Lupas (175)

Incrível a maestria de construir uma analogia tão verdadeira de uma sociedade atingindo sua ascensão e logo em seguida, sua queda. Quase uma fábula muda! Rico em detalhes e cores!

Versão do game de sucesso que não se preocupa em explicar certas premissas e dá ênfase no que realmente importa! Sua energia constituída por suaves referências mundanas anexadas com uma boa composição de humor são as marcas dessa divertida animação! Afinal, o que importa saber o porquê de pássaros não voarem quando o que a meninada quer mesmo ver são os personagens sendo arremessados por estilingues até se esborracharem no muro? Pura diversão!

Acredito plenamente que o filme acerta nesse mix de drama e musical. Cada cena de quebra de realismo nos momentos de amargura do personagem principal é um convite prazeroso para o espectador entrar no clima e apreciar o artista. Sendo assim, em nenhum momento se torna monótomo. Ao enxergarmos o pequeno Reginald sendo rejeitado e esnobado por aqueles que deveriam amá-lo, a gente se torna ainda mais fã desse ícone da música pop. Show de cores e figurino impecável! Grande obra! Grande realização!

Possui um bom ritmo e é principalmente sustentado pela sua premissa. Concordo que em muitas vezes o exagero acaba se tornando um pouco irritante, mas a condução geral acaba prevalecendo uma vez que seu conteúdo investigativo é, de fato, interessante. A questão do autismo do personagem de Affleck é abordada de forma superficial e um tanto quanto questionável. O sempre carismático Jon Bernthal nos deixa um gosto de quero mais.

Talvez seja a obra de Tarantino que mais me fez entrar na história e torcer pela dupla bem construída por Pitt e DiCaprio. O carisma imensurável de Margott unido com um roteiro categórico refletem um êxtase de emoção e divertimento. Esse gênio da raça é capaz de reunir um elenco grande e dar foco em cada um dos personagens de forma majestosa e nada enjoativa. O ato final é uma explosão de sabores, sentimentos e lapsos! Brilhante e sedutor, o filme faz muito para 2019 e para seu próprio legado!

Filme maravilhosamente bem montado. Com sua parte técnica impecável e com belíssimas construções visuais, Villeneuve define aqui a sua autoria e identidade. Funciona muito melhor do que o original, pois este se preocupa muito menos com a questão filosófica e foca em um futuro enigmático e exótico onde estão escondidos os tais replicantes fugitivos. Ryan Gosling sempre seguro e com boa composição interna. Ainda conta com uma trilha magnífica! Esta sim é uma continuação digna de nossa apreciação.

A identidade de Tarantino se mostra presente conforme a trama vai ganhando forma e destino. Conseguimos afirmar que a parceria com o diretor Tony Scott deu certo "Match", porém algumas passagens triunfantes de atores como Hooper e Walken nos deixam um ar de maiores expectativas partindo de seus potenciais. Destaque para o magnífico Gary Oldman, cujo transborda uma verdade absoluta na pele do inescrupuloso cafetão Drextel. Enfim, certas peças que em conjunto não só funcionam, como nos divertem.

É caracterizado por um enredo interessante até o momento em que a frieza e subjetividade se tornam protagonistas quase medíocres. O objetivo principal da trama que se ausenta em absoluto está algum lugar que talvez nem o diretor Goold saiba dizer. Possui seus momentos, mas deixa a desejar em relação ao desfecho e certas mensagens que deveriam se mostrar relevantes. Por se tratar de uma biografia, realmente sentimos falta de algo mais verdadeiro, como sugere o seu próprio nome.

Por mais que o cenário futurista e poluído se marca como um personagem expressivo, o seu envolto absoluto é totalmente desperdiçado. Ao perceber um Harrison Ford completamente vazio e perdido como jamais visto, a esperança acaba de vez com seu enredo lento e sem conexão. Chega ao ponto de escancarar a falta de manejo das peças principais. Completamente esquecível e descartável. Difícil enxergarmos alguma verdade ali...

Comédia digna de consumação despretensiosa. Muito me admirou o fato do cinema francês sair da casinha tradicional e trazer um envolvimento sadio e divertido nessa trama bem orquestrada e dirigida por Chaumeil. Vale destacar o trabalho caprichoso de Duris evidentemente se divertindo na pele do conquistador de aluguel Alex. Por mais que não transborde sentimentos, o filme transmite bons pensamentos e nos deixa mais leve no fim das contas. Bonitinho!

Possui um início firme e divertido no qual vai se transformando em uma narrativa medíocre e sem muito nexo até se concluir em uma receita indigesta e sem tempero. Ao invés da tensão aumentar ao longo da trama, o interesse vai dissolvendo até quase se acabar por completo. O que se salva é a rápida e ótima passagem da atriz Emily Meade na pele da enfurecida noiva do sequestrador. Exige certo esforço...

Repleta de simbologia e ritos medonhos, a narrativa se decorre através de fatores implícitos do ocultismo em seu maior grau! O lado sombrio e incômodo de certas presenças demoníacas no qual é inserido dentro de uma família é angustiante e atormentador. Com certas nuances por vezes até sutis, a trama se consagra como uma verdadeira obra de arte do gênero! A performance de Toni Collete em meio a traumas, arrependimentos e picos explícitos de loucura, literalmente beira à perfeição! Perturbador!