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Críticas

Silêncio dos Inocentes, O

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"O Silêncio dos Inocentes" é, sem dúvidas, um filme que podemos rechear de elogios. É um suspense ótimo, incrível, que prende nossos olhos na tela do início ao fim. Seus prêmios foram merecidíssimos (melhor filme, diretor, roteiro, ator e atriz). E quem assistir saberá o porquê.

Clarice Starling (Jodie Foster) é uma jovem agente do FBI que recebe a missão de deter o assassino em série Buffalo Bill, que leva consigo peles das suas vítimas mulheres. Para isso, Starling vai ter uma conversinha com Hannibal Lecter (Anthony Hopkins), que está detido em segurança máxima. É um assassino frio, cruél e canibal, e consegue ser um cavalheiro e um monstro ao mesmo tempo. E, certamente, Hannibal Lecter é o maior e melhor personagem vivido por Anthony Hopkins.

Sua primeira aparição no filme já é impactante: em sua cela sombria, lá está ele, de pé, olhando para Starling através do vidro. E já nos prende à tela ver o modo como Lecter é interpretado: olhar fixo e cínico, sem piscar, falas inteligentes... Já ficamos convencidos que Hannibal é um insano em sua primeira aparição. E ficamos mais convencidos ainda ao desenrolar do filme.

E não é só Hopkins que merece destaque neste filme. Jodie Foster desempenhou bem seu papel, mostrando a competência e desempenho da personagem. A direção de Jonathan Demme foi excelente. As imagens são impactantes, aterradoras, ficamos com tudo gravado na mente, e Demme conseguiu fazer com que o filme acabasse e soltássemos exclamassões de aprovação.

O Silêncio dos Inocentes foi inteligente, tenso e realista até o final. Um dos melhores suspenses do cinema, e obrigatório para todos os cinéfilos.

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Queda! As Últimas Horas de Hitler, A

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Cine-bografia de uma das personalidades mais influentes do século XX. Filme é sim, um dos grandes a tratar um tema que continua sempre atual, e mais, sem apelos aparentemente se deter em apelos ideológicos, nem muito menos a trazer um papel maniqueísta pra tela, Oliver Hirschbiegel nos mostra não apenas aquele Hitler carrancudo e monstruoso, o fuhrer, líder da Alemanha Nazista, mas em A Queda: As Últimas Horas de Hitler seu diretor consegue ampliar o sentido de sua obra msotrando a persona Hitler e as múltiplas histórias, dando voz e vez a mulheres, crianças, generais, professores que estavam lá na hora em que o fuhrer e Adolph Hitler viram o seu sonho megalomaníaco ruir.

Somos levados a conhecer a personalidade de Adolph Hitler, o fato de o mesmo não beber, não fumar e ser fisurado em comida vegetariana. Não obstante, o diretor Hirschbiegel conta também a história de vários personagens presentes nesses momentos. Seja nas secretárias do fuhrer, seja de Eva Braun, mulher de Hitler, ou também no trato que é dado a presença das crianças diante do horror do fim de uma guerra perdida.

Nesse sentido, há um tom relativamente saudosista acompanhando a narrativa, todo um sentimento de desespero por parte da cúpula da SS frente ao avanço dos aliados. Todavia, Hirschbiegel ( do belo A Experiência) não poupa às atitudes de Hitler nem de seus generais. O fuhrer não deixa de ser aquele ditador impiedoso, vil, ele continua sendo aquele que foi um dos responsáveis pela morte de seis milhões de judeus em campos de concentração.

Outro ponto de destaque fica em como são mostrados os bastidores das conversas de Hitler e seus comandados, a tensão de uns, fiéis a toda e qualquer ordem do fuhrer, esses que ainda acreditavam em uma reviravolta do exército alemão, em detrimento de outros que ansiavam por um rendimento ou acordo com os Aliados.

