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Críticas

Notas sobre um Escândalo

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"What was she thinking?"

O encontro de duas damas do cinema marcado pelo roteiro de Patrick Marber, que mistura suspense psicológico com temas polêmicos como a homossexualidade e escândalos de sexo.

Depois do sucesso de crítica com os filmes Iris e A Bela do Palco, o diretor inglês Richard Eyre comanda mais um trabalho, diferente e sem dúvida, o melhor de toda a sua carreira. Notas sobre um Escândalo é um filme de assuntos polêmicos e até mesmo violentos. Talvez não seja para qualquer pessoa assistir, já que envolve tensão de alto nível, um suspense que mexe com o psicológico de quem o assiste. Mas se você é um amante do cinema, e se está lendo essa crítica tenho certeza que é, você vai gostar de assistir e apreciar esse nítido exemplo de adaptação bem sucedida, um filme tão bom quanto o livro no qual foi baseado.

A escritora Zoe Heller escreveu o livro Anotações sobre um Escândalo como uma espécie de avaliação de um diário. Essas anotações viraram "notas" para a adaptação, e para ser sincero, o roteiro escrito por Patrick Marber, de Closer - Perto Demais não é totalmente fiel ao livro da escritora inglesa. Ela priorizou alguns pontos que não foram aprofundados no filme, como a homossexualidade de Barbara Covett. O roteirista optou por fazer algumas mudanças na adaptação para o filme, mudanças drásticas às vezes, mas que funcionanram perfeitamente e melhoraram o filme e a história para melhor. Marber é conhecido pelos seus diálogos insinuantes e apimentados e neste "Notes on a Scandal" muitos deles estão presentes, além de indiretas irônicas e sarcásticas.

A história gira em torno da personagem Barbara Covett, interpretada por Judi Dench. Ela é uma professora solitária e conservadora, cuja única companhia é o seu gato de estimação, Portia. Conhecida por seus alunos como a mais exigente professora de todas, ela não mantém um círculo de amizades instável, já que seus únicos contatos (profissionais) são os outros acadêmicos. Infeliz, mas já acostumada com a solidão, Barbara desabafa e escreve seus sentimentos em um diário. Quando a nova professora de artes toma posse na escola St.George de Londres, a bela e jovem Sheba Hart (Cate Blanchett), a vida de Barbara começa a mudar. As duas logo se tornam grandes amigas e passam a frequentar suas determinadas casas. Tudo está muito bem até que Sheba começa a ter um caso amoroso com um de seus alunos mais jovens, o menino de 15 anos Steven Connely (Andrew Simpson). Barbara logo toma conhecimento do caso da amiga com o estudante e passa a chantagear indiretamente a nova professora de artes, obrigando-a a lhe fazer companhia, caso o contrário, ela seria obrigada a contar para a escola, para os jornais e para a família de Sheba todos os detalhes do notório escândalo. Barbara passa a escrever tudo o que descobre no seu diário, aproveitando para expressar seus sentimentos em relação à professora de artes.

Desde o início, apesar do principal da história ainda não ter tido o seu início, é possível perceber como a personagem de Judi Dench tem o prazer de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para o prazer próprio. Ela demonstra ser controladora, dominadora e autoritária, além de ser capaz de imaginar um caso amoroso com a professora Hart, que é casada e tem dois filhos, um com síndrome de Down.

O trecho a seguir foi tirado do próprio "Anotações sobre um Escândalo" de Zoe Heller e explica um pouco a solidão de Barbara Covett:

”Gente como ela acha que sabe o que é solidão. Mas solidão, daquelas onde uma ida à lavanderia é o máximo que pode se esperar do seu fim de semana… Onde enconstar o braço no cobrador do ônibus pode descarregar um choque elétrico por seu corpo… Desse tipo de solidão, ela não sabe nada.”

A solidão de Barbara pode ser compreendida de diversas formas. Um delas é que ela do fato de ser uma pessoa sozinha para comover os novos conhecidos, outra é dizer que ela é tão dura e controladora com tudo e com todos porque é solitária. A única presença constante de sua vida é seu gato Portia, bem velhinho já e que sempre foi a companhia perfeita para uma mulher amargurada com a vida.

Sheba, ao contrário de Barbara, é uma jovem influente e cercada de amizades, feliz com seu casamento e amada por todos. Isso com certeza influenciou a professora megera a tomar partido de sua amizade com Hart, tornando-se a confidente da nova amiga. O suspense passa a começar quando Barbara descobre finalmente o romance, e com medo de perder o "amor de sua vida", ela teria que fazer o que a sua mente perigosa e vingativa manda.

