Lupas (457)
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Um Hitchcock nada Hitchcock: erroneamente hipervalorizado no Reino Unido em seu tempo. Enraizado em uma teatralidade que impede o filme de ser cinema. Decerto, os críticos da época analisaram muito mais num âmbito literário do que num cinematográfico.
Renato Abbt Keppe | Em 17 de Janeiro de 2018.
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Um dos poucos whodunits de Hitchcock é calculadinho demais. A boa abertura, a metalinguagem e o subtexto sobre homossexualidade são ofuscados pelo enfadonho segundo ato e pela explicação descarada do assassinato no final.
Renato Abbt Keppe | Em 17 de Janeiro de 2018.
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Hitchcock considerava “Champagne” seu pior filme, talvez pela estrutura narrativa completamente frágil. No entanto, tem algumas gags e sacadas visuais bem interessantes. Para mim, os piores do cineasta são "Easy Virtue" e "Juno and the Paycock".
Renato Abbt Keppe | Em 16 de Janeiro de 2018.
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Ao invés de um discurso nobre, prevalece um jogo de sedução quase perverso entre Kirk Douglas e Elsa Martinelli. E, todo feito em locação, é bem fotografado pelas lentes do cinemascope ao explorar a profundidade de campo mesclando planos médios e abertos.
Renato Abbt Keppe | Em 13 de Janeiro de 2018.
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Abertura horrível e o stand-up não é nada de mais. Dar risada chega a ser custoso. Só o clima de retorno é envolvente.
Renato Abbt Keppe | Em 08 de Janeiro de 2018.
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Hitchcock estranhamente pouco visual. Possivelmente o filme mudo com mais letreiros que já vi, grande parte do tempo é personagem falando merda um pro outro. A melhor sequência (talvez a única realmente boa) é, sem dúvida, a da telefonista.
Renato Abbt Keppe | Em 06 de Janeiro de 2018.
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Há um plano que sintetiza bem o cinema de Kurosawa: sob trilha sonora sublime, em campo temos o protagonista investigando o que já é conhecido por cenas anteriores, eis que a câmera corta para o desconhecido, para o sobrenatural no contracampo.
Renato Abbt Keppe | Em 04 de Janeiro de 2018.
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Conceitualmente, fica entre a estaticidade de Marker, o sonho de Tarkovsky, a pós-modernidade da pós-produção de um Oliver Stone e a sobreposição de layers de um belo filme em 3D. Mas a realização é única, imagens com textura jamais vistas.
Renato Abbt Keppe | Em 04 de Janeiro de 2018.
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Arrasta-se por uma hora com apenas uma ou outra boa cena, mas no final Hitchcock tem um surto criativo de começo de carreira e compõe 20 minutos belíssimos de sonhos e de uma realidade distorcida.
Renato Abbt Keppe | Em 04 de Janeiro de 2018.
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Às vezes um videogame de tiro em primeira pessoa, às vezes um filme de terror, às vezes um melodrama barato. E, de fato, o diretor de fotografia Dion Beebe fez bem ao cinema de Michael Bay.
Renato Abbt Keppe | Em 04 de Janeiro de 2018.
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Se conseguíssemos isolar o 1º ato (quando há, inclusive, um falso plano-sequência bem maneiro), teríamos um filme medíocre como o seu antecessor. Mas, o falatório e a enrolação chatos do 2º ato e a farofice do desfecho o afunda.
Renato Abbt Keppe | Em 04 de Janeiro de 2018.
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Este sim é punk sem frescura. O registro é eternizado ao transcender os limites da cinebiografia e atingir a música, o uso de drogas (onírico), a comédia e o romance. Esqueçamos “Trainspotting” de Boyle, lembremo-nos de “Sid and Nancy” de Cox. Viva!
Renato Abbt Keppe | Em 04 de Janeiro de 2018.