Lupas (6510)

Bem interessante. Os faroestes dos anos 90 foram todos de alto nível. Kevin Costner é herói demais, funciona um absurdo nessa toada - poucos foram desse porte em toda a história. Não existe filme fraco sobre Wyatt Earp. Tem um mar de coadjuvantes e ponteiros fascinantes. *Realmente é esticado, engata pra terminar (mas não faz!) umas cinco vezes.

Não é um filme de Chuck Norris, mas a tática serviu pra me pegar - a experiência não é nada imbatível! Genérico pra caramba, pobre tecnicamente e absurdo de corrido, não há muito pra ver. Mas a vingança é legal, pelo menos colocaram o homem pra engrandecer o final. Até seu notável salto-e-chute através do para-brisas está li, sempre presente e com a mesma graça!

Musical esperto, empolga bastante nos números. Mais ainda na comédia romântica, gênero simples e cativador que faz falta atualmente. Cher não aparece tanto como artista mas tem uma figura fascinante, dona firme. Aguilera devia fazer mais, tem jeito pra isso.

Biografia típica de premiação. Tudo é Jamie Foxx, literal reconstituição de Ray Charles, trejeitos perfeitos e muitos detalhes. Foca demais em drogas, o tempo todo essa atrocidade, mostra mais o lado viciado que a música.

Bão pra cacete! Ação de primeiro nível, bruta e impactante. Nunca sabemos quando Gibson vai disparar em alguém. Interessante demais por não seguir um padrão óbvio, surpreende até acabando rapidamente - numa reviravolta absurda de gargalhar.

O tom está muito infantil. A empolgação sobe quando aparece um dos vilões antigos (os Aranhas demoram muito), mas some rapidinho com as piadinhas bobas quebrando a seriedade do momento - pior é matar o espírito deles. Esse humor constante deixa um ar de cinema escolar, com a banalidade do stand-up (a conversa dos 3 sobre teias). Tem batalhas boas, principalmente o ataque em equipe na construção.

Uma mistura fascinante de histórias (fragmentos delas na verdade) com uma personalidade própria e visual maravilhoso. Enfim temos uma versão atualizada e significativa de Frankenstein. O melhor são as digressões e o embate filosófico da cabeça vazia com o mundo - direto e com sentido real, um nível que dezenas de cineastas (com assinatura e passado) jamais fizeram. Lanthimos tem uma bizarrice gritante, gosta de tranqueira, mas é inegável que é um autor diferenciado.

Surpreendente de bão, a história anda bem, há tom moderno realista. O grande espetáculo é a mistura de cores e estilos de animação, atiça a visão pra cacete, é muito interessante. Esse tom moderno também está na velocidade da movimentação e no dinamismo da edição. Cinema de sua época - experiência que agrada quem ainda não foi ultrapassado.

Escancarado pró-ativismo, fica artificial nos diálogos - como é regra na história do cinema do Brasil. Mas há linhas de valor no meio, como a verdade absoluta dita pelo padre ('No Vietnã ou em Cuba o povo apoiou'). Apesar de tentar humanizar um criminoso, pelo menos o caráter revolucionário é evidenciado. O melhor personagem é mesmo o chefe de polícia, o único racional ali, colocando até americanos de novela em seu lugar - linha de exagero e falsidade ridículos, mas que fica até engraçado!

Impactante e bem envolvente, com seu prólogo realista e assustador dando o tom. Caviezel está meio fora de tom, aquela voz funda fica incoerente em certos momentos - mas também cai bem em outros. Passou pertinho de ser um marco de época, a produção é boa, anda bem. A sequência da ilha (baseada em pontos reais) é realmente boa - fica corrido e fácil demais na fuga das FARC. O tema é pesado, cruel demais, realmente não aparece tanto assim no cinema.

Bem interessante a maior parte do tempo. Personagem surpreendente (achei que o mudariam no andar do filme), um homem racional que - com razão - não vê lógica na discussão de cor e a mania de cacoetes nesse assunto. Além de passar longe do progressismo sem qualquer ativismo. Termina numa decisão incompreensível. Por que matar a cena da revelação? Não havia uma filmagem até aquele momento, fui uma fuga de roteiro mal-feita.

Divertido pra caramba, facilmente o melhor dos Godzilla modernos. As lutas dos monstros são interessantes, trazer os lendários inimigos do lagarto de uma só vez deu certo demais. Um ponto destacado é similar ao espetáculo de 1998: é um filme militar, com muita discussão de ciência e meios de ação. Fica fascinante de acompanhar.