Lupas (330)

Os momentos iniciais são agradáveis, e os últimos minutos, competentes. Entre eles existe um arco tragicômico muito interessante, representado pela relação bem trabalhada entre Kumail e os pais de Emily, que rendem de longe os melhores momentos do filme.

A mesma história de sempre. Se a previsível trajetória de Ferdinando desperta algum interesse, isso se deve a seu carisma e bons personagens secundários.

Tem um bom ritmo e o humor acerta quando explora o potencial nonsense do roteiro, o que vai deixando de acontecer conforme os personagens vão embarcando na aventura principal, que acaba soando mais convencional. No mais, um filme agradável.

Apesar da estrutura repetitiva do roteiro, o trabalho visual enche os olhos do início ao fim. Como era de esperar, o filme vale muito mais pela experiência de visualizar toda aquela arte em movimento do que pela narrativa em si

@Infelizmente flopou porque não entenderam o conceito

Mesmo não tendo o brilhantismo e a maturidade dos filmes posteriores do diretor, o humor de Wes Anderson consegue lidar bem com o argumento, tornando-o engraçado e em certa medida sensível. Como sempre, excelentes movimentos de câmera e trilha sonora.

A cena da apresentação no jantar é o apogeu de um filme que expõe temas tão caros à sociedade contemporânea através de situações que oscilam entre o divertido e o incômodo e que constantemente testam os limites que talvez separem o aceitável do absurdo.

Muito bonito e com uma simbologia poética riquíssima. Mas o excesso na construção da personagem de Borbély cansa, tornando-a por vezes estereotipa e plana. A narrativa também acaba por seguir essa linha, tomando rumos que me soaram imprudentes.

Simples, mas doloroso. Ainda que o roteiro tenha seus deslizes, consegue desencadear diálogos desconfortantes e situações constrangedoras e comoventes, além de permitir que Vega construa de forma competente o aprofundamento emocional da personagem.

Algumas sequência ecoaram em mim exatamente como deveriam - outras nem tanto, convertendo a experiência de assistir a essa obra em um misto de encanto e sofrimento.

Direção firme que dá conta de um roteiro forte sobre relações intra e interfamiliares que resistem ou se desgastam - ou definitivamente se esgotam - diante dos fantasmas da guerra e do racismo que ainda se arrasta em meio a tudo isso.

apesar de cansar lá pelas tantas, poucas vezes vi um registro cinematográfico tão realista e espontâneo quanto esse. O tratamento dado aos personagens, sobretudo às crianças, é de uma humanidade comovente. Willem Dafoe faz valer cada segundo em cena.