O diretor Eyre conseguiu fazer deste um dos melhores filmes de 2006, fazendo as interpretações das duas atrizes principais serem as principais atrações do filme e o principal destaque. E não é à toa, afinal de contas estamos falando de duas grandes atrizes não-americanas, a inglesa Judi Dench e a australiana Cate Blanchett. As duas já possuem experiência o suficiente em frentes às câmeras e ambas tem uma estatueta do Oscar em suas prateleiras. O encontro sensaional dessas duas "divas" do cinema não poderia ser outro, uma passagem de excelentes interpretações atrás da outra, seja em momentos de tensão, alegria, tristeza ou descontração. Em todos os momentos percebemos que temos a garantia de um ótimo elenco reunido e super bem aproveitado. Não há como dizer qual das duas está melhor em cena. Alguns dizem que este foi o melhor papel e a melhor atuação de Dench, outros dizem que o filme é todo de Blanchett. Durante todo o filme, essa poderia ser a pergunta que o espectador deveria estar fazendo, mas na cena em que as duas se enfrentam, próximas ao final da produção, essa questão parece simplismente desaparecer. A cena foi tão bem trabalhada pelas duas atrizes, que essa pergunta parece não ter mais importância, mas uma constatação deve ser feita: naquele momento, não estavam somente duas atrizes competentes atuando, e sim duas verdadeiras "ladys", reais damas do cinema, talvez as melhores e mais completas atrizes que já atuaram juntas em um mesmo filme há anos. O fato é que tanto Judi Dench quanto Cate Blanchett esboçam interpretações pouco vistas no cinema e assistir a tudo isto, é um privilégio, especialmente para quem gosta de cinema. Nesta cena comentada logo acima, em que as dua sse enfrentam finalmente com a verdade toda à brancas nuvens, uma mistura de grandeza nos rostos das atrizes transpassam arrepios por todo o corpo do espectador. Raiva, ódio, pena, paixão, loucura, ilusão, desespero, são sentimentos que afloram as personagens, que atuam tão bem, que passam esses sentimentos para os espectadores. Quando isso ocorre, podemos afirmar que o mérito não foi somente para as intérpretes, mas o roteiro, a direção, tudo influencia para uma cena de várias grandezas como esta.

O elenco todo é excelente. Lógico que o mérito fica em todo em volta das protagonistas mas seria injustiça excluir as boas interpretações de Bill Nighy, que interpreta Richard Hart, marido de Sheba e de Andrew Simpson. Ao primeiro, ele entra em destaque em cenas de emoção e quando entra em crise de raiva, ele é simplismente estupendo. Quanto ao segundo, já é dificil ter 17 anos (na época) e ter que contracenar com atrizes do gabarito de Judi Dench e mais "intimamente" com Cate Blanchett, com quem teve que ter cenas um pouco mais íntimas do que o normal, para falar a verdade, não foram exatamente cenas de sexo, somente algumas nuances do ato sexual, mas já é muito, talvez até mais difícil do que o próprio sexo e ter que repetir algumas vezes.

Outro ponto que engrandece a história é a estupenda trilha sonora de Philip Glass que pontua os momentos mais tranquilos até os mais avalassadores, desde os primórdios de amizade e compaixão até as reviravoltas para o ódio e a traição. A trilha é sem dúvida, a mais bem composta de 2006, a mais bem conduzida e a mais brilhantemente elaborada e pensada. Uma verdadeira obra-de-arte para os ouvidos d eum espectador atento.

É interessante reparar na produção de arte de 'Notas sobre um Escândalo'. Apesar de acontecer nos dias atuais, ela é perfeita em cada detalhe. A direção de arte, simples mas bastante conservadora, a maquiagem de Judi Dench realça os seus os traços infelizes (adquiridos somente para sua interpretação), o seu cabelo largado, o rosto de Cate Blanchett debaixo de várias camadas de batom e lápis de olho, que lhe garantiram uma aparência ameaçadora em um momento de raiva de Sheba Hart e a belíssima e nebulosa fotografia de Chris Menges, utilizando do belíssimo cenário de Londres para criar frias manhãs de inverno e cinzentos e nublados finais de tarde, marcando com a iluminação o grau de suspense, de acordo com o andar da narrativa, enfim, pontuando e acompanhando a trilha sonora com jogo de luzes e golpes de escuridão cada momento de profunda tensão.

