Lupas (929)

Estou ciente de seus problemas e concordo com praticamente todos eles. Mas cinema também é coração, e como fui criado pela minha segunda mãe negra, senti muito mais do que estava na tela. Talvez estejam sendo um pouco duros demais com um bonito filme.

Jim Carrey é como Chaves: as mesmas piadas seguem engraçadas por anos e mais anos.

A história é confusa mesmo e as motivações são jogadas na tela. Porém, o cinema é feito de momentos, de imagens únicas, de grandes cenas - e OEQSD tem isso de sobra.

É um filme importante, bem filmado, talvez um pouco escuro demais, mas carece de grandes momentos. Passa e não marca. É bacaninha, mas se não fosse de Eastwood, seria esquecível.

Sou do time que adora estas comédias dramáticas que Payne faz como ninguém atualmente.

A história é simples mesmo, mas a complexidade visual extrapola qualquer limite. Veja, por exemplo, o plano sequência no Marrocos: manter a continuidade de luz, movimento, lógica da ação e ainda deixar o público atento deve ter sido um desafio e tanto.

A coragem de Spielberg de contar uma história conhecida de maneira inovadora merece aplausos. O cavalo é carismático e os planos são belíssimos; é um tipo de cinema cada vez mais raro, de vanguarda, inocente, que abraça e se orgulha disso.

De misterioso o Americano não tem nada, mas prova como uma direção bem executada pode transformar o básico em algo mais.

É possível que seja um dos filmes mais pessoais e reprimidos de Almodóvar. As duas viradas são absolutamente sensacionais.

Não tem De Palma, mas Brad Bird pula da animação para a ação real de maneira eficiente e entrega um dos melhores exemplares da série, mesmo com alguns defeitos bobos, como o pior vilão de todos os quatro filmes.

Bobinho e moderninho demais, mas cumpre bem o seu papel de passar o tempo.

Os personagens continuam carismáticos, mas a história é imbecil (e mal desenvolvida) até para os padrões infantis.