Lupas (929)

Um filme mais comedido das gracinhas da Marvel devido à urgência em que coloca frente a frente os dois principais heróis da franquia. Se não é nenhuma obra-prima, pelo menos é um filme muito divertido e eficiente, principalmente pela falta de vilão.

Finca suas raízes no absurdo da coincidência para chocar com a ação e reação de uma realidade palpável a qualquer um - conseguindo arrancar sinceras risadas entre um ponto e outro.

O modo como o título ganha significado na ressurreição da personagem é genial, assim como o modo como vamos descobrindo as coisas junto com ela, mas sem sabermos como ela irá reagir a aquilo tudo. Ótima construção psicológica de personagem.

Apesar de meio óbvio ao traçar os paralelos de humanos desumanizados com o cachorro também excluído de uma sociedade por ser mestiço, é um filme com bastante força, tanto na sua imagem quanto na sua execução. Os amantes de animais vão sofrer o tempo todo.

A descaracterização dos personagens a favor de um roteiro que não consegue entreter tanto assim e toma uma diversidade de fáceis resoluções não agrada nem os fãs, que não veem fidelidade, e nem os casuais, já que as lutas são fracas e muito pirotécnicas.

É um filme muito bonito, principalmente para quem acredita, com pelo menos um momento bem forte, que é quando o incrédulo olha diretamente nos olhos de um Jesus já sem vida. Porém, fica óbvia a falta de orçamento para fazer um trabalho mais grandioso.

Com uma trilha absolutamente espetacular e algumas imagens marcantes, A Bruxa entra para o hall dos grandes filmes de horror ao apostar na expectativa e no clima, na contramão do que é feito a torto no gênero hoje. Além de tudo, tem temas relevantes.

É um filme relativamente simples, corrido até, mas que consegue prender a atenção até o fim, ainda que não haja tensão suficiente para isso. O motivo? A história é interessante e a técnica de Spielberg continua afiada, a recriação de época é espetacular.

Inofensivo, é um filme bobinho demais, ainda mais quando paramos para pensar que tenta ser um filme denúncia. Para ver em dias tediosos em que nossa preguiça para viver não ajuda muito.

Surpreende ao mudar o foco da narrativa de um filme policial comum para um trabalho onde Ford está buscando se reencontrar em uma sociedade que lhe acolhe, relembra quem ele realmente é, ao contrário do mundo real, sujo e desesperançoso. Bonito filme.

Mistura de maneira eficiente os traços vintages que fizeram Charlie Brown ser conhecido com um visual 3D modernizado, resultando em um trabalho de história simples, mas meio pessimista e usando isso ao seu favor com humor, com uma mensagem bonitinha.

Curioso que a melhor performance de Lawrence em sua fiel parceria com o diretor David O. Russell seja também seu trabalho menos consistente: caricato, meio liberto demais em sua narrativa e simplesmente desinteressante. Vale pela personalidade feminina.