Lupas (864)

Jornada funcional e das mais divertidas da saga, que diferente dos dois anteriores, aposta num clima mais leve e despretensioso que funciona. Pena o CGI ter regredido e o argumento ser mais de um episódio estendido para TV do que para um longa-metragem.

O tema de viagem no tempo é reutilizado na saga e a tripulação do capitão Jean-Luc Picard definitivamente não tem o carisma e diversidade da original, mas enfim Star Trek tem o tratamento técnico digno de um bom Sci-Fi, trama sólida e uma ameaça à altura.

O início com a antiga tripulação e o destino de Kirk soaram redundantes, visto não ter o mesmo impacto do episódio anterior, mas esta primeira jornada de Picard e sua equipe mostra potencial, adotando um clima mais sério e mais capricho na parte técnica.

Depois de 3 sequências irregulares, Nicholas Meyer retorna à direção para consertar tudo e dar um final digno para as jornadas da tripulação original da Enterprise. Poderia ter uns 10 min à menos, mas é uma divertida aventura espacial e despedida aos fãs.

Na quinta jornada, as interações entre os personagens não parecem orgânicas, com excesso de piadinhas ajudando a sabotar um roteiro que de tão frágil, se torna uma piada involuntária por si só. William Shatner devia se manter apenas na frente das câmeras.

Bem menos complexo do que pensa e menos divertido do que deveria, o primeiro longa de Star Trek é cansativo e quase que exclusivamente recomendável para fãs de longa data. Uma tentativa de ser '2001', sem a complexidade, instigação e sem Stanley Kubrick.

A mensagem ambiental é passada sem a menor sutileza e esta 4ª viagem flerta demais com o ridículo, o que seria trágico, não fosse o filme se investir como uma comédia de fato e a tripulação da Enterprise nos anos 80 render momentos hilários. Bom filme.

Seria fácil culpar a mudança de protagonista (e equivocado, Jeremy Renner consegue segurar um filme desses), mas o problema aqui é a constante sensação de mediocridade, da ação à trama, que prejudica o ótimo elenco. Gilroy podia ter parado em Ultimatum.

Pense no primeiro ato de Return of the Jedi, só que por 1h40, ação em menor quantidade e qualidade e você tem The Search for Spock, que embora não enfadonho quanto o primeiro, foi uma queda em relação ao anterior. Novas fronteiras não foram atingidas.

A infantilidade não incomoda, e sim a distribuição de espaço pelas 2h30, com passagens apressadas e outras extensas demais. Mas o primeiro Potter continua um agradável entretenimento, e a direção de arte e trilha de John Williams seguem irrepreensíveis.

O humor não é escrachado (o que pode pegar algumas pessoas de surpresa), sendo bastante sutil e contextualizado. Mas fãs de rock e aqueles que conhecem histórias de bastidores terão um prato cheio de piadas inspiradíssimas, nesta ótima sátira.

Merece crédito pelas intenções culturais, mas o amadorismo de Alceu Valença incomoda e seu amor pelo cordel não encontra coesão com a linguagem cinematográfica. Obs: Moro em São Bento e o melhor de ver esse filme foi meu pai reconhecendo pessoas e locais.