Lupas (1517)
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Impossível assistir a esse filme com fome! Um retrato intimista sobre o preparo culinário, com uma câmera e um jogo de cena quase impecáveis em relação ao enquadramento (embora um pouco cansativo na duração) no primeiro ato, e que aos poucos vai se imiscuindo ao simulacro balzaquiano da vida burguesa, com requintes que sustentam papéis sociais. No entanto, o lado intimista vem como um soco no estômago, e nossas relações particulares também se mostram cheias de (dis)sabores. Lindo.
Alan Nina | Em 18 de Abril de 2024. -
Sobrevivendo à base da nostalgia, inclusive pelo elenco (o que garante, ao menos, o interesse até a sessão), se você sobreviver aos primeiros 80 minutos, você consegue, com esforço, chegar até o final. O filme parece que demora a começar, com um prólogo tão tedioso que a única coisa que salva é a tentativa de homenagear os outros filmes. Assim, a obra nunca caminha com as próprias pernas, sendo a resolução tão fria quanto seu cenário. Fraco.
Alan Nina | Em 18 de Abril de 2024. -
Rapaz, fui esperando nada, mas entregaram uma comédia absolutamente divertida de assistir. Eu pensava que ficaria enjoada a música, mas basicamente o filme repete mais a introdução instrumental mesmo, de modo que não fica maçante de ver. Algo que me pegou muito foi que o trailer, diferentemente de outras comédias nacionais, não entrega todas as piadas,e ainda não entrega a "virada de chave" do filme, com um pé num famoso filme do Nolan (não darei spoiler).
Alan Nina | Em 14 de Abril de 2024. -
A edição desse filme é tenebrosa, de modo que o suspense quase não pega. Quase. Grazi é realmente impressionante em tela, engolindo a todos com sua presença e sua performance de mãe, que nos passa sempre a sensação dúbia de seu personagem. No entanto, o filme em si tem cortes e enquadramentos típicos de novela, com aquele close irritante e quadros que ora nada acrescentam ora parecem ser cortados ao bel prazer. Faltou um exercício de roteiro para deixar tudo mais orgânico e crível.
Alan Nina | Em 08 de Abril de 2024. -
Surpreendentemente, Nicolas Cage é o menos dos problemas aqui, diria até que salva o filme do desastre. O roteiro parece navegar entre um estudo de um homem e seu caso particular de aparecer em sonho para várias pessoas (e ter que lidar com as consequências disso) e uma crítica à mercantilização do sono, fazendo das horas dormidas um espaço também para a racionalidade instrumental, o que me lembrou a tentativa "não onírica" de Nolan em "A origem", mas muito mais bagunçado e sem criatividade
Alan Nina | Em 08 de Abril de 2024. -
Último filme do mestre William Friedkin, eterno diretor da primeira e melhor versão de "O exorcista", é um exercício de diálogo e composição de argumentos num fatídico tribunal militar, continuação de "The Caine Mutiny" de 1954 com Humphrey Bogart e Robert Francis, tratando-se do julgamento dos acontecimentos ocorridos no navio, referente ao capitão destituído do seu navio por um oficial, com a desculpa de que estaria com insanidade mental, mas abrindo margem para um motim.
Alan Nina | Em 08 de Abril de 2024. -
Clooney se sai tão burocrático na direção, que absolutamente passa despercebido, num filme sobre uma equipe de remo que tenta se agarrar a tantos clichês (a história de vida, a fase de superação), sem querer, no entanto, parecer apegado. O resultado é frio, mas ao mesmo tempo há ali alguma classe e alguma simpatia. A cena onde aparece um atleta negro competindo na Alemanha nazista e deixando claro que, na verdade, estava pondo à prova os próprios compatriotas, é bem satisfatória.
Alan Nina | Em 07 de Abril de 2024. -
Confesso que eu esperava mais do roteiro, toda a construção até o clímax parece ser filmada com uma estética classicista, ou de Oscar bait ou preguiçosa mesmo. No entanto, é inegável aqui que o filme todo se escora nas atuações femininas, sendo seu maior mérito e demérito até, já que os personagens masculinos são postos em segundo plano, inclusive o filho sobrevivente, que sempre está meio estranho aqui. E elas arrasam, de fato, construindo suas personagens nos mínimos detalhes.
Alan Nina | Em 05 de Abril de 2024. -
Inegavelmente é filmado com muito estilo, a direção de Arkasha Stevenson utiliza de planos nem sempre óbvios e conta com uma fotografia que confere excelente ambientação. Mas passado o prólogo, o roteiro parece não ajudar em nada a produção, que se alicerça num maniqueísmo barato. Por mais que sincera a lógica mainstream do que se espera da Igreja, mantém as dicotomia como o bem e o mal, o alvo às mulheres, o velho discurso medieval sobre poder, tudo de forma muito conveniente aos personagens.
Alan Nina | Em 05 de Abril de 2024. -
Um jogo de videogame do início ao fim, mais preocupado em pôr os monstros para lutar, abrindo mão de qualquer justificativa coerente. Uma estrela por manter o clima de tensão mesclando com alívios (Duna, aprenda), mas há uns cortes e uns jogos de cena tão ruim, sem contar os efeitos que lembram a série dos Power Rangers. O visual rosa do Godzilla quase me faz achar que era um tipo de Barbie.
Alan Nina | Em 02 de Abril de 2024. -
Pensa num filme lindinho sobre amizade, companheirismo, mudanças... Só achei que poderiam explorar um pouco mais os personagens secundários, de resto, Charlie Brown e Franklin numa amizade linda de se ver, mesmo com um roteiro simples, é uma excelente opção para as crianças.
Alan Nina | Em 01 de Abril de 2024. -
Mark Wahlberg meio que no piloto automático aqui, sendo líder de uma equipe que disputa uma corrida de rua (cinco dias correndo), mas cujo roteiro jamais consegue dar a dimensão do quão perigoso é o torneio. Aliás, o roteiro é clean, higiênico, e tem como objetivo emocionar. E emociona, ao menos,. O cãozinho realmente um filme soft demais e nem tão melodramático como poderia ser. No final, bem bonito, e por ser baseado em fatos reais, vale a pena conferir essa incrível história.
Alan Nina | Em 01 de Abril de 2024.