Lupas (397)

Finalmente, a crise dos refugiados consegue uma obra cinematográfica correspondendo a dimensão emocional que o assunto evoca. Weekes aterroriza com imagens que nos sufocam, mas sem deixar de conservar o propósito do terror como elemento que consome a mente dos protagonistas. Um dos grandes filmes de 2020.

Embora invista no humor negro, o longa é profundamente melancólico e carrega momentos de intensidade emocional. Um belo filme sobre família, solidão e ganância

Subvertendo as expectativas, Better Watch Out é um filme concebido de forma divertida, descompromissada e que nos prende até o fim. Infelizmente, o desfecho deixa um pouco a desejar.

Um filme impiedoso e implacável. Emily Watson encarna a bondade corrompida, a devoção incondicional e inocência perdida, em uma interpretação que não só era merecedora de todos os prêmios como também deveria ser inscrita como das maiores do cinema.

É preciso reconhecer que esse remake merece aplausos por atualizar um clássico do terror de forma criativa e ousada. Embora o novo Chucky não explore de modo amplo o potencial da voz tenebrosa de Mark Hamill, o uso da tecnologia é interessante o suficiente para tornar esse filme em uma experiência que não se cola excessivamente no original.

Daqueles documentários que impressionam e emocionam. Apollo 11 ainda desperta o fascínio de toda a humanidade pela ambição empreendida. Assistir a imagens originais, e em excelente qualidade, comove qualquer pessoa minimamente interessada no assunto.

Inteligente narrativa que nos deixa confusos e perdidos, mas que amarra tudo rapidamente para nos jogar em uma jornada alucinante e cruel. Laurence Olivier está monstruoso.

Com belas atuações e um texto que consegue atualizar a anteposição Ocidente-Oriente apostando na dinâmica familiar, A Despedida é uma tocante análise sobre o contraste da velhice-juventude, associado a dois mundos distantes.

Ótimo exemplo de como um roteiro simples pode ser fascinante. Há pontas soltas, com poucas explicações e o personagem de Woody Harrelson não parece real, mas o clímax é intenso demais para pensarmos nessas falhas.

Bem conduzido, bem atuado e com reviravoltas intrigantes. Há algumas escorregadas quanto ao personagem de Powers Boothe, muitíssimo mal explicado e sem dizer a que veio, mas as performances de Paxton e McCounaghey dão um show próprio.

Não ficará impresso na memória, mas é um bom cinema pipoca.

Chicago pode ficar lembrado como o filme que roubou o Oscar de O Pianista, mas impossível negar suas qualidades como o carisma de seus atores, a estética charmosa e mesmo uma ironização absurda da glamourização do crime.