Lupas (799)
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Perturbador, atordoante, visceral e arrebatador. Além dos limites do horror de uma guerra, uma jornada sobre os limites da arte enquanto espelho dos monstros da sociedade. A partir dos "closes" de Klimov, somos testemunhas de nossa própria aberração.
Gabriel Frati | Em 29 de Setembro de 2017. -
Aronofsky em construção histriônica, na qual o balé se torna símbolo de uma personagem em conflito, até chegar a um clímax poderoso e ensandecido que completa a óbvia metáfora visual sem dar espaço para respirar. Portman está sensacional.
Gabriel Frati | Em 29 de Setembro de 2017. -
Poderoso retrato da invisibilidade social e da desigualdade. Buñuel abraça o neorrealismo para construir sua visceral crítica social, relegando o surrealismo para pequenos pontos durante o longa - um dos mais notáveis, inclusive (o sonho de Pedro).
Gabriel Frati | Em 28 de Setembro de 2017. -
É um pastiche de diversos diretores (Wes Anderson vem à cabeça já no primeiro plano), mas que utiliza essa deferência para construir belas composições visuais com um ótimo uso de cores. Um "coming of age" metafórico, ainda que de roteiro deficiente.
Gabriel Frati | Em 26 de Setembro de 2017. -
Segue exatamente tudo o que você espera ao olhar para a sinopse do filme. A construção de tensão é baseada em momentos que você já esperava e o roteiro é o fiapo mal feito de sempre, ainda que tente dar uma de malandro no final. Divertidinho e ordinário.
Gabriel Frati | Em 26 de Setembro de 2017. -
Difícil escolher o que é melhor: a proposta (genial por si só), a condução majestosa de Kiarostami ou o desenvolvimento preciso dessa brilhante sinergia entre ficção, realidade, o papel do cinema e sua posição instigadora. De fato, uma declaração de amor.
Gabriel Frati | Em 25 de Setembro de 2017. -
Há muito o que dizer sobre erros e acertos de Aronofsky em sua nova obra - mais provocativa do que nunca. Um grande jogo de metáforas, alegorias e simbolismos das mais diversas fontes (Bíblia, a principal delas) em meio a um inquietante/bagunçado - caos.
Gabriel Frati | Em 25 de Setembro de 2017. -
Ganha pontos por trazer algum frescor a um gênero tão abatido pela saturação e por construir alguns ótimos momentos de tensão - o final é particularmente bom. Perde pontos por ainda assim cair nas falhas, sobretudo de roteiro, que permeiam mockumentaries.
Gabriel Frati | Em 24 de Setembro de 2017. -
Parece que falta ambição (ou capacidade mesmo) para ir até o fim com essa boa ideia de subverter alguns clichês do gênero - algo que já foi feito em alguns exemplares que seguem essa linha de paródia com muito mais ousadia e sucesso. Decepcionante.
Gabriel Frati | Em 23 de Setembro de 2017. -
É tudo sobre os personagens, as indecisões e obstáculos. Uma abordagem introspectiva que percorre a jornada de cada um deles por meio de diálogos e cenas preciosos. Tudo sob o olhar pleno e bem polido de Kogonada, em sua estreia como diretor/roteirista.
Gabriel Frati | Em 23 de Setembro de 2017. -
Muita - muita mesmo - sensibilidade na condução de suas protagonistas, utilizando pequenas construções cênicas e diálogos para orquestrar suas angústias e questões em um caminhar vagaroso e sob medida. Muito simpático.
Gabriel Frati | Em 23 de Setembro de 2017. -
Boas doses de tensão e sem medo de ser feliz na matança de personagens. Saulnier constrói um suspense de confinamento energético e de roteiro bem desenvolvido no lado político, no exercício de gênero e evitando o excesso de saídas fáceis típicas.
Gabriel Frati | Em 23 de Setembro de 2017.