exemplo, um Terrifier da vida com um humor puramente desnecessário. Com um serial killer imune à bala, o roteiro simples, mas eficaz, irá se concentrar no vilão e pouco reservará espaço para os coadjuvantes descartáveis. O que é excelente aqui certamente é a fotografia e o domínio do espaço, sem perseguições desnecessárias.
Alan Nina | Em 17 de Janeiro de 2025.
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Com a câmera parada, Robert Zemeckis faz o possível para conferir dinamicidade ao seu longa, já que ele tem tique por agilidade. O resultado é um filme cansativo que vai e volta, com efeitos visuais bem duvidosos e atuações que parecem gravar um vídeo caseiro pro tik tok, já que a imobilidade da câmera não consegue captar as expressões necessárias, que até tenta algo em planos como do espelho, favorecendo outros ângulos, mas não tem jeito, a proposta faz tudo ficar chato mesmo.
Alan Nina | Em 17 de Janeiro de 2025.
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"Skinkare" não se decide se quer ser uma crítica social ao padrão de beleza e às jogadas de marketing promovidas por essa indústria, ou um estudo de personagem focado na microempreendedora de sucesso, ou mesmo uma comédia sobre dois profissionais liberais disputando um filão no mercado de estética. Ou um pouco de tudo isso. O fato é que nunca se aprofunda, e para piorar, trata a difamação com puro desleixo, chegando a ser criminosa a abordagem, de permissividade à passividade da vítima
Alan Nina | Em 16 de Janeiro de 2025.
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O primeiro terço do filme é sensacional e realmente consegue fisgar o expectador, com a habilidade da IA em resolver os conflitos daquela família, e de uma forma totalmente crível. Era para ter focado no drama mesmo. A partir do momento que tentou ganhar contornos de terror, o filme se perdeu completamente, primeiramente por nao transmitir medo nenhum, e em segundo lugar por um roteiro que desperdiça e força: jump scares esquisitos, uma empresa com vilões bobos e unidimensionais.
Alan Nina | Em 16 de Janeiro de 2025.
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A ambientação com a fotografia em névoas é bem bonita, bem como a atuação das meninas e os figurinos, garantindo a imersão. Contudo, não há nenhuma novidade aqui: o homem misterioso que aparece para perturbar a ordem, os assassinatos misteriosos, o plot. É tudo filmado com uma direção meio burocrática até, com uma reviravolta que não causa sentimento nenhum, esquecível tão logo terminem os créditos. E nem causa medo, o que só piora.
Alan Nina | Em 16 de Janeiro de 2025.
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É desnecessário em tudo, seja pelo roteiro copiar o original, seja por todos os clichês possíveis. Ao menos gostei do menino, atuação concentrada. Mas é o puro lixo, filme que nem precisava existir.
Alan Nina | Em 16 de Janeiro de 2025.
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Tyler Perry já demonstra que precisava lapidar seu texto em "O homem do jazz", mas talvez a Netflix não seja tão exigente com isso. Assim, o que temos é uma história étnica das mais cafonas, tanto no texto quanto na forma de filmar, e ainda tendo como fio condutor um romance açucarado digno de folhetins açucarados. O resultado é que diminui toda a potência do filme, baseado em uma história real. Aliás, não sei se houve um problema de edição, de roteiro ou dos dois, ou se foi falha minha mesmo.
Alan Nina | Em 16 de Janeiro de 2025.
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A melhor coisa do filme são os coadjuvantes fofinhos, mitos bichinhos lindos, carismáticos e sem precisar apelar para piadinhas sem graça, só os trejeitos já arrancam simpatia. Mas é apenas isso mesmo. Incomoda-me essa estrutura que já vimos em tantos filmes com princesa, castelo, feitiço, fuga para uma floresta em busca de soluções... Fora que, enquanto musical, deixa muito a desejar. Mas vale pela beleza da animação, traçados clássicos, e pela mensagem de estar se reinventando.
Alan Nina | Em 16 de Janeiro de 2025.