Tom Cruise "suou" para poder lañçar "Operação Valuquíria". Diversos problemas impediram o lançamento da produção, que deveria ter saído nos cinemas em 2007, mas acabou sendo lançada aqui no Brasil em 2009. Assim, muita expectativa foi criada em torno do filme, que foi aumentada com a passagem do astro no país para a divulgação. Infelizmente, o resultado é uma decepção e um dos piores filmes nos quais Cruise participou.
A história, baseada em fatos reais, se passa na Segunda Guerra Mundial, na Alemanha. Um gurpo de generais nazistas, liderados pelo coronel Claus von Stauffenberg (Tom Cruise), estão instisfeitos com os rumos que a Alemanha governada por Adolf Hitler (David Bamber) e os SS está levando. Eles decidem, então, pôr em prática a Operação Valquíria, que originalmente seria um plano de emergência para a segurança de Hitler, mas é adaptada para que este seja morto, seus principais aliados sejam presos e um novo governo seja instituído.
Havia, assim, um material super interessante para que um grande filme fosse construído. Mas o roteiro de "Operação Valquíria" é medíocre. Os personagens são extremamente superficiais e alguns nem deveriam existir. Um exemplo é a esposa do coronel, interpretada por Carice von Houten. Ela não acrescenta coisa alguma à trama, além de ressaltar a idéia conservada de que o coronel é um "bonzinho" pai de família preocupado com seus 7 filhos (que aparecem praticamente em só uma cena!). Aliás, esquece-se o fato que esses oficiais conspiradores também eram nazistas e devem ter cometido atrocidades, mas o roteiro resolve omitir o fato.
A direção de Bryan Singer não ajuda. Ela é equivocada do início ao fim. Além de reforçar os pontos negativos do roteiro, Singer constrói uma metade inicial completamente tediosa, com diálogos desinteressantes e triviais. Quando, finalmente, a Operação é posta em ação, o diretor não consegue criar um "clima" que nos farça torcer por estes supostos oficiais bonzinhos. O filme é praticamente vazio de suspense e tensão, que seriam fundamentais à trama.
As atuações são vítimas do diretor e do roteiro. Tom Cruise está péssimo, interpretando mais um bom mocinho que está tentando salvar a todos (no caso, a Alemanha e a Europa). Este tipo de personagem já cansou e irrita o espectador. Quanto aos coadjuvantes, seus personagens são tão vazios que não abrem espaço para bom desempenho dos atores. Os competentes Kenneth Brannagh (que quase não aparece como o Major Tresckow), Bill Nighy (que interpreta o General Olbricht) e o fantástico Tom Wilkinson (na pele do General Fromm) estão completamente apagados no filme. David Bamber não realiza a "sombra" do que Bruno Ganz fez como Hitler em "A Queda".
Quanto aos aspectos técnicos, não há o que se destacar, porque nada chama a atenção. Enfim, "Operação Valquíria" é um filme muito fraco que, se não fosse pela prença (fraca) de Tom Cruise, poderia sair direto em DVD. Uma grande decepção.