O Roteiro baseado num livro, mantém-se nesse sentido de dar voz aos personagens secundários, claro enfocando a presença de Hitler. Confeço que há de fato, alguma falta de intimismo eu diria com relação a pessoa de Hitler, que sempre aparece ao lado daquelas pessoas presentes na ocasião. Há também um ritmo um tanto arrastado, compreensível, um tanto ao estilo de O Pianista, só que a Edição de algumas cenas peca pela previsibilidade, cito uma: Na cena em que a mãe, primeiro dá um medicamento pra que seus filhos durmam, é gasto um grande tempo pra isso, em seguida, somos levados ao instante em que a mesma envenena às crianças com o objetivo de as livrar de um mundo sem o Nazismo, devido a longa duração da cena ela fica um tanto chata, já que desde quando ela da o primeiro gole do medicamento de dormir a um de seus filhos já ficamos chocados, já entendemos o que se passará.

Com relação às atuações o destaque fica por conta do suíço Bruno Ganz, na pele de Hitler. Atuação impecável, digna de Oscar ( No lugar de Eastwood), Ganz encara um papel dificílimo esbanjando segurança e viceralidade, certos momentos impreciona seus gestos, seu tom de voz firme, sua demostração de autoridade.

Tecnicamente, também temos uma grande produção, uma das maiores do cinema Europeu. A Fotografia utilizada mostra um Bunker claustrofóbico além de que seus tons fortes e escuros aumentam o trabalho de análise psicológica coletiva feita no filme, assim como a Fotografia da Berlim destruida, a mente das pessoas também o estavam, revelando o trauma de perder uma guerra e ter sua cidade como espelho disso.

A Queda acaba tendo seu único pecado a Montagem que foi feita de algumas cenas, ademas, é um ótimo filme, emocionante em vários aspectos, um dos melhores filmes da atual safra européia e que serve pra legitmar o lugar da Alemanha enquanto celeiro de bons filmes.

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Asas do Desejo

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“Observar os homens, escutar os pensamentos deles sempre com muita atenção. Colocar uma mão amigável sobre o ombro de alguém que, perdido, entregue a idéia sombrias e que, subitamente, encontra uma certa força brotar de dentro de si., uma esperança vinda de não se sabe ao certo onde. Os anjos estão entre nós desde o princípio dos tempos. As vezes um deles se apresenta entre nós, abandona a sua condição e se torna humano. Ele ousou o grande salto e passou do preto e branco dos anjos, ao colorido da verdadeira vida...”

Win Wenders

“Do alto do céu de Berlin dois anjos contemplam a cidade e os seres humanos que ali vivem: Damiel e Cassiel. São seres seguros de sua imunidade, quase invisíveis aos olhos humanos (as crianças conseguem vê-los), e que se misturam aos homens já que são em princípio, imunes aos sofrimentos e alegrias destes. Eles voam pela cidade e freqüentam as salas de leituras de uma vasta biblioteca, o circo, as casas e todos os logradouros existentes na cidade. Eles ouvem os pensamentos dos homens e percebem que eles se comunicam pouco entre si. São em sua maioria tristes e angustiados. Damiel se revolta ante a sua situação. Quer sentir para entender os humanos. Quando ele passa a se sentir atraído por uma trapezista, encontra a ajuda em um ator que acabou de chegar a Berlin para realizar um filme sobre o nazismo: Peter Falk. Em realidade, Falk foi um anjo. Ele o ajuda a dar o grande salto...”

O ritmo do filme é lento. Logo em seu início acompanhamos um velho escritor a declamar um poema. Não existe pressa em seu andar, nem em seu declamar (O poema fala da criança quando era criança – indica uma possibilidade do ser voltar a ter o olhar da criança). Tampouco existe pressa no dia a dia dos seres alados que a tudo assistem, já que eles possuem a eternidade. São anjos que assistem indiferentes a vida dos homens.

Os cenários mudam, os atores também, bem como suas roupagens. Permanecem no entanto as mesmas preocupações. Destruição e reconstrução, liberdade e encarceramento (o muro ainda existia naquela época). O filme em si não parece ter uma história ou linha narrativa definida. Tudo soa etéreo. Como etéreo são seus personagens. O que emociona e impressiona no filme de Wenders (sobretudo se compararmos com a fraca refilmagem americana) é que tudo nos é mostrado do ponto de vista do anjo. A cidade e as relações entre os seres humanos são sempre nos mostrado pelo olhar que eles tem do mundo. Quando Falk surge, fazendo o papel de si mesmo, nós mergulhamos na realidade novamente. Ou pelo menos como a vemos. Será Falk verdadeiro (volta e meia o público de Berlin o chama de Columbo) quando fala, ou está apenas interpretando. Quando Damiel sente ser Falk conhecedor de um segredo, não estará sendo ludibriado, como nós, pela aparência? Em suma, teria sido Falk mesmo uma anjo? Qual a razão de Wenders trazer um ser real, para uma história fictícia, se não fosse nos fazer refletir, como seu anjo refletiu.

