Lupas (6436)

Noé reúne o infernal e o abjeto em pouco mais de 90 minutos.

As coisas precisam mudar para continuarem as mesmas (entreouvido por aí...).

Sombrio, soturno e pungente painel de um relacionamento tumultuado entre mãe e filho conduzido com um vigor que incomoda e lacera.

Exemplo de estreia bem-sucedida de um diretor, oferece um roteiro mirabolante e bem articulado, com reviravoltas empolgantes e diálogos bem sacados.

Kiarostami usa o cinema como espelho para debater a paixão inflamada pela própria arte e pelo olhar que atordoa, chegando perto da filigrana do amor.

À maneira alleniana, Vicky e Cristina encarnam a dualidade do ser humano, que a maior parte do tempo opta por ostentar somente um determinado aspecto de sua personalidade, o que não anula sua capacidade de ser e/ou parecer o oposto.

Uma grande galhofa com o cenário político da Guerra Fria conduzido com certa irregularidade e algumas cenas e tiradas de genuína incorreção política.

Ainda que filmado de maneira clássica, consegue enredar o espectador com sua atmosfera algo sombria e com as interpretações e os diálogos certeiros sobre uma área do conhecimento que veio espicaçar a existência humana irreversivelmente.

Sgunda incursão alvissareira de Jim Jarmusch na direção em três atos memoráveis e uma sucessão de longos planos semiestáticos muito bem pensados. Uma pequena gema.

Allen aborda seus temas favoritos envoltos em uma roupagem russa, com tiradas de ironia genuína sobre amor e morte. O primeiro grande filme de sua carreira.

Pelo viés do insólito, somos levados a refletir sobre um homem que tem a oportunidade de se relacionar com as pessoas de modo diferente, e essa possibilidade gera ganhos e perdas.

Os Coen focalizam o drama em uma história em que o óbvio e o bizarro caminham lado a lado, expondo as incongruências e as intempéries da vida em clima de noir.