Lupas (929)

Adultos não são, nem de perto, tão interessantes quanto os jovens imortalizados por Hughes, mas tem os seus momentos inspirados em uma viagem infernal. Algumas imagens de como era a vida nos anos 80 são puro amor.

Se olharmos apenas superficialmente, é um filme simples. Mas nessa essa sua simplicidade esconde um olhar mais profundo, que fala sobre os subúrbios da Inglaterra, como as pessoas eram exploradas e como corriam para os outros. Tem belíssimas imagens.

É um filme completo, que abusa do experimentalismo em prol de uma história super tocante; aliás, uma não, três! Como um passado pode traumatizar todo um futuro. Poesia em forma de filme e montagem.

Ainda que falte uma grande sequência no local que nomeia o filme, Spotlight é um grande trabalho investigativo e jornalístico, de tema ousado e boas interpretações. Se falta cinema como um todo, sobra relevância e inspiração.

Pode ser visto como uma baita propaganda, mas conseguiu me captar quase como um planeta é sugado pela gravidade de uma estrela. Pode colocar na conta no meu lado mais sentimental pelo humano, em preto e branco e de lágrimas nos olhos.

É impressionante como Shyamalan sempre faz mais quando tem menos; ele precisa constantemente ser desafiado ao limite. Que velha bizarra!!

Quando um filme consegue unir a delicadeza de uma linda e sofrida história de amor com uma técnica apurada, que dialoga com sua linguagem, devemos valorizar. Acho que nunca havia me emocionado com uma cena de sexo na vida inteira, de arrepiar.

Mais uma refilmagem com pelagem nova, na verdade é uma apresentação, sem o mesmo requinte, do clássico que lançou Stallone ao estrelato. Ainda assim, é interessante notar como a vida é cíclica e que realmente ninguém bate mais forte do que ela.

É um filme muito competente na narrativa (as passagens de tempo com cenas reais são lindas) e relevante em sua temática (a crise que abateu o mercado imobiliário americano no final dos anos 2000), mas como filme, jamais consegue sugar o público para si.

Tarantino consegue de novo reger uma história cheia de nós, interessante, que transita com facilidade entre o humor e o horror, dando importância igual a todos os personagens e, se há alguma falha, talvez seja o desnecessário flashback, vejam só.

Uma interessante montanha russa que mostra e logo depois rouba os sonhos hollywoodianos dos personagens de maneira cruel, satírica e deliciosa.

Acabou sendo badalado por 2 motivos: o ator realmente faz um belo trabalho e é baseado em uma das pessoas mais sensacionais que existem hoje na Terra. Tirando isso, é um filme bem feijão com arroz do início ao fim, o que também facilita sua identificação.