Vale a pena anotar que o diário, onde essas "notas sobre um escândalo" são escritas é apenas um coadjuvante para explicar toda a reviravolta de comportamentos entre Sheba e Barbara. Apesar de ser completamente dispensável para a história em si, talvez se ele não existesse a lógica de toda a história não teria graça e com certeza o filme não teria todo o mérito que mereceria, que merece.

Notas sobre um Escândalo é um filme admirável e que mexe com nossos nervos. Não prega sustos, mas consegue nos manter tensos graças ao comportamento das personagens e da maneira ágil com que Eyre comanda a história. O filme já é rápido como um todo, apenas 92 minutos de duração e por isso assisti-lo não é fárduo algum. Fica a sensação de que se ampliasse a duração do filme, ele melhoraria, mas como diz o velho ditado: "Se melhorar, estraga." Por isso foi de uma inteligência impagável que Patrick Marber resolveu escrever um roteiro tão enxuto, sem enrolação, cortando partes consideradas importantes para a obra literária, mas facilmente descartadas em uma produção cinematográfica.

"Notes on a Scandal", além de uma excelente adaptação, embora nem tão fiel, é uma mistura homogênea de suspense, drama pesado e temas, que são motivos de escândalos ou preconceitos. Muito bem dirigido e escrito, e mais do que tudo, com um elenco soberbo, Notas sobre um Escândalo é um filme grande, sem mais palavras, grande.

"It takes courage to recognize the real as opposed to the convenient."

Críticas

Fatal

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Eu nunca havia ouvido falar da diretora espanhola Isabel Coixet e após assistir a esse seu mais recente filme a primeira coisa que me veio a cabeça foi: Antes tarde do que nunca!

É meio impossível não se sensibilizar com a história e isso se deve principalmente à maneira como ela foi contada por Coixet, sem esquecer, é claro, do bom trabalho do roteirista Nicholas Meyer ao adaptar o livro de Philip Roth.

David Kepesh(Ben Kingsley) é um professor universitário e crítico cultural prestes a alcançar a terceira a idade. Ele considera as mulheres como um mero objeto de prazer. Isso muda quando David conhece sua aluna Consuela Castillo(Penelope Cruz). Enredo com potencial para gerar vários clichês, certo? Mas não é bem assim.

O que poderia se transformar numa metralhadora de lugares comuns, vira, na verdade, um estudo honesto sobre o ser humano e sua relação com os outros. David é um cara que possui um ar sábio e que transmite uma segurança impressionante, mas a diretora Coixet sutilmente mostra que atrás dessa barreira existe um homem preocupado em envelhecer e que depois de começar o relacionamento com sua ex-aluna Consuela, 30 anos mais jovem, entra num processo de involução. Desconfiança, ciúmes, medo do que as pessoas pensam a respeito de um cara que namora uma mulher bem mais jovem, posessão. Coisas que provavelmente nunca preocuparam David acabam por atormenta-lo 24 horas por dia. Será que é amor? Será que ele está preparado para assumir um compromisso?

Ah, sim. O filme tem uma reviravolta um tanto inesperada que cria mais argumentos para uma discussão cujo tema principal é a vida e que dá uma boa oportunidade para Penélope Cruz se destacar.

O legal é que FATAL não é um filme feito com o propósito de arrancar lágrimas ou de agradar críticos, mas sim de apresentar uma história sincera, que jamais soa piegas, com o poder de nos fazer pensar sobre nós mesmos e sobre as decisões que tomamos.

Críticas

Segredo de Vera Drake, O

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Um tema "tabu", censurado por muitos, enfrentados por poucos. Mike Leigh é corajoso o suficiente para transpor às telas o polêmico tema do aborto, e fazê-lo com excelência.

O aborto é um tema que rendeu e continua a render inúmeras discussões ao redor do mundo. Há quem defenda e quem condene essa prática, explicando seus argumentados, usando como base a religião, a ética, as leis. O aborto é um tema altamente censurado por grande parte da população que se diz fiel à Igreja, mas que com o passar dos anos não deixou ferir a sua obtusidade em não acompanhar a evolução tecnológica e social, que hoje aflui pelo mundo a fora. As discussões sobre o aborto talvez nunca cessem, uma vez que nenhum dos lados dá o braço a torcer. Mas é em meio a tanta polêmica que O Segredo de Vera Drake aparece para, mesmo sem o intuito de convencer quaisquer das partes, com um olhar diferenciado sobre a prática do aborto, esclarecendo os dois lados que realmente devem ser levados em consideração: as leis do homem e o desespero de quem sofre pela condenação. Um filme absolutamente independente e único de opiniões de uma época onde as mulheres eram condenadas e privadas de vários direitos, direitos reservados unicamente aos homens.