Outro mergulho nas crenças metafísicas que nos são passadas através dos séculos: os anjos tem sexo? Já nasceram completos e perfeitos? A eternidade em que já vivem, seria um benefício? É justo alguém atingir a perfeição sem ter se esforçado para isso?

O ritmo que conduz o filme nos foi apresentado em seu início. A história de Damiel e Marion é bem construída. Os planos são de uma beleza ímpar, a câmera conseguiu captar os movimentos internos desse sentimento de uma maneira fantástica. É que em cada plano desprendia uma poesia que emociona, que foi o próprio sustentáculo do filme. O poema inicial (sobre a criança) retorna de uma forma sensual e vívida: Damiel descobre as cores, o gosto, o frio, o calor, a dor, a alegria, o prazer, o livre arbítrio que lhe permite de ser bom ou mau. Tudo aquilo que compõe a vida (inclusive o fato de se extinguir).

Um filme que exige demais de quem o assiste e que a cada reapresentação perante nós, nos traz de novos detalhes.

Uma das obras chaves dos anos oitenta.

O que se pode pedir mais?

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WALL·E

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A Pixar, vencedora de três Oscars de melhor animação (Procurando Nemo 2004, Os Incríveis 2005 e Ratatouille 2007), estreou na última sexta-feira a sua mais nova aventura. Trata-se do divertido e inteligente Wall-E, dirigido por Andrew Stanton.

Como não assisti nenhuma das animações anteriores, fica difícil dizer se o novo filme da Pixar é melhor ou não do que elas. Entretanto, pelo que vi hoje no cinema, posso dizer com todas as letras que é um excelente filme e uma ótima diversão. Um produto muito inteligente, dirigido tanto para o público infantil quanto para os adultos, já que aborda um tema interessante, que vai além de um desenhinho bonitinho e fofo. Por trás da superprodução há algo a ser passado.

A história passa-se em uma era distante, mais especificamente no ano de 2700. Lá, o mundo foi soterrado pelo lixo produzido pela humanidade. Sem alternativas para o caos, a única solução foi promover um cruzeiro intergalático de luxo em uma estação espacial. Enquanto os humanos passavam suas 'férias' no cruzeiro sendo otimamente cuidados por robôs-faz-tudo, uma tropa de outros robôs, chamados de Wall-E (Waste Allocation Load Lifters - Earth Class, Levantadores de Cargas Desnecessárias da Terra, em português), são encarregados de dar um trato no planeta. Todavia, os simpáticos robôzinhos não conseguem dar conta da tarefa, e aos poucos vão pifando. O único que sobra, cria paulatinamente sua própria personalidade e começa a viver sozinho pelo mundo tentando em vão dar um jeito nele. Só que, o rumo da história muda quando Wall-E conhece Eve, uma robô mais evoluida que é lançada no planeta de tempos em tempos a procura de indícios de que se possa voltar a ter vida na Terra. O resto eu não vou contar para não estragar o prazer de quem pretende ver. A única coisa que eu asseguro é que vale muito a pena sentar numa sala de cinema, mesmo sendo num Sábado à noite, para prestigiar a animação.

A parte ruim fica por conta de que somente em alguns (poucos) cinemas a cópia exibida é a legendada. Não que a dublagem seja ruim ou estrague o filme, até porque a animação tem cerca de apenas 15 minutos de diálogo, mas convenhamos que assistir o título original é bem mais legal.

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Crepúsculo

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Em algum momento da sua vida você com certeza já se sentiu fora do lugar, angustiado com alguma coisa que nem você sabia, tomado subtamente por uma melancolia inexplicável...e esse momento com certeza aconteceu durante sua adolescência.

Muitos vão negar e dizer que passaram ilesos por essa fase tão complicada, mas que amamos odiar e odiamos amar. Outros vão passar a vida inteira se arrependendo de algo que não fizeram ou deixaram de fazer quando eram bem mais jovens.

