Lupas (799)

A sinfonia pop de Luhrmann, naquele que talvez seja o único acerto de sua carreira. O exagero e a afetação casando perfeitamente com a história deliciosamente brega e clichê, trazendo à luz a tese de vida boêmia na sua mais pura colocação.

Memória e resistência em uma construção sobre paixões e realidades, que impressiona visualmente e realiza um dos melhores estudos de personagem recentes. Sônia Braga on fire.

Emocionante e fantasticamente bem realizado.

Um roteiro brilhante, acompanhado de uma direção precisa e de interpretações dignas da profundidade dos personagens. Grande filme!

É interessante a quantidade de pessoas necessárias para escrever esse roteiro cheio de estereótipos de colégio, vilão comum e o mesmo humor abobalhado de sempre. Em contrapartida, a simpatia de Holland e a boa abordagem do "crescimento" do herói salvam.

Giulietta Masina é a alma do filme, com um desenvolvimento de personagem brilhante que serve como base para a condução melancólica e apaixonada de Fellini pela solidão, resiliência e força daqueles que pouco tem.

Só como precursor de muitos dos clichês que dominam seu gênero, "Aconteceu Naquela Noite" já tem seu valor. A simpatia de Gable e Colbert, em conjunto com a grande capacidade de Capra como condutor, torna o longa ainda mais gostoso de assistir.

Aborda com muita sensibilidade e beleza um tema delicado e importantíssimo, inserindo uma progressão de complicações e reflexões sem se tornar esquemático. Além disso, conta com um punhado de cenas memoráveis de tão belas e Daniela Vega, linda, linda!

Ainda que o final seja muito questionável e em alguns momentos o roteiro utilize diálogos excessivamente explicativos, as boas doses de tensão, a ótima performance de Carla Gugino e o interessante subtexto da obra de King fazem do longa uma ótima sessão.

É extremamente competente em seu estudo sobre amadurecimento e sexualidade, além de tangenciar diversos outros temas conexos tanto à adolescência quanto às relações familiares contemporâneas com a mesma competência. Sensível, humano e real.

Instigante exercício dadaísta e cinematográfico. É sempre bonito ver como inspiração e liberdade criativa exalavam nos primórdios da sétima arte, especialmente em curtas como este, que joga para o alto qualquer noção de montagem sequencial e linear.

Elipses, símbolos, o tempo e o horror. As relações entre homem e mulher, o indivíduo e seu próprio tempo - o ambiente. Por meio da areia, Teshigahara instiga discussões profundas sobre sociedade, tempo e um relacionamento enclausurado. Lindo.