Lupas (6516)

Revendo após muito tempo, mais um de Bong que caiu bastante no meu conceito. História boa, cria um mistério interessante mas o desfecho é muito básico. Não tem surpresas, é genérico pra cacete. A melhor cena é o suspense hitchcoquiano com a velha dentro do armário.

O ciúme nunca foi tão bem representado como aqui,usando de cirurgia plásticas (com uma bela crítica sobre a necessidade delas por baixo) ele é escancarado,exagerado e sensível,como Ki Duk Kim sempre faz.

Se no cinema foi um dos melhores que vi, continua tão impressionante revendo anos depois. História fascinante e um elenco gigantesco muito bem colocado, todos os integrantes são importantes e tem sua parte fundamental no funcionamento do plano. As discussões morais e sentimentais são muito fortes, tem significado de fato, criam profundidade. Cai logo pião!

Divertido demais, Jackie Chan é imbatível. Acrobacias incríveis, ação das boas (impressiona como qualquer filme de qualquer lugar dessa época, era mais adulto que filmografia moderna inteira). Pena ser tão corrido no fim - queria ver toda as voltas da prova !

Um dos poucos mais interessantes de Antonioni, perambula aleatório e sem rumo até a cena do parque. Dali cria ótimas sequências sobre o possível mistério na foto. O detalhismo da investigação é especial, quase nenhum do cinema policial focou tão bem o fragmento de uma fotografia e os olhos atentos percebendo algo ali. (Que talvez não passasse de uma questão de querer).

Um trabalho inventivo,com liberdade de roteiro e pequenos detalhes que são a cereja do bolo. O coelho foi muito bem utilizado.

Intenso pra cacete em vários momentos, é a energia de Al Pacino que faz a diferença. Começa muito bem, cravando verdades sobre Fidel e seu regime. Durante o meio, na passagem de capanga para chefe do crime, há um salto temporal muito acelerado. A execução do velho Frank e o tiroteio insano na mansão são incríveis.

O filme mais popular de Kurosawa é,provavelmente,sua obra máxima.Do ótimo ritmo à leve variação de gêneros tudo funciona bem. Seu otimismo cai perfeitamente bem e o trato das relações humanas não é esquecido nem moralizado. Mifune consegue seu ápice.

Terror de alto nível. História criativa e clima sobrenatural eficiente, com tons realistas, sem invenções exageradas. Sequência espetacular com a médium e os paranormais na casa (Chaplin deveria ter uma carreira ainda melhor, é diferenciada). O final é triste, pesado também e com um caráter japonês - continuando o caso dos perdidos.

Bem envolvente e dramático. Zeffirelli filma sempre muito bem, faz atores crescerem, jamais entrega imagens mal-feitas. Termina cruel demais, era hora do alívio, após uma luta tão dura e disputada. (mas também tem um detalhismo impressionante, na postura admirável dos véios de outrora nessas horas - aqui com a imponência de Warden, Strother e Elisha Jr).

Interessante demais, realmente faz arrepiar. Uma refilmagem quase integral, com acréscimos, que supera o original Ringu - esse é mais impactante. Para mim escorrega no desfecho - fazer cópias de VHS pra impedir uma maldição é meio ridículo, ganharia muito mais significado com com uma oração/encaminhamento/alívio da alma perdida dentro do poço. Produção de alto nível, continua com o mesmo valor técnico, como se fosse atual.

Interessante mas muito lento, fácil de dispersar várias vezes - pede para ser editado, alonga muitas passagens. Tem pedaços fantásticos como as cenas de Pedro recebendo a mensagem de Deus ou a luta incrível do colosso com o touro na arena do Coliseu - único bloco ágil é a sequência do massacre. As atuações mortas atrapalham, apenas Kerr e Ustinov (este nitidamente fazendo bichiches exageradas) estão dedicados.