Lupas (131)

Inovar não é contar a mesma história de um jeito distinto. "Barbara" até poderia ser um marco caso se sustentasse assim como começou: indecifrável e instigante.

Nada vi de inovador ou surpreendente. Contrariando as expectativas, a mocinha é loira e bondosa. O final ratifica o fato de essa obra ser um mero passatempo abarrotado de vômitos, sangue e (d)efeitos especiais.

Esse filme encontrará todo o espaço que precisa para possuir você: basta estar amando alguém no momento em que for assisti-lo.

O filme voou alto de mais para sustentar-se. O final foi simplista. Contudo, é envolvente. Muito envolvente.

Pensei até em odiar esse filme pelo resto da minha vida. Mas então vi que não estaria aceitando o que realmente pode ocorrer no mundo real. Enfim, arte é arte. Palmas para o roteiro, o elenco e a ousadia que essa obra esbanja.

Charles Bronson carregou em seu semblante todo o legado de uma cultura já acabada. O cinema apreciou outros bons astros da terra vermelha e do sol escaldante, mas o "Velho Oeste" morreu com ele.

A consagração de Clift. No auge da trama, o ator soube pôr num só olhar a sede de morte, a ambição e o satanismo.

A partir de agora, "viver no mundo da lua" é uma honra imensurável!

Todas as expressões faciais de Douglas já são previsíveis no começo do filme.

Interessantíssima reflexão, embora soe lugar-comum nos "quatro cantos". Mesmo assim, obras como essa conseguem tocar quem assiste, de uma forma ou de outra.

Exceder-se num universo fantasioso por conta das facilidades técnicas do cinema atual é lastimável. Sem o elenco que teve (principalmente Oldman), esse filme tenderia a ser um desastre.

É difícil julgar algo que realmente ocorreu. Por isso, minha nota reflete o quanto a obra me transportou até a história real.