Lupas (397)

Found footage já não era novidade, mas o conceito e a atmosfera deixam qualquer um de queixo caído. Há, no entanto, um desnível entre cada segmento, mesmo terminando de forma satisfatória.

Com um orçamento maior que o primeiro, VHS 2 consegue criar uma antologia mais instigante, mas não com o mesmo frescor do anterior. Todas os segmentos são bons, mas os dois últimos tiram o fôlego.

Conclusão formidável para um longa que demonstra problemas de adaptação devido à sua fidelidade ao material original. Ainda assim, é provavelmente das mais bem feitas animações de super-heróis recentes.

Ótima animação e que conta com um roteiro bem intrigante. O problema é que estamos saturados de tanto ver o mesmo contado de outras formas que, por mais que sejam inventivas, já não surpreendem.

Lembra bastante Into the Wild, mas com um toque ainda mais melancólico e íntimo, contando com a noção do isolamento como perspectiva de quem olha para si no intuito de reparar o que perdeu. No fim, é quase um ensaio com ares dramatúrgicos e que é profundamente humano. Robin Wright estreia na direção de forma sólida.

A dificuldade de encontrar um tom à narrativa só não predomina pela parte inicial do filme, competente e divertida. É um Bond mais sentimental, o que até está em consonância com o que vimos desde Casino Royale, mas que não traz química alguma aos personagens.

Shyamalan até ganha pontos por ter conceitos e ideias nada usuais para os padrões hollywoodianos, mas Tempo expressa erros gravíssimos de linguagem cinematográfica (diálogos expositivos, cenas com péssimos timing e atuações mal calibradas). Sua dificuldade de acertar o tom entre drama e suspense é patente. No mais, se salva por um twist bem justificado.

James Wan sabe criar atmosfera, mas esse é um trabalho menor que ainda não demonstrou seu potencial pleno.

Marvel consegue divertir quando permite obras mais autorais, contando com liberdade criativa e artística. Um passatempo acima da média!

Argento, Cronenberg e Hitchcock batidos num liquificador com o conceito absurdo de James Wan. Os furos do roteiro acabam se tornando parte do charme inquestionável desse terror que foge da onda post-horror e se entrega ao cinema de terror mais tradicional.

Inevitável a comparação com Superbad, Curtindo a Vida Adoidado, Férias Frustradas de Verão e toda a cartela de filmes à la John Hughes. Mas essa empreitada de Olivia Wilde na direção merece pontos por acrescentar atualidade e até momentos inspirados. Em que pese a falta de originalidade, ganha em carisma e execução.

Muitos falam do nonsense, da viagem no tempo e da estrutura pouco consistente, mas o que torna Bill e Ted tão amado é justamente a dupla protagonista, cuja química é inesperadamente terna e comovente. Um jovem clássico que sintetizou o espírito de uma geração.