Lupas (864)

Não há que se reclamar por originalidade nesta sequência (o anterior não era), que só intensifica as mesmas piadas, mas de forma bem-sucedida. No fim é um filme muito divertido, que não chega ao nível dos melhores do clã Apatow, mas é uma boa pedida.

Como todo bom documentário, tem valor didático e é acessível tanto para admiradores quanto leigos. Pena que seja assunto demais para tão pouco tempo, com pontos apressados e outros desprezados, como a participação da Sega na história dos games.

Segue o fluxo das comédias nacionais exageradas, apelativas e clichês que empestam os cinemas brasileiros todo ano, sem nem mesmo ser minimamente engraçada. Na falta de opção ou pra quem gosta desse tipo de humor, 'Vai Que Cola!' ofende menos.

No meio da onda de filmes de super-heróis com orçamentos milionários, Defendor poderia ser um ponto de renovação, mas a direção é inexperiente, o tom desequilibrado e a trama jamais explora sua temática ao máximo. Menos transgressor do que deveria.

O casal tem química e o filme até flerta com alguns temas que poderiam dar algum peso, mas no geral é uma comédia romântica bem ordinária e inofensiva demais para o seu próprio bem.

Esta versão do mito de Hércules erra como os filmes Tróia e Rei Arthur: achar que a roupagem 'realista' compensa a falta de desenvolvimento de personagens e trama. Mas diverte com sua tosquice, do grande elenco em atuações canhestras ao CGI mal-feito.

A premissa poderia render uma obra divertida e subversiva, mas Ken Scott parece não saber o filme que quer fazer, começando como uma comédia escrachada e terminando em uma história de aceitação que apela pro melodrama barato. Passável e esquecível.

A despretensão é o que torna esse 'Marvel menor' uma boa alternativa longe da megalomania de 'Avengers', e o elenco, apesar de alguns desperdícios (em especial o vilão), é carismático (Paul Rudd e Michael Peña estão ótimos). Boa diversão.

O desenvolvimento de personagens é quase nulo, o que seria um problema, não fosse a credibilidade do elenco e sua perfeita sintonia. Soderbergh fez um 'heist movie' que se vende pelo estilo, se diverte com ele e consequentemente, diverte o público.

Tem o apelo das comédias ''indies'' dos anos 2000, e vez ou outra consegue ser divertidamente subversivo, mas no geral é um romance juvenil não apenas genérico, mas com um evidente desperdício de talento do elenco. Inofensivo até demais.

Há boas piadas no papel, um bom elenco e o politicamente incorreto marcante das comédias dos anos 2000, sendo uma pena que a execução seja tão falha, em um filme esporadicamente engraçado. Nas mãos de um Greg Mottola, teria rendido algo bem melhor.

A história é dispensável e uma das mais exageradas e sem nexo já vistas numa comédia, mas o bom do filme não está em seu enredo, e sim nas piadas inspiradas, acompanhadas das divertidas músicas do 'Tenacious D'. Fãs de Rock, não podem perder!