Lupas (6516)

Bem legal de ver. Mas poderia ser mais amplo, mostrar mais personagens. Essa mania de sempre contar origem é limitada, figuras desse tamanho não precisam de passo a passo. Bastante infantil.

Quando fala sobre a maternidade é bem bom. Vendido de forma errada, tanto o título original como nosso nome não funcionam. A besteirada envolvendo instinto materno com lobos, cenas de ritual e transformação em animal nada significam - até param de ser usadas durante o andamento, parece que o roteiro teve mudança de ideia no caminho. Há um exagero muito grande com o pai - que é mostrado como normal, muito atuante aliás, mas grafado pela história como um errado.

Biografia de cinema básica mas interessante - bem melhor assistir isso do que experimentações desprovidas de criatividade real ou roteiro frustrantes anti-climáticos. Trabalho de elenco muito bom (Chalamet está ótimo e bem acompanhado, todos os ponteiros estão bem situados, marcando a história, entregues como a lógica pede). Mas escute aqui velho! Todos os cantores tem o dever de cantar aquilo que lhe fez surgir! Cantar o que a multidão pede é sua razão!

Épico sem razão. Tem alguns momentos legais, promete algo grande...mas sai apenas frustração e banalidade. (pra falar a verdade, é um dos roteiros mais vagabundos que já vi). Essa onda do momento - ausência de climax, encerramentos abruptos, montagem grosseira - estraga a experiência pra caramba. O mais interessante, a construção do complexo, não recebe o foco que deveria. Metragem injustificada. Depois de descobrir que não é biográfico, nem baseado em alguém, fica tudo pior ainda.

Ótima continuação, quase do mesmo nível dos anteriores. Ação muito boa, todos os tiroteios e perseguições são interessantes. Grupo coadjuvante bem legal também (estranhei apagarem a esposa). Os atores perderam um pouco de vivacidade (a passagem do tempo é fatal) mas cai certinho com os personagens mais velhos, de cabeça mais madura. Tem um humor de alto nível aqui - sem gargalhada mas bem situado, principalmente sobre amadurecimento e medo do futuro.

A mãe é uma personagem muito interessante, sempre fortalecendo os filhos, buscando sobreviver. Tentando o necessário na hora certa. Perde um pouco com os saltos temporais, poderia ter sido apenas um - mostrar mais a vida profissional da Paiva madura. Fechar sem Fernanda Torres, tira um pouco da graça - também poderia ser ela, naquela lembrada fugaz em meio ao Alzheimer. Atuação de mestre.

Perde muito visualmente e na ambientação. Mas é uma continuação interessante, ao mesmo tempo que refaz a história original. A disputa dos candidatos é muito rápida, cabia mais daquilo ali na história. *Impressionante como Matheus Nachtergaele refaz o personagem 100% igual - o contrário absoluto de Selton, que modifica o tom completamente.

Tenebroso de assistir, uma espécie de Malick de terceiro escalão. A montagem não-linear e a câmera em primeira pessoa vão cansando, com 30 hora a paciência já foi embora. Não detalha nada, exigindo atenção dobrada não recompensada. A decisão de ficar aos olhos do protagonista perde o sentido quando começa a alternar entre os dois rapazes. Pra que então? A história real da cadeia é o único ponto válido.

Meu primeiro da franquia. Gostei bastante, ri com gosto algumas vezes. O vilão é maravilhoso, humor genial - o pinguim disfarçando, enganando todos, é bão demais! "Não é o Feathers, é só uma freira."

Interessante de assistir, notável pelo ritmo perfeito - sempre mantendo o interesse lá no alto. Tem dois pedaços longos, bem diferentes. O melhor vem no final, um suspense de alto nível, a tensão bate forte, não dá pra saber o que virá. O fim da perseguição traz um alívio maravilhoso, que poucas vezes senti numa exibição.

Interessante demais, fixa numa único espaço e mostra toda a situação dali de dentro. Ser concentrado e definido sobe o nível demais. Trabalho de roteiro e edição brilhante, coisa de mestre - assim como a atuação de John Magaro, das melhores da temporada. Original e classudo sobre uma situação outras vezes filmada/documentada no cinema.

Muito bem filmado, daqueles que a qualidade transparece logo de cara. Cadeia de sofrimento digna de um Trier, inconformidade de Haneke e profundidade de Bergman. Aqui está uma das personagens mais cruéis do cinema, quando percebemos o que está acontecendo sobra o desespero e a raiva. Também pela atormentada Karoline que não destruiu aquela velha desgraçada!