Lupas (929)

Tem seus momentos, é claro, e provavelmente Sacha está comprando briga com quem não deveria, mas O Ditador tropeça nas próprias pernas ao usar o convencionalismo de Hollywood para contar sua história. É engraçado, mas esperava bem mais.

É sempre legal ver Stiller se desprender mais uma vez do clichê que se estabeleceu em sua carreira, mas é uma pena que todos estejam em um filme de engravatados, provavelmente pagando favores dentro da indústria, já que ele não tem nada demais.

É um prazer ver Tarantino em tela. É o tipo de cineasta que, no futuro, faremos inveja às novas gerações de cinéfilos dizendo que o vimos no cinema, em tela grande. Só lamento por quem não consegue curtir o seu estilo, pois perde um filmão atrás do outro.

É um daqueles filmes bacaninhas que, se não fosse pela presença de Madonna, seria facilmente esquecível.

Toma algumas decisões muito fáceis de se solucionar para o protagonista (principalmente o estádio e a parte da favela), mas não deixa de entreter um segundo sequer.

Um filme importante, que trata de um assunto delicado sem transformar um policial em um drama cafona. Merece ser visto para que, como diz o túmulo, jamais ser esquecido.

Entre mortos e feridas do passado, um excelente estudo sobre relações e traumas. David Fincher já é uma realidade há tempos e mesmo assim não para de fazer bons filmes.

Divertido, elegante e tocante. Todos sabem que gosto de filmes com jovens, e Moonrise Kingdom entrega um algo a mais exatamente com a temática levada a sério.

Um belo retrato pessimista verborrágico do mundo.

Há dois empurrões em A Separação: um, imaginário, o roubo do dinheiro; o outro, o empurrão escada abaixo. Seja por um ou pelo outro, o 'estar certo' perante a sociedade acaba expondo ações que instigam o pior em cada um de nós.

Há um problema de ritmo mal regulado (primeiro, toda a história, depois, toda a ação) que não existia em O Senhor dos Anéis, mas retornar a este mundo tão vivo e sedento por aventura é um dos maiores prazeres que um jogador de RPG pode ter no cinema.

Tyson fala tão abertamente sobre sua vida e assume tanta coisa que nos faz acreditar na sua inocência no famoso caso de estupro. A narrativa reproduz as vozes que ficam na sua cabeça e o tom de monólogo as investidas sexuais do esportista.