Lupas (6516)

Bem interessante, bem atraente, mas falta corpo. Abre algumas histórias simultâneas (e vai bem em todas) que parecem tirar a força geral. Cinema de ator alto nível, coleção de ótimas atuações. A saga da colheita de algodão é boa demais, daqueles momentos grandes que todo filme precisa.

Biografia bem-feita mas dá uma cansada boa ali no meio. Genérica pra caramba. Ed Harris está ótimo, muito intenso e dedicado. Apesar da pintura abstrata ser meio à toa, inegável que há uma beleza, uma atração naqueles quadros.

Versão interessante pela variação, sem muito dinamismo. Alonga passagens (há um pós na Última Ceia) ou mostra segmentos raras vezes filmados (como o Ato dos Apóstolos). Mas tem um elenco de desconhecidos, com poucos destaques. Jamie Ward faz um Jesus muito inexpressivo.

A ambientação é interessante, mas o geral passa longe de ser. Desperdiça um grande elenco que não tem momentos de destaque, o texto não é atrativo, falta grandiosidade. O andar pedia uma sequência conectando tantas figuras e infelizmente não chega - lembra o padrão anticlimático tão usado em 2020.

Tecnicamente é de alto nível. Sempre interessante ver algum Romeu e Julieta. Mas como amante de musicais, senti o ritmo pra caramba (ainda menos que na versão 1961). Várias canções não empolgam muito, são vários trechos longos. Cabia uma mudança de época também - as motivações e visual das gangues juvenis são bem ultrapassados.

Interessante demais. Fazia tempo que não via uma boa discussão em cinema. Quando a raiva sobe e as palavras vão saindo temos o melhores momentos. Outro caso, como em 'Canina', de um divórcio exagerado - a princípio pelo menos. Há um contraste entre o casal principal (em detalhes e diálogos realistas) e todos os coadjuvantes (mais artificiais, frases e gestos teatrais, mais marcantes também. Parece proposital.

Biografia comum de premiação. Discute temas interessantes, principalmente as divergências dentro da mesma religião. Atuação destacada e notável de Chastain - facilmente uma das melhores ganhadoras da última década. Aliás o tema central é um pilar da formação dos EUA, mas teve poucos filmes centrados nessa parte.

Biografia comum mas muito boa. Parte de algo mais construído também: as Williams são muito grandes - bom demais conhecer mais do nascedouro de um par de irmãs tão vencedor.

Bem interessante até certo ponto. Simples e com emoções realistas, vai andando bem e fica ótimo com a presença da vó potencializando o menino. Perde demais quando a velha tem o derrame. Estraga a boa vontade, e vem um amontoado de acontecimentos no mesmo sentido. Mais um que termina sem clímax e aberto demais. Moda triste de 2020.

Muito interessante conhecer mais sobre os Panteras Negras. Trabalho de ator excelente: Kaluuya, Jesse Plemons (sempre marcante, com suavidade) e principalmente Lakeith Stanfield (personagem mais amplo e com muitos olhares notáveis).

Biografia básica de cinema. Essa mania de focar na vida destruída, nos problemas...enche o saco. Fala pouco da Tela, não menciona suas obras. Isso sim seria interessante. Os dois momentinhos em 'O Mágico de Oz' são as únicas partes boas.

Apesar de discordar da estrutura de roteiro, confundindo nós junto ao personagem - uma espécie de trapaça - é a melhor representação do Alzheimer ou de qualquer velhice que atinge a sanidade. Certamente uma das situações mais tristes que pode acontecer numa família...ver tudo acabar, até memórias...virar uma sombra. Terrível.