Lupas (2660)

Tem seu charme na mistura do conto juvenil com uma jocosidade que beira o besteirol e nesses quesitos até que diverte, mas não é o suficiente para ser algo realmente bom, servindo como mais um passatempo razoável.

Uma comédia romântica razoavelmente divertida, que representa bem o estereotipo de uma visão anos 90/2000 sobre como as mulheres se portavam na busca (ou na falta) de um relacionamento. Renée Zellweger sempre foi irritante.

Um recorte biográfico que mesmo terminando de forma abrupta, consegue demonstrar com muito êxito os momentos de tensão do período do início da ditadura militar e a coragem dos tropicalistas nesse contexto. Rodrigo Lelis como Caetano vai bem, mas sem dúvida o grande destaque é Sophie Charlotte.

Quando o assunto são suas metáforas com ênfase nos diversos tipos de solidão e depressão feminina, além de questionamentos ecológicos, o filme ganha interesse, mas o talentoso Alex Garland falha na parte final com sua despirocada visual e conceitual.

Vai razoavelmente bem na trama erótica e no suspense, mas nada que chame nossa atenção como algo realmente interessante. O que Diane Lane se destaca é sabotado pela atuação canastrona de Richard Gere, que beira o constrangimento. No fim, uma remake mediano.

Mesmo com pontos de exageros dramáticos aqui e ali, toda parte técnica primorosa (a batalha final em especial) e a grande atuação de Denzel Washington que faz jus aos comentários elogiosos e prêmios conquistados, fazem com que o filme seja no final das contas uma boa experiência, mostrando acima de tudo que o negro norte-americano sofria de todos os lados com o preconceito (mesmo do norte) e teve de ter muita perseverança, sofrimento e sangue em busca de dignidade.

A condução de Scorsese e a atuação do trio principal é uma verdadeira aula de direção e atuações, que mesmo na sua longuíssima duração consegue nos manter conectados com os acontecimentos e a resolução da tentativa branca do genocídio do povo Osage sempre em prol de petróleo, dinheiro e poder, resultando na afirmação do FBI em um ótimo resumo da formação do país no início do século XX.

As entranhas corruptas, antiéticas e violentas da policia americana em um drama até de certa maneira intrincado, mas dentro do padrão dos filmes policiais dos anos 2000.

Nessa estreia de Timothy Dalton, seu Bond se mostra bem diferente de seus antecessores, ele não possui o carisma e rusticidade de Connery e o ar aristocrático de Lazenby ou Moore, mas sim um lado mais simplório de homem comum. Sobre o filme, é uma das tramas mais desinteressantes da saga até aqui, sobrando apenas para as cenas no Afeganistão os melhores momentos visuais. Finalmente seus filmes entraram na estética oitentista.

Através de um personagem em fuga, "Caçada Humana" consegue nos retratar em uma pequena cidade suburbana do sul dos E.U.A. muito das características do período em que está sendo realizado, evidenciando o racismo, a liberação sexual, o petróleo e suas as relações de poder, intrigas, fofocas, violência e tragédia.

Romance leve totalmente convencional com uma Croácia incrível como plano de fundo. A mensagem sobre redescoberta na maturidade não passa da superfície.

Ao entregar sua resolução final logo em sua cena inicial, tem seus maiores méritos não por surpreender, mas pela construção competente da tensão e nos conflitos existenciais de sua personagem principal.