Vera Drake (Imelda Staunton) é uma mulher inglesa humilde dos anos 50, que mora em uma pequena casa com seu marido e dois filhos. Ela, apesar de ser pobre, é amada por muitos e querida por todos, e trabalha duro para poder levar um pouco que fosse para casa. Além de trabalhar em casas de famílias como faxineira, ela cuida de sua vizinha e de sua mãe doentes todos os dias. Mas possui um segredo: Vera ajuda mulheres que não quiseram engravidar a abortarem, uma prática ilegal e considerada um crime na Inglaterra na época. Seus métodos, tão ilegais quanto o próprio ato de abortar, sempre deram certo. Mas é quando uma menina acaba passando mal e quase morre que as autoridades chegam ao nome de Vera Drake. A partir daí, a sua e vida de todos ao redor vão mudar, para pior.

Apesar de estar cometendo um crime, Vera não fazia idéia de o que estava fazendo fosse levar uma mulher ao estado gravíssimo e muito próximo da morte. Vera afirma que fazia tudo aquilo com o intuito de ajudar as mulheres, dar a elas uma segunda chance, uma ajuda que ela um dia precisou e ninguém se ofereceu para dá-la. A comoção e emotividade presente no roteiro do filme durante toda a duração é responsável principalmente pela fantástica interpretação de Imelda Staunton, que carrega nas costas um papel difícil e muito complexo. Ela dá à sua personagem o seu tom meigo de dialogar, que coube como uma luva para a mulher que o diretor Mike Leigh pensou desde o início, e sua indicação ao Oscar de Melhor Atriz e sua vitória no BAFTA na mesma categoria levaram a atriz a um catamar mais alto de talento e competência.

Mike Leigh só é ofuscado pela atuação de Staunton. Sua direção impecável e seu roteiro impagável rendem ao filme minutos de grande tensão, drama e comoção. Ao mesmo tempo que sabemos que Vera está fazendo um ato terminantemente ilegal, não temos como ter raiva dela. Ela poderia significar a vilã da história, mas o verdadeiro trunfo do roteiro é justamente esse, tratar Drake como uma mulher simples e humilde, que nunca fez mal a ninguém e se fez dessa vez foi sem a menor das intenções. O fato é que torcemos para a personagem espacar da prisão durante todo o processo, e isso talvez seja o principal ponto positivo do roteiro, aproveitar os sentimentos dos personagens ao máximo e aprofundar a história em cima deles.

Leigh também administra a narrativa com eficiência e profundidamente, aproveitando e extraindo ao máximo as interpretações de um elenco absolutamente inglês e competente. Ele comanda todas as áreas da produção com afinco, os figurinos, os cenários realistas, a fotografia acinzentada, a maquiagem correta, tudo isso é resultado do trabalho de um diretor de carreira promissora e de talento inegável.

Como já adiantei, a produção de arte de O Segredo de Vera Drake é realista e muito bem elaborada. Desde a maquiagem, que embora simples mostra as linhas da pobreza e o charme da época. Os figurinos, livremente inspirados nos trajes dos anos 50 e igualmente a direção de arte dão um toque de classe e ao mesmo tempo de simplicidade ao cotidiano burguês da época.

O elenco em si, é brilhante, destaca-se obviamente Imelda Staunton, mas todos os intérpretes tem atuações memoráveis e brilhantes. Podemos adiantar também a surpreendente Sally Hawkins, que está no mais recente trabalho de Leigh, Simplismente Feliz. Sua interpretação é calada, singela e muito emocionante, a sua personagem transborda carisma e meigice por onde anda e seus olhos brilham como nenhum outro. Até mesmo a rápida participação de Jim Broadbent é produtiva, o vencedor do Oscar por Iris, aparece somente como o Juíz, mas já é suficiente para que seu talento seja apreciado mais uma vez, nem que seja por apenas alguns minutos separados por cenas.

