Lupas (6436)

Afirma-se como mais uma bela opção de cinema autoral e reflexivo, daqueles feitos pela mais alta estirpe de cineastas, que ganham facilmente a alcunha de clássicos absolutos.

Maravilhoso panorama das possibilidades de redenção pelo toque da arte filmado com o talento de esteta de um estreante.

A tentativa de Weerasethakul parece ter sido a de analisar o intangível, com o qual todos tentamos lidar, mas que sempre escapa de nossas mãos.

Como cinema, é pífio. Mas quem nunca sonhou com o artefato incrível de que o protagonista passa a dispor?

Uma intensa procura pela essência musical turca traduzida em uma apetitosa salada de tons e ritmos de um lugar que congrega uma grande mescla de possibilidades.

Iconoclasta, maligno e abrasivo, oferece um olhar com lente de aumento sobre as chagas de uma alma atormentada.

A fúria vulcânica de Camila Pitanga torna a história de amor a ser contada uma saga dolorida e contristante que não se apaga facilmente da memória.

Uma história lacrimejante e apaixonante.

Emily Browning destila beleza e insinuação em um filme de arquitetura dramática um tanto insólita e obtusa.

Um duelo verbal sustentado por dois atores magníficos e a sondagem de uma mente perversa corroborada por uma montagem e uma direção capazes de gerar a atonia.

Tem méritos por apresentar um estilo próprio que viria a compor o método de uma geração, mas é disperso e destemperado em excesso.

Brinca com a percepção do espectador em certas passagens, destila seu senso de humor sutil e resulta no Hitchcock mais em forma dentro da sua famosa fase inglesa.