Lupas (6345)

Trouxe uma grande contribuição ao cinema brasileiro e vale como expositor de uma rica cultura.

Uma salada mista descartável.

Por um ou outro instante de respiração presa, vale a sessão.

Celebra a inconsequência e a escolha por viver atirando a esmo, com passos jamais calculados e vontade pulsante.

Béla Tarr nos faz acreditar na potência criativa do cinema e no seu uso como ferramenta de inquirição, entregando imagens que parecem esculpidas por um artesão meticuloso e que abrem caminho para o deleite filosófico, tão raro como urgente.

Merece permanecer inscrito no rol dos grandes filmes de todos os tempos, por suas qualidades mais do que atestadas.

Encerra um ciclo do herói arcanídeo e insere um conflito existencial para além da fachada dos superpoderes.

Dentro de sua proposta modesta e de seu elenco coeso, sai-se muito bem.

Laís Bodansky faz sua estreia calcada na pungência e no mergulho em uma dura ficcionalização da verdade.

Sua densidade é capaz de horrorizar e trazer o confronto com uma narrativa atordoante vivida por atores de enorme talento e decalcada de uma realidade altamente perversa.

A interpretação de Anne Hathaway demonstra seu amadurecimento como atriz, e o roteiro demonstra validade por ser catalisador de conflitos.

Divertido e algo carismático, apesar do clichês que, por vezes, soam irritantes.