O Segredo de Vera Drake é um filme simples, muito bem produzido e brilhantemente dirigido, escrito e interpretado. É comovente ao extremo, mas que não escorrega em suas pretenções. Um diretor como Mike Leigh que apresenta ao público um outro olhar sobre o aborto é difícil de se encontrar. Filme para ver, apreciar e admirar.

Críticas

Jurassic Park - Parque dos Dinossauros

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Um grande filme,perfeito blosckbuster,e ainda,um filme para nos levar a ver um dinossauro pela primeira vez!

Eu não sei se há alguém vivo que ainda não tenha assistido a esse filme,mas mesmo assim vou dar-lhes um resumo rápido.É a história de um grupo de pesquisadores incluindo paleontólogos que são levados por meio de um milhonário,à uma ilha que está cheia de dinossauros,um park,só que o que era pra ser uma siples jornada de conhecimento no park ,acaba se tornando uma das maiores aventuras da história.

Eu sou fã desde criançinha,e acho que a maioria da minha idade ou mais também é.E quando eu vi pela primeira vez a cena em que o primeiro dinossauro aparece ,ufa,ainda hoje não consigo descrever a emoção que foi.

Os atores estão todos ótimos.Sem nenhuma essessão,até as crianças estão perfeitas em seus papéis.Isso porque todos foram escolhidos propositalmente por não serem astros de cinema famosos,pois Spielberg achava que não sendo famosos a platéia se identificaria mais com eles,e que,por assim ser,eles também transmitiriam emoções mais realistas a platéia.

A direção está simplesmente perfeita!Um dos melhores trabalhos de Spielberg,ele combina pitadas de suspense com ação e aventura,e tudo acaba se transformando em um "mix",que é conduzido com maestria por um dos maiores mestres da sétima arte.

Os efeitos são o mais importante do filme,e olha,são mais que maravilhosos e perfeitos,não consigo achar nenhuma palavra para definí-los,mas seja lá qual for beira a divindade.Até hoje os efeitos são reais,isso sem contar que o filme começou a ser gravado três anos antes de seu lançamento em 1994.Eu particularmente acho que esses efeitos são tão importantes quanto os de 2001:UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO,obra prima de Kubrick que revolucionou o jeito de olharmos os efeitos visuais.A equipe trabalhou com tudo que mais havia de novo na época,e,não decepcionou em nada.Foram quase os pioneiros do GC,que foi usado primorosamente por quase a mesma equipe em TERMINATOR 2,que também foi uma revolução nesse quesito.E no filme de Spielberg,tudo está perfeito,cada movimento,cada respingo de água que os dinossauros dão foram torturantemente trabalhados dis e noite para que tudo saísse extremamente perfeito,pois Spielberg não queria que a platéia assistisse a monstros brigando e beirando o surrealismo com já tinham sido mostrados no pioneiro O MUNDO PERDIDO de 1925,e em KING KONG de 1935.Mas Spielberg não ignorou-os,pelo contrário usou eles de base para que seu filme mostrasse mais o lado animal dos dinossauros que o lado "monsttro"por assim dizer deles.E foi por compor o lado naturalistas desses imensos animais que ele nos maravilhou com um dos maiorees filmes já feitos.

E o filme,vem sendo feito À 65 milhões de anos,com o apresentador diz em um documentário sobre ele.E isso é a mais pura verdade.Grandioso do início ao fim,não consigo me imaginar hoje sem ter passado por uma das melhores experiências cinematográficas que já vivenciei.

os trechos que seram exibidos agora condizem com os bastidores do filme.

PRÉ-PRODUÇÃO

Steven Spielberg desde pequeno já se maravilhava com dinossauros,foi em um pequeno museu um certa vez,que ele teve o seu primeiro cotato com essas criaturas,e segundo ele um Triceratope de chumbo,que ele ficou maravilhado por descobrir que criaturas extremamente maiores que nós já viberam e dominaram a terra.E não só ele,desde o primeiro fóssil encontrado,cada ser-humano que já viu um osso de dinossauro teve a vontade,pelo menos um vez,de ver um ,ou pelo menos saber,como eram realmente.

E foi movido dessa curiosidade que Spielberg decidiu fazer um filme sobre isso,ainda mais depois que o romance de Michael Crichton o foi apresentado.Mas Steven não queria só fazê-lo,queria que todos que,ao assistirem,tivessem uma emoção única,nunca presenciada antes.