Para esses o que resta é uma nostalgia quase que doente que nos captura quando assistimos a filmes emblemáticos, juvenis e melancólicos que o cinema nos presenteia de tempos em tempos...

Não, Crepúsculo não é o filme da sua vida...embora tenha certeza que milhões de adolescentes estejam profetizando isso nesse momento...mas não é um lixo descartável também.

O filme tem melancolia juvenil, pureza um tanto quanto exagerada mas nada que se compare a um High School Musical da vida. Embora o tema seja de origem fantasiosa, nos identificamos com passagens; como a deliciosa cena em que Edward e Bella assumem seu affair no colégio; com personagens e seus olhares que muitas vezes dizem mais do que as linhas de diálogo.

Não seja tão exigente e não espere grandes interpretações nem estudos sobre existencialismo na juventude pois estamos falando de um filme que tem como principal função entreter, e bem, nesse aspecto ele se sai muito bem. Se quer algo com mais conteúdo, procure por Juno.

Quem já leu o livro diz que a adaptação é mediana, mas qual adaptação para o cinema teve 100% de aprovação?

E Deus!!! Quem diz que o casal Kristen/Robert não tem química deve ter como base algum casal de protagonistas de novela da Globo, pois o filme pode ter muitos defeitos, menos a falta de químicas entre o jovem casal.

Assista sem pretensão, não espere que vá mudar sua vida ou te deixar dias com dúvidas na cabeça. O filme é claro, conciso, pelo menos é o que se espera de uma adaptação literária e cumpre seu objetivo ao final, quando Bella, em pensamento afirma seu principal desejo, e diz que não descansará até que consiga realizá-lo, deixando uma grande janela para sua inevitável continuação e você com desejo de assistir mais um capítulo dessa pequena saga.

Se você não terminar o filme assim, talvez você pertença aquele grupo que não adimite ter sofrido e gostado de sofrer na adolescência.

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P.S. Eu Te Amo

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Com altos e baixos, P.S. I Love You é uma boa opção de romance!

A pedidos de amigas eu tomei o desafio de assistir a esse romance, que segundo elas caracteriza-se como “lindo”. Eu sei, talvez concordemos que mulheres se impressionam e sentimentalizam mais do que os homens esses tipos de filmes, mas não pude deixar de assisti-lo e dar a minha humilde opinião a respeito.

Confesso que a minha primeira impressão foi surpreendentemente positiva sobre como o roteiro é muito bem guiado logo no início do filme. Uma estória bastante original, adaptada do romance Cecelia Ahern, possui o seu diferencial em qualquer gênero ou subgênero cinematográfico. Contudo o filme apresenta vários pontos negativos que acabaram com a minha impressão precipitada.

O roteiro conta a estória de Holly, casada com Gerry, um irlandês bastante irreverente, que acaba falecendo devido a um tumor do cérebro e transformando a sua vida em uma incógnita. Acontece que Gerry deixa programada uma série de cartas sobre passos a serem dados pela sua esposa. Aqui mesmo é que surge a originalidade da estória, mais precisamente do romance, não tão bem captado e intensificado pelo roteiro.

Contudo, é bastante interessante como o roteiro, entre seus altos e baixos, consegue transmitir uma tristeza bastante intensa e ao mesmo tempo uma falsa alegria aos olhos de quem assiste, levando a princípios de lágrimas e risos. Muito bem trabalhado, especialmente na primeira metade do filme, essa característica foi bastante marcante para que possuísse um conteúdo bem distinto das comédias românticas que perambulam o cinema atual.

A direção, por sua vez, assinada pelo roteirista e diretor Richard LaGravenese, é conduzida de maneira bastante conservadora, de maneira que não comprometa em nada o trabalho final. Ou seja, nada vem a acrescentar em novidade, apesar de ser efetuada com bastante maestria para que como se um livro estivéssemos lendo, o que representa um ponto a favor da produção.

Hilary Swank, talvez uma das grandes estrelas femininas do cinema dos últimos anos, rechaça a opinião de críticos sobre o seu limitado potencial para papéis de beleza, uma vez que acreditam que a sua “falta” de beleza e seu porto físico um pouco masculino a comprometa para tais trabalhos. O que vemos nesta película é exatamente o contrário, ou seja, uma Hilary Swank bastante bonita e interpretando de maneira brilhante o papel de Holly, o que já é bastante praxe em sua carreira. Gerard Butler também incrementa o filme no papel de Gerry, demonstrando uma naturalidade bastante positiva no resultado final da estória. Ademais, Lisa Kudrow, a Phoebe de Friends, e Kathy Bates, umas das grandes atrizes do cinema contemporâneo, encabeçam esse elenco bastante qualificado.

