Lupas (864)

Com algumas boas ideias esparsas ao redor de longas 2h30, Snyder reitera sua falta de habilidade em contar histórias (subtramas e personagens desinteressantes), aqui subjugando seu apuro visual. O universo cinematográfico da DC continua na promessa.

Edgerton demonstra sua versatilidade neste pequeno grande filme, que apesar de inicialmente caminhar em terreno conhecido, gradativamente traz elementos únicos e o desfecho, apesar de questionável, traz uma relevante mensagem sobre o peso do passado.

Não deixe a banal trama de vingança obscurecer a genialidade dos diálogos e referências, a edição dinâmica e cenas de ação brutais e sem excesso de CGI. Deadpool é uma vitória de todos os envolvidos, e traz um ar de novidade bem-vindo ao gênero.

Mesmo não sendo uma inovação dentro da saga e nem do subgênero, Creed comprova o apelo imortal da história de Rocky, graças à grande direção de Coogler e as atuações de B. Jordan e do próprio Stallone, aqui em uma de suas melhores performances.

Um dos mais belos trabalhos visuais da Pixar, a ambientação é impressionante e a amizade da dupla principal cativa neste 'road movie', porém o enredo é genérico e a lição de vida é das mais óbvias e batidas. Bom, mas longe dos melhores da empresa.

Mesmo sendo o Kaufman mais ambicioso sobre o vazio existencial do ser humano, é também o menos sutil (3º ato) e satisfatório. Ainda assim, se sobressai pelos temas abordados e recursos estilisticos bem-sucedidos (stop motion e dublagem impecáveis).

Ao tratar de tantos temas diferentes (guerra nuclear, amizade, evolução...) em pouco mais de 2h, é difícil entender o objetivo de 'Akira', mas é uma obra atemporal, profunda, inspirada em clássicos (Blade Runner) e que inspirou tantos outros (Matrix).

O clímax poderia ter sido melhor trabalhado e o found footage é um recurso redundante (mais uma vez), porém Shyamalan controla a tensão e o mistério de forma gradativa e depois de tanto tempo, é bom ver uma obra sua com mais a elogiar do que criticar.

Não é o filmaço esperado pela reunião de dois dos maiores mestres das artes marciais nos cinemas, com uma trama insignificante e efeitos em demasia. Mas é uma leve, despretensiosa e divertida aventura, que pelo duelo entre Chan e Li vale conferir.

Possui a vantagem de se distanciar do formato televisivo sem deixar de lado o tipo de comédia pelo qual fez sucesso. Mas como na série, embora consiga tirar risadas genuínas, é apelativo e redundante, como boa parte das comédias nacionais de hoje.

Mendes faz o melhor para alcançar o padrão estabelecido em Skyfall, com um primeiro ato promissor e cenas de ação muito bem conduzidas. Infelizmente o fraco roteiro sabota do elenco mal-aproveitado até o terceiro ato, bagunçado e anti-climático.

Zwick continua com seu cinema tecnicamente refinado, mas narrativamente frágil, em uma obra que, não fosse pela entrega de Maquire no papel do renomado jogador Bobby Fischer, ajuda pouco à entender sua importância e a complexidade do xadrez em si.