E Spielberg,já estava trabalhando em um projeto com Crichton,quando descobrio que o mesmo,estava trabalhando em um mundo diferente,o mundo dinossauro.E isso fascinou Spielberg,que o convidou para trabalharem em um filme sobre o assunto,e depois de aceita a proposta,foi correndo direto pra casa desenhar STORYBOARDS de cenas que ele imaginava que gostaria de por no filme,sem antes saber o que havia no livro.E isso foi maravilhoso,pois assim surgiaram algumas das melhores cenas de todo o filme,como a perseguissão do T-REX ao carro,entre outras.

e,uma das maiores inspirações de Spielberg para fazer o filme,sem dúvida foi o KING KONG,de 1935,que quando criança ele cultuava,principalmente a cena da luta com o dinossauro.E em seu filme Spielberg faz menções a isso,colocando em seu roteiro como quando um dos personagens diz:o que tem aí?Um king kong?E depois de ver um boneco em tamanho real do King Kong,isso aumentou ainda mais as expectativas de Spielberg em torno do filme,e chamando Bob Gehr, o mesmo que criaste o gorila gigante tentou ver se podiam fazer o msmo com JURASSIC PARK,primeiro cogitou se era possível fazer todos os animais do filme em tamanho natural,só que é claro,não era possível,mas pelo menos alguns ele tinha o passe livre para fazê-los.

A segunda parte da organização do filme,ara os efeitos especiais,que acabariam sendo o mais importante da película.E como Spielberg é Spielberg,chamou os principais feras da área que estavam em atuação para ficarem encarregados dessa parte.Cras como Stan winston,Phil Tipett,Denis Muren e Michel Lantieri.

PRODUÇÃO

A busca por uma locação adequada não foi muito difícil,mas também sem sombra de dúvidas,foi maravilhosa,os lindos lugares,e as lindas paisagens contribuíram e muito para o sussesso do filme.O lugar escholhido foi a ilha Kauai no Havaí.Depois da escolha dos lugares em que seriam filmadas as cenas externas,a equipe voltara para o estudio,para filmar quase 80% do filme.

Os atores ,como já havia dito antes,foram escolhidos principalmente por não srem famosos,o que também contribuiu para que o filme tivesse tanto sussesso.

Algo interessante de saber,é que para a equipe de efeitos visuais o mais difícil de fazer foi o copo da água tremendo.Ironicamente,os caras faziam dinossauros andar e não conseguia fazer um simples compo de água tremer.Mas um dos membros da equipe ao voltar para casa,ainda trabalhando na questão do copo,pegou um violão e pôs um copo d'água em cima dele,e ao balancar as coradas percebeu que dava o efeito tão desejado pelo diretor,que dera a idéia.E sendo assim,levou um monte de cordas de violão para o estúdio e colocou um homem embaixo do carro,e envolvel todo o carro com as cordas,e o homem que estava embaixo as movia na hora da cena,simplesmente espetacular.

Outra curiosidade,é que o final do filme não era o final do livro.Spielberg resolvel mudar,depois que percebeu,que ao gravar a cena do T-REX atacando o pessoal no carro,esse acabaria se tornando a "estrela" do filme,e que deveria aparecer novamente em uma façanha heróica.E depois de muita discussão acabou que a cena se tornou um dos melhores momentos da pelícual inteira,quando o T-REX "salva" por assim dizer os visitantes das garras dos velociráptors.

PÓS-PRODUÇÃO

Michel Kahn. o editor do filme junto com Spielberg tiveram um longo trabalho,ao ter que editar a maioria das cenas,onde os atores aparecem juntos ao nada,correndo do nada e por aí vai.Mas depois de muito esforço editaram e acabou saindo de um jeito que a equipe de efeirtos especiais não precisou fazer muito esforço para deixar o resto bom.

Os efeitos visuais,que coisa não.Acho que já falei muito deles e portanto não irei falar mais,pois só eles foram responsáveis de quase 90% do filme e fizeram isso sem nenhum defeito sequer.

Os efeitos sonoros são maravilhosos,e ajudam e muito o filme,o editor de som,aptou vários sons de vários animais diferente,e depois os misturou acabando dando os sons nunca imaginados por ninguém.O som do velocirápitor pra vocÊ ter uma idéia era o de um grito de um golfinho debaixo d'água misturado com o rugido de um leão marinho.

FILME

É por essas e outras que eu considero este filme extremamente perfeito,sem contar que ainda depois disso tudo ,sobrou espaço para uma bela discussão de homem vs. Deus.

Esse eu recomendo!

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