Lupas (215)

Mesmo bebendo da fonte de obras lendárias como Jaws e Jurassic Park, o filme convence bem em seu argumento e abusa das cenas em planos-sequência bem conduzidas por Kormákur. Possui uma direção de fotografia belíssima com destaque principalmente nas cenas noturnas. Em suma, vemos aqui um cinema convencional, mas com um artefato relevante: a modernidade das câmeras.

As evidências da construção do cinema dos saudosos anos 90 e a sintonia das protagonistas são algumas das dádivas dessa movimentada obra de Ridley Scott. Impossível esquecer até mesmo dos detalhes. Mais do que um grandioso Road Movie, consolidou-se para mim como uma bela sessão de cinema clássico de sábado à noite!

Apesar de discordar que este é o filme mais assustador de todos os tempos segundo pesquisas recentes, pude encontrar, principalmente nas cenas dos vídeos caseiros, uma bela edificação do medo, uma sólida construção de narrativa e um desfecho igualmente digno. Vale a conferência.

A trama parte de uma premissa que desde o seu início já não descarrega grandes perspectivas. Possui cenas de ação bem medíocres, uma direção aquém do potencial dos irmãos Russo e ainda não engaja em seu enredo. Esse peso negativo também se apropria de Ryan Gosling, pois embora haja a tentativa de entregar um novo rosto no mercado de ação, outros gêneros, em especial o drama, dizem bem mais a seu respeito. Anotem: Julia Butters é um grande potencial.

Pixar nos fazendo o favor de compreender a euforia do menino Andy ao ganhar o icônico boneco de presente de aniversário. Mais uma vez, o estúdio marca sua identidade. Buzz, definitivamente, é muito mais do que um guerreiro espacial! Ao infinito e além... da imaginação. Sempre!

O cenário dessa Londres suja e sombria é um deleite para os amantes do gênero.

O Rei Leão na era Viking!

Há uma quebra de expectativa lá pela sua metade pois o filme decide destroçar o coração do expectador transformando o romance que a princípio parecia suave em cenas violentas e com forte carga dramática. Mesmo contendo uma breve falha de harmonia entre os personagens principais, as belas coreografias somadas à voz poderosa de Rachel Zegler elevam a equação a resultados positivos.

Podemos cravar, com certa convicção, que sua composição atmosférica e fotografia ultrapassam os parâmetros da beleza. Por mais que discutíveis, são no mínimo interessantes as referências de um Bruce Wayne atuando nas sombras e de um Batman bem mais exposto, equilibrado e cirúrgico em seus diagnósticos. Fuja do trio Nolan, Ledger e Bale, enterre Affleck mais fundo que puder e, certamente, encontrará um universo paralelo incrível do homem-morcego.

Nessa versão sarrista de Efeito Borboleta tentando se estabelecer em um roteiro sem grandes novidades, vemos apenas alguns atores se esforçando para entregarem as personagens de forma digna e uma certa dificuldade de sintonia do casal principal. Em outras palavras, quase nada a ser apreciado...

A narrativa se desenrola de forma leve e com bons momentos de diversão nas entrelinhas. Composto por momentos hilários e muito bem representados pelo elenco, o filme mostra que é possível sim ouvirmos além da barreira do som. Mesmo sem muita profundidade, ainda é belo e sutil.

É de encher os olhos o carinho e a beleza de uma família unida composta por pessoas que torcem umas pelas outras da forma mais verdadeira possível. Ainda conta com valores cristãos que servem como um alicerce para fortalecer ainda mais a lealdade e confiança na forma de uma educação peculiar de um pai obstinado. Aqui se mostra uma ideologia inabalável de nunca deixarmos de acreditar em nossos sonhos enaltecida com maestria por Will Smith. Sim! É atributo demais para apreciarmos! Maravilhoso!