Lupas (1752)

O branco, como nas flores do oleandro, só chega no desfecho, explicando o título do filme (o original, não a equivocada versão brasileira) e dando sentido à natureza da planta e ao relacionamento entre mãe e filha.

Robert Rodriguez filma o seu Planeta Terror como quem só ouviu falar de grindhouse. Não há, essencialmente, um demérito aí, mas uma constatação. Como diz Marley a Rose em cena de Planeta Terror, todo talento inútil um dia serve para alguma coisa.

Sem medo de chocar, Dredd é um longa de ação cheio de confiança, estilo e violência, que não trata o espectador como criança. Certamente vai agradar tanto aos fãs do personagem quanto a um novo público, interessado em algo mais intenso.

O público americano também foi implacável com o filme, que mal ultrapassou os US$ 15 milhões de faturamento nas bilheterias dos EUA. Menos da metade do seu custo.

Personagens vem e vão mas não adicionam nada à trama. A única coadjuvante que poderia ajudar a melhorar a história, a bibliotecária (papel de Susan Sarandon) desaparece do filme de repente. Uma grande surpresa no final quase salva o roteiro.

Com muita esperteza, ele conseguiu inserir cenas e diálogos picantes demais para a época, sem contudo ter problemas com o Código Hays. Trabalhar com o diretor foi uma alegria para Barbara e Henry.

Os feitos são os bons, com qualidade mínima do que se espera em uma tela grande. Os cometidos, entretanto, são aqueles que a bestialidade de atores, diretor, produtores e/ou roteiristas permite que algo de qualidade tão pífia chegue ao grande público.

A solidão de Laurent, caminhando como um fantasma por um mundo em que tudo se tornou pornográfico (salvo, talvez, a pornografia), espelha a solidão de Léaud, espectro que passeia por um cenário em que tudo virou mercadoria, espetáculo, clichê.

Se por um lado a manipulação dos dramas pessoais transborda a potencialidade feminina,também a não relativização das pessoalidades (e os psicologismos) é decerto uma virtude que se escancara para além dos limites geográficos/territoriais do espaço filmado

Foi inexplicavelmente lançado por aqui com dois títulos diferentes: Nenhum Passo em Falso e A Horada Brutalidade (para aproveitar a febre de filmes com Hora no título, tipo A Hora do Espanto, A Hora do Pesadelo). Depois, em VHS com os dois nomes juntos.

Julia" é uma ótima adaptação de "Pentimento", as memórias da escritora Lillian Hellman, nas quais ela fala de sua amiga de infância, principalmente no que tange ao seu envolvimento com o movimento europeu de resistência ao fascismo.

Aliás, toda a ambientação no passado é impecável,principalmente o K jovem interpretado por Josh Brolin. É impressionante como ele conseguiu pegar a entonação e os trejeitos do velho Lee Jones e recriá-las à perfeição,tal qual já havia feito com Bush em W.