Lupas (1752)

Termina com a aterrorizante verdade da lista de pessoas mortas por esse psicopata, o que dá um peso dramático muito forte, porém pode desviar o fato de que é muito mal conduzido e perde tempo com tantas sequencias desnecessárias.

Ao enterrar a câmera na verdade básica de uma sociedade corrompida, em que os avanços sociais são pautados pelos mais diversos interesses, Kieslowski realizou o tipo de crítica corrosiva que não interessa a nenhum governante, de esquerda ou direita.

O Mestre" é rodado em 65 mm -formato de alta definição. As imagens são lindas, com cores marcantes e definição impressionante, na contramão das imagens digitais que vêm aproximando o cinema perigosamente da TV.

Abordado com frequência pela imprensa, a troca de bebês na maternidade virou um tema cinematográfico. "O Filho do Outro", inova ao ambientá-lo no conflito entre israelenses e palestinos, conferindo estatuto político ao tema.

Mas como nos cinemas o Wolverine sempre foi deturpado em relação à sua origem na Nona Arte (o mutante berserk nunca aflorou de verdade), perde-se esse elemento, substituído aqui por uma suposta imortalidade, um exagero em relação aos poderes.

O diretor insere um final alternativo, que apesar de parecer totalmente fora de propósito, acaba conseguindo nos confortar, ainda que de uma maneira estranha, pois sabemos que não estamos vendo o verdadeiro final da estória.

Ao contar a saga de um samura negro, ele retoma sua fixação pelos estrangeiros perdidos em terras desconhecidas. É um retrato melancólico, de tons absurdos e ridículos, do niilismo convertido em crença.

Chris Marker, ao fazer esse filme com um misto de ficção científica com documentário, reportando fatos da época, nos mostra que é possível, com poucos recursos, sim fazer uma obra genial, de tal importância no ano em que a fez.

Diga-se a bem da verdade, Frears se desincumbe melhor da parte do coração. A do intelecto (a crítica à igreja) sucumbe pela frágil demonização de um ou outro personagem.

E o passado volta sempre a seu lugar e não pode ser mudado.

Poderia ser a epígrafe de toda a obra de Krzysztof Kieslowski, construída em torno da impossibilidade de sobreviver moralmente sem tomar partido, e se aplica ao dilema vivido pelo protagonista de A Calma. Fala das decisões penosas que enfrentamos na vida.

O oportunismo é a marca do filme, adaptação do best-seller "Sangue Quente", de Isaac Marion. O filme aproveita a moda dos zumbis, mas introduz um elemento que arruína a essência da mítica criatura ao apresentar um morto-vivo capaz de se apaixonar.