Lupas (6510)

Interessante pra caramba, cinema de fato é isso aqui. Forte em todo ponto que se propõe: a história atrai e segura, os conflitos políticos e religiosos são bem mostrados (inclusive emula a questão do Irã anos 70) e foca na medicina - de fato é um filme sobre essa ciência. E como é bom ver cinema que engrandece as artes da humanidade. Daquela espécie que seria sucesso popular se passasse na TV.

Tem pontos interessantes mas é afetado demais e extremamente artificial - apesar das TVs americana terem essa linha fubeca - muitos diálogos são ridículos pra cacete, impossível algum lugar exigir comportamento em objetos e comida! Lithgow arregaça, sua intensidade e impacto na tela parecem cada vez melhor com a idade.

Se tivesse sido feito, literalmente igual, em qualquer década atrás seria considerado um dos grandes do cinema.

A barulheira infernal do início assusta bastante (quase faz cancelar a sessão)...mas depois vem a recompensa. Humano e realista sobre uma condição grave, aflitiva demais. Trabalho genial de edição, colocando a realidade do personagem á nós com competência e originalidade.

Bem interessante, não é exatamente cinema de herói, está mais para uma ficção científica existencialista - com discussões legais nesse ponto. Além disso não é um Marvel padrão - apesar do ritmo ser excelente - é alongado nos diálogos, com montagem não-linear e longe de maniqueísmos simples. O tempo mostrará seu valor.

Cinema com coração, carrega emoção, tem muito a dizer. (necessário dizer: mil vezes mais valioso que aberrações das Novas Ondas ou demais tranqueiras intelectuais) É bom demais acompanhar a saga dessa menina e seu lobo protetor!

Biografia básica e repetitiva. Nunca fica interessante, a história não tem nenhum atrativo. Os trechos musicais são muito mortos, não há como saber se são baseados em músicas do tal cantor. Genérico ao extremo.

Estava caçando um catástrofe ver. Valeu a pena esse aqui, a questão de romance e relacionamento é moderna e bem montada. Quando o acidente acontece, há discussões e raciocínios inteligentes, de boa lógica dentro dos absurdos impossíveis.

Funciona bastante os monstrinhos em live action - potencial enorme para uma franquia usando eles assim, se focasse em batalhas e combate (o mote principal, muitas vezes ignorado, da série). Tem um sistema de vilões muito ruim, básico e repetitivo.

Bem interessante, lembra bastante aquele cinema inglês interiorano que tipos como Price, Mason, Boyer...tanto fizeram. A história é simples até demais, tem linhas de texto especiais. Rhys Meyers bem empolado, entoando cada frase, arregaça. O final não recompensa muito, poderia dizer mais, ter algum impacto.

Funciona bastante, original sobre um período bastante explorado no cinema. Realmente muitos pequenos daqueles anos, deviam raciocinar assim na época. Podia ter mostrado mais de alguns personagens - e pelo tom da fábula ter mantido a mãe. (mantenho um senão em retratar o bigode de maneira engraçadinha).

Bem interessante esse aqui. Estrutura nada esquemática, zero maniqueísmo, surpreende por umas tomadas repentinas bem legais. Apenas conta uma história e faz muito bem-feito. (apesar de tantos filmes sobre drogas, imaginar uma cadeira de produção e distribuição do início ao fim poucas vezes aconteceu). A policial mostrou, de maneira nada secreta, como se resolve tal crime.