Lupas (929)

Romance nos moldes clássicos até dizer chega, mas apesar da abordagem tradicional meio ultrapassada hoje, tem uma mensagem forte e que se mantém atual.

Mesmo sabendo como tudo aquilo termina, Bigelow não nos deixa tirar os olhos da tela até que Bin Laden finalmente esteja em um saco preto. E aí temos a certeza de que conhecemos a protagonista, Maya, talvez melhor do que ela mesma.

Entre altos e baixos, esse faz parte daqueles que valem a pena ver da Marvel, principalmente depois do fraco primeiro filme. Pacote completo para quem curte filme de heróis. Só uma observação: onde estavam os outros Vingadores quando a parada fedeu?

A história toma rumos óbvios e desinteressantes - agravada por atitudes imbecis de alguns personagens -, mas a discussão é relevante e a direção de Greengrass contribui para manter nosso interesse até o fim dos longos 134 minutos.

Quando um filme consegue englobar vários níveis de interpretação, onde cada leitura leva a outra, percebendo que está tudo conectado a um tema, não há como negar sua grandiosidade. Verdades e Mentiras é uma aula de cinema da primeira mentira à última.

Apresenta seus personagens como inteligentes, calmos, eficientes, mas o que entrega é uma salada inocente com tiros para todos os lados. Não é mais do que uma diversão descompromissada, então não dá para exigir mais do que isso também.

Não importa o sexo: você vai amar em algum momento da sua vida. Vai ser feliz enquanto durar. E vai sofrer, não importa a maneira que isso aconteça. Como a vida, como o céu azul, que passa e é testemunha de tanta coisa...

Filme importante, impactante, talvez até um pouco brando perto do que as pessoas que sofreram com a escravidão realmente passaram. O final é pra matar qualquer um de tanto chorar.

Exagerado e mentiroso até dizer chega, até mesmo para os padrões da série. Mas divertido, e é justamente isso que o torna especial, pois entrega algo mais, principalmente para os fãs. Faz link com o pior filme da série, em Tóquio.

Payne consegue impor sua câmera e torna um filme que tinha tudo para ser superficial e básico (é assinado pela MTV) em algo diferente, que não passa a mão na cabeça de seus personagens e constrói um retrato inesperadamente real do colegial americano.

Delícia de filme, digno de um Walter Hill que muito fez pelo cinema policial dos anos 80 / 90. Simples, direto ao ponto, sem muita firula. O roteiro leva apenas os personagens em frente, o propósito não é contar uma história, é entreter. E é isso que faz.

Estiloso, o que o tira do lugar comum dos filmes de máfia, somado a um discurso atual e irônico sobre a atual situação financeira dos EUA. Filmaço.