Lupas (929)

São muitos personagens sim, que vem e que vão, meio que sem propósito... Mas não é assim com a guerra também?

Interessante estudo não apenas de uma personagem, mas de toda uma sociedade. Há o erro, mas quem não erra? Quem não gostaria de ter outra oportunidade? Quem não sente remorso, arrependimento? A vida é assim e a lente consegue transformar isso em imagens.

Russell Crowe canta pra dentro e isso é bizarro de se ver, mas não é pior do que o romance final excessivamente forçado e que não cola mais. Mas o filme tem dois ou três momentos de muita força e várias canções que fazem a coisa toda valer a pena.

Ver Mel Gibson em um filme policial politicamente incorreto, bem humorado e violento é sempre um prazer. Dá até para ignorar uma coisa ou outra, principalmente as forçadas de barra da história.

Tem disposição de ser um bom filme e tenta resgatar o espírito inocente da pura aventura, mas falha na tentativa de fisgar o público. O fracasso foi tanto que o filme deve ficar sem final mesmo.

O filme tem umas boas sacadas quando ironiza a expectativa do óbvio pela história original, mas me desculpem: Julia Roberts não é nem a bruxa má mais bonita da atualidade, quanto mais a mais bela daquele mundo. Isso diz muito sobre os equívocos da obra.

Tem SÉRIOS problemas no argumento (de onde as pessoas tirariam dinheiro? Como respirariam nas áreas abertas? Por que iriam morar naquele lugar? Gerações muito recentes para esquecer a natureza), mas é lindo, colorido e divertido do início ao fim.

Discute de maneira leve e divertida o alcance reduzido da Igreja nos anos 90 com uma mensagem clara: ou se adaptaria ou morreria. O filme, pelo menos, é lembrado até hoje.

É um filme interessantíssimo do início ao fim, mas que poderia ter sido um pouco mais ousado; por exemplo, o personagem do policial que prende Carter é tratado unilateralmente, quando na verdade ele realmente achava-o uma ameaça. Ainda assim, filmão.

A abordagem pode ter um gosto duvidoso, mas temáticas como ditadura, liberdade, sensacionalismo, apresentadas aos jovens podem gerar discussões interessantes com um ponto de partida pop.

A história é bonita e funciona como filme de Sessão da Tarde apenas, principalmente pela direção burocrática; a parte dos jogos chega a não ter emoção alguma, mesmo na final.

Enquanto Juno fala sobre uma menina que foi obrigada a amadurecer rápido demais para sua idade, Jovens Adultos fala da mulher adulta que não conseguiu crescer, mas sem a mesma eficiência.