Lupas (1752)

Um filme sem pompa e circunstância, mas que ganha ares de iguaria nas mãos de Philippe Le Guay, que dirige e divide a autoria do roteiro com Jérôme Tonnerre.

A primeira coisa que chama atenção em O Mordomo da Casa Branca é seu título original: Lee Daniels The Butler. Com apenas três longas em seu currículo de diretor, Lee Daniels se considera maduro e relevante o suficiente para batizar um filme.

A questão é que, fora de um contexto mais amplo e metafórico, o filme se embrenha no perigoso terreno entre a perversidade que pretende denunciar e a perversidade de seus próprios métodos narrativos, marcados por uma exposição chocante, quase espetacular.

O s Ecolhidos, que, embora não seja nenhuma obra-prima, pelo menos ressuscita um estilo de cinema fantástico que parecia morto e enterrado: o que assusta pela sugestão. Bom saber que existe um filme que ainda deixa algo para a imaginação do espectador.

É consensual que Hollywood quase não oferece papel bom para uma atriz madura, que já passou dos 40. Amor sem Pecado, de 2014, é generoso: tem duas protagonistas nessa faixa etária. Sem soluções fáceis, o filme cria uma trama forte e com algumas surpresas.

Ah, a arte... É o território em que todos nos reconhecemos. Nada a ver com a política e suas sujeiras, nem com os negócios e sua ganância. A arte é pura. Eis aquilo de que os experts do filme pretendem nos convencer: a arte está acima da guerra.

O filme abre e fecha com Mein Herz Brennt (My Heart is Burning), canção da banda Rammstein.Com isso aprendemos que dissonância em vez de harmonia é o tema predominante e que bonecas, lápis de cor e bichos de pelúcia não farão parte da vida dessas crianças

Há oito milhões de histórias na cidade nua. Esta é uma delas.

Essa história é filmada com certo charme decadente típico das produções italianas no início da década de 1980 – vide a trilha sonora que vai da euro-disco ao progressivo, e a direção, que conjuga elegância com um pouco de desmesura e lirismo.

A direção de Magia ao Luar equilibra-se, com delicadeza e ousadia, entre crença e descrença, a verdade e a trapaça.E a partir desse embate postula um lugar para a vigarice neste nosso mundo policialesco.Por que não?Quem são os trapaceiros senão o artista

Bertrand Blier é um dos mais interessantes diretores franceses. Seus filmes são sempre provocativos.

Seu tratamento é terno, mesmo quando exposto à crueldade dos diálogos. Afinal, seu protagonista é como os milhões de Coen espalhados pelo mundo, um lugar onde o fracasso está ao alcance de todos.