Lupas (195)
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Apesar da curta duração, é objetivo em sua mensagem e visceral em seu significado. Trilha e narrativa vão crescendo ao longo do enredo que culmina em um final que é menos fantasioso do que idealizamos. Mais um acerto de Cutts!
Rafael Costa | Em 17 de Fevereiro de 2020.
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Fuja de qualquer ideal político e de algum possível viés partidário e você encontrará uma direção solene e altamente profissional cuja sua principal premissa é escancarar a verdade do Brasil. Petra apresenta um material próximo, profundo e explícito de um sistema corrompido que por mais que todos nós conhecemos, deixa nossa mente mais reflexiva e menos (ou mais) polarizada no final das contas. Julgo extremamente digna a sua indicação às principais premiações do gênero.
Rafael Costa | Em 17 de Fevereiro de 2020.
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O que chama a atenção além do cenário bem personalizado de uma Nova Iorque movimentada é a composição nua e crua de sua narrativa. É tão profundo que o envolvimento de pessoas da família de Howard bem como seus cobradores são jogados juntos em uma ganância infinita. Em sua reflexão final, encontramos uma mistura de agonia e certas contemplações malucas nesse universo viciado e ambicioso no qual o protagonista é completamente escravo. Sandler quase alcança a sua principal joia: Reine Sobre Mim.
Rafael Costa | Em 10 de Fevereiro de 2020.
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Imersão às profundezas do psicológico humano anexas às lendas de antigos marinheiros são magnificamente confrontadas nessa obra inquietante de Eggers. A maestria do diretor em escancarar a busca pela redenção e a fuga do subconsciente em meio às mais complexas das simbologias e mitologias são elementos expressivos para torná-lo um dos melhores da atualidade. O formato de tela 1.19:1 contribui na sensação de claustrofobia dos personagens, cujos estão em perfeita sintonia! Fotografia impecável!
Rafael Costa | Em 04 de Fevereiro de 2020.
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O exagero presente em expor aquela velha ideologia nazista é o seu ponto de destaque! Waititi não só entrega uma direção assertórica trabalhando com os elementos terríveis da guerra transformados aqui em situações de humor, como também ajuda na pele de um caricato (e até carismático) Adolf a desconstruir essa ideia da mente do seu pequeno (e imaginário) amigo coelho. Afinal... ele é só uma garoto que teria adoração por suástica, como sugere sua musa e amiga judia. Bem autêntico!
Rafael Costa | Em 03 de Fevereiro de 2020.
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Mesmo sem aquela força da saga Harry Potter, julguei interessante o vínculo desses novos personagens sendo transportados àquela época que resgata peças que bem conhecemos, como Dumbledore, Flamel e Hogwarts. Visualmente belo e carente de enredo, o saldo ainda é positivo uma vez que constitui uma boa movimentação e um final igualmente digno. Jude Law convincente mantendo o carisma do bruxo dos bruxos.
Rafael Costa | Em 03 de Fevereiro de 2020.
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Estruturas orgânicas estão perfeitamente encaixadas nesta bela e romântica atmosfera criada por Greta. Mantendo a coerência de seu formato de narrativa, a obra costura uma mistura de ilusões distantes, apegos familiares, primeiros amores e traumas. Consiste basicamente na abordagem dos dilemas da vida, como sonhos, metas e valores pessoais. Saoirse Ronan e Timothée Chalamet exalam carisma e extrapolam seus respectivos talentos. Filme corajoso e bem certo em "timing".
Rafael Costa | Em 03 de Fevereiro de 2020.
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Nunca havia me sentido tão parte de uma trama como aqui. O tanto que impressiona o seu realismo em plano sequência e seu dinamismo absoluto cobertos por uma trilha divina nos fazem idealizar que estamos diante de uma obra-prima moderna! Fotografia e direção ricas em detalhes ajudam a tornar o espetáculo ainda mais vivo! Possui o clima tenso e profundo que caminha de mãos dadas com seu ato heroico e resiliente. Genial e inesquecível são adjetivos justos e bem fáceis de encaixarmos aqui.
Rafael Costa | Em 29 de Janeiro de 2020.
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Transmite a mensagem de foma apenas discreta e um tanto quanto superficial. Ao se ausentar daquele cenário arrepiante dos anos 80, percebemos que a história por si só não se sustenta. Dessa forma, é mais um exemplo daquelas obras antigas nas quais não dão "match" com a modernidade das câmeras. Não é de todo ruim, mas fica aquém de nossa expectativa uma vez que nós, amantes do terror, conhecemos o seu potencial bem como o seu genial escritor de origem.
Rafael Costa | Em 27 de Janeiro de 2020.
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O fato é que se alguém nos contasse que a história realmente aconteceu na vida real, dificilmente acreditaríamos, pois consiste em um mundo distante e pouco provável. Em contrapartida, temos aqui uma adaptação divertida e um roteiro gostoso que nos fazem torcer a favor das pretensões do protagonista e sua improvisada trupe. Show de cores e figurinos hilários, se consagra como uma obra original e com uma bela mensagem final. Ainda conta com a atuação da carreira de Eddie Murphy. Vale a atenção!
Rafael Costa | Em 20 de Janeiro de 2020.
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Aborda um tema específico no que se refere ao pragmatismo e certas sistemáticas de como um profissional de alto padrão define sua vida e seus costumes. Ao mesmo tempo que sua nova musa é fundamental para sua sobrevivência, essa também se torna um fantasma que (literalmente) o dilacera por dentro. Direção regular de Anderson e aposentadoria gloriosa de Day-Lewis se unem aqui... nada menos do que já esperávamos.
Rafael Costa | Em 20 de Janeiro de 2020.
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Ao desenrolar da história, vamos aos poucos nos deparando com um mundo obscuro, tênue e misterioso que nem os protagonistas se mostram confortáveis em estar. O ponto-chave realmente é o enfrentamento da própria mente que o personagem de Pitt é incumbido, pois em sua própria casa, pode morar sua destruição. Possui um final previsível, porém a cena do piquenique em meio ao cenário de guerra ao fundo é artisticamente divina! Isso posto, temos um retorno modesto (porém digno) de Zemmeckis.
Rafael Costa | Em 17 de Janeiro de 2020.