Lupas (175)
-
Uma dramatização realista sendo auxilada por uma fotografia nua e bela. Sua narrativa transcorre por um conjunto de emoções fatídicas no qual nos faz imaginar as dificuldades que alguns tiveram que enfrentar nesta época. O vazio presente perante às vontades do coração, a coragem em busca de um ideal e a cumplicidade do casal são artefatos sólidos que ambas atrizes sustentam com louvor. Funciona mais como uma história de amor do que de preconceito. E isso é algo extremamente positivo!
Rafael Costa | Em 14 de Abril de 2020. -
Após desembaralharmos os diálogos aparentemente desconexos, podemos sugerir que os coelhos bizarros foram, por algum motivo, castigados por uma chuva ininterrupta e que sofrem a angústia do chefe da família que está simplesmente atrasado ou talvez morto? Até pode ser um caminho... mas esse suposto diagnóstico é irrelevante perante à atmosfera perturbadora instituída em um cenário teoricamente simples que somente esse gênio do surrealismo seria capaz de reproduzir.
Rafael Costa | Em 13 de Abril de 2020. -
É claro que se forçarmos um pouco o significado, podemos encontrar alguns fatores trágicos ou não tão felizes conforme são contados aqui. Mas, pensando bem, prefiro me abster desse trabalho e fazer essa história perdurar na memória com a mesma simplicidade da família da trama bem como seus valiosos laços.
Rafael Costa | Em 12 de Abril de 2020. -
Eu sonhei ou realmente isso existe?
Rafael Costa | Em 12 de Abril de 2020. -
Pode uma obra ser genial e indecifrável ao mesmo tempo? Lynch lança esse desafio aqui através de elementos peculiares de sua autoria nos jogando em um labirinto fascinante, porém sem perceptivas de encontrarmos a saída. Neste universo perturbador, a protagonista enfrenta uma gama de movimentos alucinógenos que por algum motivo, funcionam como redenção perante seus remorsos, traumas e incertezas. Em um mundo que risadas surgem onde as lágrimas deveriam reinar, temos a definição do medo decretada.
Rafael Costa | Em 11 de Abril de 2020. -
Alfred Hitchcock entrou para a história por sua exclusividade de misturar temas enigmáticos e reclusivos que costuram e dilaceram nossa mente a cada revisitação. Aqui, em Os Pássaros, esses marcos foram configurados de forma vaga, dando a impressão que estamos dentro de uma quase história de suspense, protagonizada por um quase casal, vagando por um possível cenário apocalíptico que resultou em uma quase mancha em sua bela e reconhecida trajetória. Uma obra com potencial... todavia, pela metade.
Rafael Costa | Em 08 de Abril de 2020. -
Há um viés político-social tremendo em cima da narrativa dessa obra que, talvez, essa seja a melhor analogia de uma sociedade e seus potenciais autoritários amarrados com suaves frustrações das boas intenções que possamos ter diante das injustiças que, infelizmente, nos passam desapercebidas. Seu ponto alto é a simbologia dos objetos trazidos poço adentro pelos personagens, como o livro e a faca, pois dependendo do nível em que estejam, a importância deles variam agressivamente. Óbvio?
Rafael Costa | Em 08 de Abril de 2020. -
A marca do expressionismo alemão era composta por elementos inconfundíveis como atuações teatrais, belas composições musicais, exóticos apetrechos que compunham os cenários ao fundo da tela e, principalmente, seu jogo de luz e sombra. Possui um enredo instigante e enigmático no qual se tornaria referência do gênero horror. Este formato da ausência de lucidez em meio aos assassinatos e mistérios são artefatos que até hoje acompanhamos nas telas. Mais do que um épico. Uma obra de classe!
Rafael Costa | Em 07 de Abril de 2020. -
A parte do lugar ao sol conquistado com muita luta e perseverança por Mujica e sua equipe tem o seu valor, mas as várias falhas de edição, a dessincronização de som e a terrível tentativa de atuação dos coadjuvantes definitivamente são péssimas! E não venha falar que eram outros tempos que essa não cola...
Rafael Costa | Em 06 de Abril de 2020. -
O que não se pode negar é o carisma que Paul Rudd consegue manter o tempo todo, pois se formos parar para pensar, esse tipo de herói visto apenas em cartaz não traz nenhuma grande perspectiva. Na minha opinião, essa continuação funciona melhor que a primeira parte, pois não precisa perder tempo em explicar nada, apenas abusar da diversão que o tema aborda sem dó. Sendo assim, temos uma aventura contendo humor, ação e entretenimento sem grandes pretensões. Trocando em miúdos, tudo encaixadinho!
Rafael Costa | Em 06 de Abril de 2020. -
A composição geral se sustenta principalmente sobre uma narrativa emblemática cuja principal característica é sua ótima ambientação. Ao notarmos os mistérios ganhando corpo, rapidamente passamos a sentir as aflições das personagens, estas que estão aprisionadas dentro de suas próprias paixões. Alicia é brilhante em auxiliar esse tom sombrio e triste uma vez que consegue trazer à tona suas agonias, inseguranças e principalmente seus traumas.
Rafael Costa | Em 26 de Março de 2020. -
Podemos dizer concludentemente que o tema abordado (esse já bem manjado) é inserido propositalmente em situações mundanas que nos fazem facilmente entrar na história e até mesmo nos identificar. Os vários momentos de tensão e desespero absolutos são pontos que aqui funcionam mesmo possuindo um tom bem convencional e uma nítida referência "hollywoodiana".
Rafael Costa | Em 23 de Março de 2020.