Um ponto desfavorável, a meu ver, foi a escolha da trilha sonora. Músicas “batidas” tiram o tom artístico de um trabalho cinematográfico, essencialmente em romances. Uma procura por sons alternativos colocaria outro ponto não comercial e diferenciado a esta obra, o que infelizmente não ocorreu em grande maioria das músicas.

De uma maneira geral, P.S: Eu te amo é um trabalho muito interessante, mas a originalidade presumida não se confirma e ao final acaba escorregando nos mesmos defeitos dos demais romances inócuos atuais. Ainda assim, apesar de estar longe de ser uma grande obra, é bastante prazeroso assistir a esse filme que possui inúmeras qualidades, entre elas a maneira carismática de nos emocionar com a estória, talvez não só pela própria estória, mas pela reflexão que nos apresenta sobre a vida, o amor e demais dificuldades pelas quais passamos ou passaremos algum dia.

Com um conteúdo interessante, talvez P.S. Eu Te Amo ainda seja apenas um filme “lindo”!

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Ultimato Bourne, O

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A trilogia Bourne se encerra (?) em grande estilo. Com três Oscars na bagagem (Melhor Montagem, Melhor Som e Melhor Edição de Som) e com mais uma excelente atuação de Matt Damon (Os Infiltrados), O Ultimato Bourne foge do esteriótipo das sequências que, na maioria das vezes, são feitas apenas para ganhar dinheiro, mas carecem de qualidade. A nova trama vivida por Jason Bourne (Matt Damon) não pára um minuto sequer, é ação do começo ao fim.

Para quem não viu os outros dois filmes da trilogia, faço uma pequena introdução ao leitor: Bourne foi encontrado por pescadores franceses, completamente debilitado e sem memória. Sem descanso, ele viaja de país em país na tentativa de descobrir sua real identidade. Entretanto, nessa busca incessante, ele é perseguido por agentes especiais altamente treinados já que a descoberta de quem realmente é Jason Bourne prejudicaria muita gente.

Nessas idas e vindas, o personagem principal passa por muitas adversidades; inclusive chega perto da morte em vários momentos. Isso faz de Bourne uma espécie de super-herói humanizado, pois ele também se machuca, sofre, sangra (e não é pouco) e tem suas crises existenciais, ou seja, é um personagem completamente humano. O que o diferencia das outras pessoas é que ele foi alvo de um programa que transformava seres humanos normais em 'máquinas'. Desta maneira, suas habilidades com lutas e armas são bastante aguçadas, além de possuir uma inteligência fora do comum, o que sem dúvida é essêncial para mantê-lo vivo.

No capítulo final da trilogia, Bourne está mais uma vez atrás de pistas que revelam quem ele é. A história começa com um jornalista britânico, que publica uma reportagem no jornal apresentando alguns detalhes de uma operação chamada de 'Blackbiar'. A publicação no periódico chama a atenção dos agentes da inteligência norte-americana, que vêem o jornalista como uma ameaça, e também de Jason Bourne, que vê no rapaz uma maneira de descobrir novas informações referentes ao seu passado.

Diferentemente dos outros dois capítulos, desta vez, parece que o personagem sofre menos do que antes. Os conflitos consigo continuam mais vivos do que nunca, só que quando o assunto é ação, ele passa pelas mesmas situações de risco (até piores), e sai apenas com algumas escoriações, coisa que não ocorria antes; ele se arrebentava inteiro. É claro que isso não tira a realidade do filme, muito pelo contrário, Damon consegue fazer de Jason Bourne um personagem altamente real e carismático. Sem dúvida há algumas cenas forçadas, algo que parece inevitável no cinema Hollywoodiano, todavia, O Ultimato Bourne se sai melhor que os outros nesse quesito.

É um ótimo filme, tão bom ou melhor que os anteriores. A atuação de Matt Damon continua brilhante, o que prova que ele é um dos melhores atores da nova geração de Hollywood. Trocado em miúdos, a trilogia Bourne aparentemente se encerra com chave de ouro. Ponto para Paul Greengrass, diretor do filme.

