Lupas (153)
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A composição geral se sustenta principalmente sobre uma narrativa emblemática cuja principal característica é sua ótima ambientação. Ao notarmos os mistérios ganhando corpo, rapidamente passamos a sentir as aflições das personagens, estas que estão aprisionadas dentro de suas próprias paixões. Alicia é brilhante em auxiliar esse tom sombrio e triste uma vez que consegue trazer à tona suas agonias, inseguranças e principalmente seus traumas.
Rafael Costa | Em 26 de Março de 2020. -
Podemos dizer concludentemente que o tema abordado (esse já bem manjado) é inserido propositalmente em situações mundanas que nos fazem facilmente entrar na história e até mesmo nos identificar. Os vários momentos de tensão e desespero absolutos são pontos que aqui funcionam mesmo possuindo um tom bem convencional e uma nítida referência "hollywoodiana".
Rafael Costa | Em 23 de Março de 2020. -
A interessante premissa da loucura x espiritualidade é inserida aqui de forma sútil e intuitiva. Promove uma imersão ao desconhecido que invade a mente da protagonista cuja vive um dilema pessoal sobre suas crenças religiosas e mistérios da vida após a morte. Kristen consegue transmitir tudo isso de forma concludente e angustiante nos trazendo dúvidas a respeito da realidade e do suposto além. É composto por cenas incômodas que culminam em um final obscuro e altamente reflexivo!
Rafael Costa | Em 16 de Março de 2020. -
Quando sua principal argumentação toma o devido espaço e nossa curiosidade alcança enfim seu ápice, a narrativa apresenta uma dificuldade nítida de se explicar por completo. O que mais incomoda é que não há nenhuma tentativa para tal. Essa ausência é tão grave que faz terminar tudo no zero a zero.
Rafael Costa | Em 13 de Março de 2020. -
O clima de tensão existe e os personagens apesar de um pouco exagerados, conseguem causar em nosso psicológico uma certa angústia e pavor, porém suas estéticas clichês e visões fúteis do terror tradicional resultam-se na mediocridade. Valeu a tentativa...
Rafael Costa | Em 11 de Março de 2020. -
De forma crua e infantilizada, a história vai enfraquecendo à medida que nenhum ponto de conexão é realmente aprofundado. Sua longa extensão é quase tediosa e não se justifica. Não há carisma algum no personagem de Momoa e muito menos em relação ao sugerido romance com Heard. O filme é mal resolvido e não possui o humor que acredita ter. Apesar de grandes equívocos, é visualmente belo. Resultado: mais uma derrota de DC/Warner, esta que já possui outros colecionáveis do gênero em sua galeria.
Rafael Costa | Em 26 de Fevereiro de 2020. -
Apesar da curta duração, é objetivo em sua mensagem e visceral em seu significado. Trilha e narrativa vão crescendo ao longo do enredo que culmina em um final que é menos fantasioso do que idealizamos. Mais um acerto de Cutts!
Rafael Costa | Em 17 de Fevereiro de 2020. -
Fuja de qualquer ideal político e de algum possível viés partidário e você encontrará uma direção solene e altamente profissional cuja sua principal premissa é escancarar a verdade do Brasil. Petra apresenta um material próximo, profundo e explícito de um sistema corrompido que por mais que todos nós conhecemos, deixa nossa mente mais reflexiva e menos (ou mais) polarizada no final das contas. Julgo extremamente digna a sua indicação às principais premiações do gênero.
Rafael Costa | Em 17 de Fevereiro de 2020. -
O que chama a atenção além do cenário bem personalizado de uma Nova Iorque movimentada é a composição nua e crua de sua narrativa. É tão profundo que o envolvimento de pessoas da família de Howard bem como seus cobradores são jogados juntos em uma ganância infinita. Em sua reflexão final, encontramos uma mistura de agonia e certas contemplações malucas nesse universo viciado e ambicioso no qual o protagonista é completamente escravo. Sandler quase alcança a sua principal joia: Reine Sobre Mim.
Rafael Costa | Em 10 de Fevereiro de 2020. -
Imersão às profundezas do psicológico humano anexas às lendas de antigos marinheiros são magnificamente confrontadas nessa obra inquietante de Eggers. A maestria do diretor em escancarar a busca pela redenção e a fuga do subconsciente em meio às mais complexas das simbologias e mitologias são elementos expressivos para torná-lo um dos melhores da atualidade. O formato de tela 1.19:1 contribui na sensação de claustrofobia dos personagens, cujos estão em perfeita sintonia! Fotografia impecável!
Rafael Costa | Em 04 de Fevereiro de 2020. -
O exagero presente em expor aquela velha ideologia nazista é o seu ponto de destaque! Waititi não só entrega uma direção assertórica trabalhando com os elementos terríveis da guerra transformados aqui em situações de humor, como também ajuda na pele de um caricato (e até carismático) Adolf a desconstruir essa ideia da mente do seu pequeno (e imaginário) amigo coelho. Afinal... ele é só uma garoto que teria adoração por suástica, como sugere sua musa e amiga judia. Bem autêntico!
Rafael Costa | Em 03 de Fevereiro de 2020. -
Mesmo sem aquela força da saga Harry Potter, julguei interessante o vínculo desses novos personagens sendo transportados àquela época que resgata peças que bem conhecemos, como Dumbledore, Flamel e Hogwarts. Visualmente belo e carente de enredo, o saldo ainda é positivo uma vez que constitui uma boa movimentação e um final igualmente digno. Jude Law convincente mantendo o carisma do bruxo dos bruxos.
Rafael Costa | Em 03 de Fevereiro de 2020.