Lupas (131)

Com generosidade, é possível enxergar uma crítica social.

Há momentos em que o suspense é bem construído, e até outros em que a trama tem traços de originalidade, mas nada se supera, nada a diferencia... e tudo conflui para um jargão previsível.

A cena do lago foi muito bem construída. E os dragões são muito realísticos. Sem dúvida, um trabalho muito minucioso e bem feito.

Filme de uma sensibilidade ímpar! Atuações tão verossímeis que chegam a chocar! Créditos ao roteiro bem amarrado e aos belíssimos cenários.

Uma tragicomédia bem feita. Embora a personagem inverta essa nomenclatura com uma profundidade incrível. Afinal, Blanchett é um primor!

É irritante como os remakes perdem a essência da obra original. Efeitos especiais apenas servem para mascarar deficiências básicas, como boa atuação e, como não se vê aqui, bom senso.

A batalha final sem dúvida é o momento mais interessante. É nesse ponto que o filme se garante. No restante da trama, cada vampiro é praticamente um mutante. E isso, francamente, é enjoativamente adolescente.

Traz à tona cenas fortíssimas e uma atuação impactante de Norton, a qual transpõe o roteiro da obra, sendo extraordinariamente original e frenética. Certamente, é o melhor filme do gênero.

Abstrato. Em alguns momentos, com razão. Em outros, sem. A obra detém ar de incompreensão e surrealismo, levando a trama a momentos de profunda ironia e metáfora. É seguro dizer que não se aproveitou ao máximo o que o conjunto oferecia.

A história é ingênua e não maliciosa. Mesmo para os anos 60, daria certo ousar mais nos truques de câmera, na maquiagem e nas tomadas. Vale a pena conferir pela fotografia e pelo enredo.

Quando há acerto, estamos diante de um tipo de cinema que só o Brasil é capaz de produzir - um misto de lágrimas e sorrisos, que instiga quem assiste. É ingênuo, meio teatral. É lindo, inteligente, romântico ao extremo e sagaz!

"A elegante melancolia do crepúsculo..."