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Vicky Cristina Barcelona

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Woody Allen é um dos cineastas mais regulares em atividade nos dias de hoje. É impressionante o fato de ele lançar praticamente todo ano um novo filme, e, ao contrário de muitos que costumam produzir rapidamente e com muita frequência, mas não necessariamente com qualidade, Allen consegue nos brindar a cada ano com agradáveis surpresas.

Se "Match Point" foi um marco em sua carreira, com um roteiro inteligente e bem construído, capaz de intrigar o espectador até o seu final, o mesmo podemos dizer de "O Sonho de Cassandra", embora esse não goze do mesmo brilhantismo de seu antecessor e siga praticamente o mesmo modelo. Esses foram apenas dois exemplos de filmes recentes de Woody Allen que me chamaram bastante a atenção - ambos muito originais, intrigantes, apreensivos e surpreendentes.

Em "Vicky Cristina Barcelona", Woody Allen deixa de lado o suspense e o drama para mergulhar em um gênero bastante difícil de se fazer com originalidade - a comédia. O palco não poderia ser mais propício - as 'calientes' e belas cidades de Barcelona e Oviedo, na Espanha. Um fato curioso é que o cineasta hollywoodiano é um dos poucos que se arriscam fora dos Estados Unidos; seus últimos filmes foram todos filmados em solo europeu, utilizando-se assim de toda a beleza das cidades do 'velho continente'.

Os personagens foram escolhidos a dedo; Scarlett Johansson é novamente uma das protagonistas do diretor, e mais uma vez executa seu papel com excelência na pele da impulsiva Cristina. Contudo, não foi seu desempenho que me chamou atenção; Javier Bardem se consolida cada vez mais como um dos melhores atores dessa nova geração. Após fazer bonito no dramático e sensível "Mar Adentro", Bardem se tornou ainda mais conhecido do grande público ao interpretar o macabro vilão Anton Chigurh, no premiado "Onde os Fracos Não Têm Vez". No seu novo filme, o ator está na pele do esteriotipado Juan Antonio, típico espanhol sedutor e cativante, que, com seu charme e despreocupação, tenta levar as mulheres para a cama. Ao mesmo tempo em que é conquistador e carismático, ele vive em problemas com sua ex-esposa - a problemática Maria Elena, vivida pela outra grande chave da trama, a também espanhola Penélope Cruz. A personagem de Penélope é tudo que não se deseja em um relacionamento: neurótica ao extremo, doida, desconfiada e com tendências suicídas. Acostumada a ser dirigida pelo seu compatriota Pedro Almodóvar, a atriz se sai maravilhosamente bem nas mãos de Allen e faz uma atuação marcante - desde as divertidas discussões em espanhol com o ex-marido até a bela cena do beijo com Scarlett Johansson.

Em linhas gerais o filme é excelente, encantador do começo ao fim e muito bem dirigido. Para quem achava ou acha que Woody Allen está ficando velho e sem o mesmo talento de outrora, tenho certeza que está bastante enganado, pois dessa vez ele nos brinda com uma comédia de verdade e pra lá de original.

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Madagascar 2

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Decepcionante. É essa a palavra que mais me vem à cabeça quando penso em Madagascar 2. Isso se deve, em parte, ao fato de amigos meus terem ido assitir e me dizerem que esta continuação é melhor que o primeiro filme. Logo, eu entrar na sessão com a esperança de ver algo muito bom. Mas Madagascar 2 é bem fraquinho. Mas eu não acho isso só por que o superestimei, ele é realmente fraco, principalmente quando comparado ao primeiro.

Tudo bem que o primeiro não era perfeito, mas alguns aspectos positivos garantiram o sucesso do filme e, lógico, sua continuação. Continuação essa que abandona todos os aspectos positivos do primeiro. Alex, Melman, Marty e Gloria separados quase o filme inteiro. A grande amizade que os unia sempre não é vista nesse filme. O roteiro dá lugar ao desenvolvimento da história de cada um em separado, centralizando o filme mais em Alex.

Não vemos as sequências musicais que nos encheram os olhos no primeiro filme. Quem não se lembra do "Eu me remexo muito"? Esse tipo de cena é clichê sim, mas é marca carimbada de Madagascar e fez falta no 2.

