Lupas (457)
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Sofia Coppola emula um Woody Allen de sua fase mais chocha, ela mais acaba perdendo seu lado autoral do que outra coisa.
Renato Abbt Keppe | Em 08 de Novembro de 2020.
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A opção narrativa de ação ininterrupta é completamente atual, ao se comparar ao cotidiano corrido e ao fugir do clássico estilo de construção e trabalho de cenas/personagens para se atingir um clímax. Aqui o filme é o clímax. Os irmãos Safdie filmam o que mais parece um ataque de pânico de duas horas.
Renato Abbt Keppe | Em 22 de Agosto de 2020.
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A instabilidade psicológica exposta no confinamento de planos simétricos e/ou fechados, na expressão pálida e nos trejeitos sutilmente conturbados, nos reflexos e na iluminação chiaroscuro. O trauma refletido na mulher em um perverso vício em cinema e sexo, o "Peeping Tom" de hoje.
Renato Abbt Keppe | Em 28 de Maio de 2020.
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Horror que foca no estudo, no empenho, no vício do professor em sua tese que pende entre a ciência e o misticismo à Kiyoshi Kurosawa, que vai e volta ao passado através da montagem e da fotografia arrojadas; e tudo culmina numa carnificina das mais chocantes.
Renato Abbt Keppe | Em 26 de Maio de 2020.
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Assim como o outro grande filme baseado em fatos reais do ano (“O Caso Richard Jewell”), não cai na mesmice de filmes-denúncia, pois se interessa mais na tensão das cenas e nas relações interpessoais do que na veridicidade em si. A fotografia granulada de Edward Lachman sustenta visualmente esta concepção que Haynes dá aos personagens e seus dramas pessoais e profissionais.
Renato Abbt Keppe | Em 18 de Maio de 2020.
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Parece mais preocupado em constantemente reafirmar sua grandiloquência técnica do que lidar horizontalmente com o tema. O falso plano-sequência jamais atinge a fluidez almejada, o que, além de tudo, torna o filme chato de assistir.
Renato Abbt Keppe | Em 02 de Abril de 2020.
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As imagens em alta definição de Debra Granik fazem da natureza um personagem onipresente do filme, que faz fechar os outros personagens no quadro quando ausente. No meio da mata, exposição interessante das relações humanas.
Renato Abbt Keppe | Em 14 de Abril de 2019.
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Penso que um dos segredos de "Jersey Boys" está na montagem, ela cria um ritmo, uma atmosfera como da música "December, 1963", na qual seus 3 minutos parecem nem durar 1, de tão envolvente. Elipses que me lembram a elegância de um John Ford ou um Hawks.
Renato Abbt Keppe | Em 28 de Março de 2019.
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Entre o início e o fim de uma projeção e entre signos cinematográficos e carnais/sexuais, Bergman disseca duas personalidades (de um só ser ou de dois?). Com Bibi Andersson e Liv Ullmann em uma composição cênica da mais completa. Um filme que pulsa.
Renato Abbt Keppe | Em 11 de Fevereiro de 2019.
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Curto o trabalho subjetivo da câmera e os planos kubrickianos no espaço. O que me cansa é Chazelle achando que tudo em seu filme tem que ser foda, quase não há uma cena "normal"... Para ele parece não haver diferença entre uma conversa e uma set piece.
Renato Abbt Keppe | Em 21 de Outubro de 2018.
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Villeneuve tem dificuldade com o ritmo narrativo e aparenta agarrar-se muito na lógica do argumento, o que aqui o impede de ir mais longe. Mas consegue mandar bem nos enquadramentos: enclausurando, isolando ou duplicando personagens.
Renato Abbt Keppe | Em 08 de Outubro de 2018.
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Com este “In a Lonely Place” e com “On Dangerous Ground”, Nicholas Ray se mostra como um dos cineastas que mais entende do homem moderno.
Renato Abbt Keppe | Em 07 de Outubro de 2018.