O roteiro do Etan Cohen merecia um Framboesa de Ouro, sinceramente. Além do que já foi citado, a história é parada do início ao fim, ficamos esperando o filme engrenar, mas ele não engrena em hora alguma. Os diretores Eric Darnell e Tom McGrath fizeram o seu trabalho. Apenas.

É claro que o filme não é só coisas ruins. Os pinguins concertando o avião e atacando os visitantes, o impagável Rei Julien, as belíssimas paisagens africanas, o visual alegre e colorido do filme, o Melman se declarando para a Gloria e algumas poucas piadas que funcionam.

Enfim, na minha opinião, Madagascar 2 é um filme no qual os aspectos negativos pesam bem mais que os positivos. Foi decepcionante ver essa continuação que deixa de lado tudo de bom que vimos no primeiro. Aliás, quer saber o motivo pelo qual comparei tanto Madagascar 2 com o primeiro? Por que Madagascar 2, quando analisado separadamente, sem levarmos em conta toda a essência do primeiro, é um filme completamente vazio.

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Homem de Ferro

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Confesso que nunca fui dos mais interessados em histórias em quadrinhos; não pelo fato de não gostar de HQ's, mas por não ter adquirido o costume de lê-los e também pela pouca divulgação vinculada aqui no Brasil.

Até simpatizo com heróis como Batman, Homem-Aranha e Capitão América - só para citar alguns exemplos -, mas estou longe de ser daqueles aficcionados que conhecem de cor tudo sobre a personagem e são capazes de esperar horas a fio em uma fila de cinema para assistir uma estréia desse tipo.

Pois bem; ontem, no conforto do meu lar, assisti ao blockbuster-mega sucesso de bilheteria, Homem de Ferro - baseado no HQ da Marvel. De início, sem dúvidas houve um pouco de preconceito , já que, a não ser pelo pôster do filme, sequer conhecia a armadura do super-herói.

Não há como não dizer que me assustei ao começar a ver o filme; parecia mais uma daquelas histórias em que detonam os países do Oriente Médio e ao mesmo tempo eudeusam e inflam o ego dos norte-americanos. Nessa parte, felizmente me enganei. Contudo, o diretor Jon Favreau comete alguns deslizes que merecem ser citados.

Me desculpem os fãs do HQ e os que acharam o filme um máximo, mas, sinceramente, achei a história e o roteiro um pouco defasados - parecem um pouco forçados e falta aquele quê a mais para o espectador. Outros defeitos que ao meu ver poderiam ter sido melhor trabalhados foram os trinta minutos finais da trama e principalmente o confronto derradeiro, que deixa muito a desejar - fica a impressão que foi tudo concluído com muita pressa e acabaram por atropelar a qualidade. Um último destaque negativo fica por conta da má utilização da atriz Gwyneth Paltrow; poderiam ter se aproveitado melhor do seu grande talento, mas infelizmente seu papel ficou reduzido se comparado a outros dentro da trama.

Mesmo assim, tenho de admitir que o resultado final me surpreendeu. Apesar de ter lido algumas boas críticas à respeito, não botava muita fé no homenzarrão de lata. Na pele, ou melhor, na armadura do personagem principal, está o excelente Robert Downey Jr. Interpretando o milionário descompromissado da indústria bélica, Tony Stark, Downey dá um colorido especial à trama. Seu carisma, aliado à sua competência, contribuem e muito para o andamento do filme. Além disso, apesar de não ser das melhores adaptações já feitas de quadrinhos para cinema - Batman e Spider Man ficam à frente -, Homem de Ferro está longe de ser um produto ruim. Outro e último ponto positivo a ser destacado é a trilha sonora; o HQ é embalado por um rock que vai desde os australianos lendários do AC/DC ao rock moderno e contagioso dos britânicos do Muse, que interpretam a bela música 'Invincible'. Como não poderia deixar de ser, o som de encerramento fica por conta da também lendária banda Black Sabbath, que toca a inconfundível e propícia 'Iron Man'.

No final das contas, o diretor ainda deixa evidente seu posicionamento quanto a também evidente política armamentista norte-americana - Eles próprios que fincanciam e lucram com as guerras pelo mundo. E ainda há quem diga que eles são os salvadores do planeta...

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